A plataforma de mensagens pessoais WhatsApp pode começar a disponibilizar a possibilidade de anúncios nos status, semelhantes ao stories do Instagram, em breve. Um dos co-criadores do serviço disse que Mark Zuckerberg, atual acionista no comando da empresa, está buscando maneiras de rentabilizar o serviço já tem algum tempo.
Aparentemente, o que vem impedindo essa medida de ser adotada é a criptografia dos dados: nem o Facebook nem o WhatsApp enquanto empresa sabem do que falam os mais de 1 bilhão e meio de usuários do serviço.
A medida, inclusive, gerou repercussão e abandonos de um dos co-fundadores do aplicativo, Brian Acton, que disse em entrevista à Forbes que:
“Era como seu eu dissesse, bem, ‘vocês querem fazer essas coisas da qual eu discordo, então eu deveria sair do caminho para não me comprometer’, e foi o que eu fiz”.
Acton vinha já tendo problemas com o Facebook há algum tempo, e chegou a perder mais de 850 milhões de dólares em ações quando saiu da empresa, tudo por diferenças de posicionamento, aparentemente.
Por que o Facebook quer monetizar o WhatsApp?
Procurando recuperar o investimento da compra de mais de 20 bilhões de dólares, Zuckerberg quer encontrar uma maneira de usar essa base de usuários regular e volumosa. E não deve desistir.
Isso levanta algumas questões sobre usabilidade e o objetivo da plataforma, que já enfrenta concorrência direta do Telegram e do Skype. O que vendia o WhatsApp até esse momento era a segurança das informações e a inexistência dos anúncios.
Outra alternativa é a venda de ferramentas para empresas poderem se comunicar com seus clientes, mas como isso também esbarra na criptografia e segurança, nenhuma medida foi anunciada.
De qualquer forma, é provável que, em breve, vejamos notícias mais sólidas sobre qual será o caminho escolhido pela companhia.
Independente da forma, é provável que algum modelo de monetização com marketing seja adotado, mas mesmo que as empresas se preparem para entrar na jogada, devem se preocupar com a migração dos usuários para outras plataformas mais “limpas”.
Outra reação negativa a uma tomada de decisões do Facebook pode prejudicar as empresas que usam alguma de suas plataformas para comunicação por anúncio com seus clientes.
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