Já parou para pensar nas mudanças ocorridas a partir do marketing digital? Até dez anos atrás, as estratégias de marketing eram muito voltadas para publicidade off-line e design. O objetivo era chamar a atenção de todos, o tempo todo. As campanhas queriam atingir as massas – quando muito, um segmento de público.
Com o passar do tempo, as empresas começaram a perceber que a internet podia ser uma boa ferramenta de divulgação de marcas, produtos, serviços e até mesmo de ideias.
Voltando um pouco na história, a internet foi criada em 1969 para facilitar a troca de informações de guerra. Contudo, somente na década de 1990, com a criação do primeiro browser, é que a ferramenta passou a ser acessível aos civis, para uso doméstico.
Hoje, a internet não está somente nas casas e empresas, mas nas mãos das pessoas. Com o celular, fazemos praticamente tudo: pagamentos, pesquisas de preços, compras, jogos… não há limites para o que um 4G pode fazer.
É nesse ponto que o marketing digital entra. Afinal, por que não fazer uso das tecnologias para empreender no marketing digital, encantar o cliente e lucrar?
A era do marketing digital
Atualmente, é bem difícil um negócio sobreviver sem o marketing digital. Com boa parte do mundo conectada, bilhões de pessoas têm acesso às mais variadas informações sem sair do lugar.
No ambiente online é possível usar os canais digitais, como blogs, sites, redes sociais, e-mails e outras ferramentas para solucionar as dores e desejos dos clientes ou potenciais clientes.
Lembra que citamos há pouco que o marketing antigamente procurava atingir as massas? Pois é. Hoje, o marketing digital tem como uma de suas finalidades atingir o indivíduo certo no momento certo. Por meio de uma série de algoritmos é mais fácil descobrir os anseios, as necessidades e o momento de compra de quem se interessa por um produto ou serviço.
É que, na web, a comunicação flui com mais facilidade, favorecendo o uso de técnicas mais ágeis, que aumentam a rede e tornam marcas e produtos cada vez mais conhecidos.
O marketing digital é um caminho sem volta. Aliás, ele veio para somar às demais estratégias empresariais, possibilitando que os resultados sejam mensurados para a criação de um intenso relacionamento com o consumidor.
Contudo, mesmo com o avanço do Marketing Digital, que se renova a cada dia, ainda existem empreendedores resistentes a esse conceito. Isso ocorre devido a muitas informações errôneas e distorcidas divulgadas pela internet e em outros veículos de comunicação.
Separamos três mitos e três verdades em relação ao tema que vão clarear ainda mais os horizontes e melhorar as perspectivas para o futuro do seu negócio.
Mito 1: Marketing digital substitui o tradicional
A primeira coisa a entender nessa questão é que, diferentemente do marketing tradicional, o marketing digital não pode ser considerado uma estratégia.
Para começar, existe algo dentro do marketing, amplamente difundido por Philip Kotler, chamado Marketing Mix. O conceito representa, basicamente, os quatro pilares fundamentais de qualquer estratégia de marketing:
- preço;
- praça;
- produto;
- promoção.
Portanto, o marketing tradicional é uma ferramenta robusta da qual o marketing digital faz parte, sendo inserido na categoria “praça”, também entendido como canal ou mídia.
Portanto, o marketing digital não substitui as demais variáveis que determinam o sucesso do marketing, tais como precificação com base em sazonalidade, peças impressas, desenvolvimento de produto, sucesso do cliente e estratégia comercial para vendas, dentre outros exemplos.
Mito 2: Marketing Digital é mais barato
Esse é mais um mito propagado pelas mídias. Afinal, o conceito de caro e barato é totalmente relativo. Vejamos:
Investir em banners na rede de Display do Google pode ser considerado barato quando vemos o CPC (Custo Por Clique) inferior aos outros posicionamentos. Mas, se levarmos em conta que o CTR (Clique Por Impressão) não passa de 0.5%, enquanto o posicionamento na busca do Google pode ser até 20% em alguns mercados, o barato sai caro.
Por outro lado, as estratégias off-line, consideradas caras, podem obter bons resultados, compensando satisfatoriamente o custo investido. Por exemplo: a confecção de cartões de visita pode render mais contatos e possíveis transações comerciais que o anúncio de um dia no Google.
De certa forma, os cartões são financeiramente mais caros, principalmente se levarmos em consideração o tempo e esforço em distribuí-los pelos diversos pontos da cidade. Mas, no final, eles podem dar retorno tão ou mais qualificado que os anúncios impulsionados nas redes sociais.
É claro que, ao definir a estratégia a ser utilizada em sua campanha, é preciso considerar vários fatores, como público-alvo, sazonalidade e curva de aprendizado. Contudo, não é possível afirmar que o marketing digital é mais barato que outras ferramentas de divulgação.
Mito 3: É preciso ser ativo nas redes sociais
Você já deve ter ouvido muitos gestores de agências e empresas que vendem ferramentas de social media dizer que o marketing digital, como canal de comunicação, necessita da presença nas redes sociais.
Acredita-se que, hoje em dia, ter páginas no Facebook, Instagram ou LinkedIn é indispensável para o relacionamento com os clientes. Afinal, é por elas que contatos são mantidos ativos e possíveis vendas podem ser fechadas.
Mas se prepare para a bomba que vamos te contar: existem empresas por aí faturando muito dinheiro sem ter páginas oficiais em qualquer rede social.
Acontece que nem tudo nas redes sociais são flores. Existem algumas desvantagens, como, por exemplo, a redução do alcance orgânico das postagens para perfis empresariais e o público extremamente segmentado.
Existem empreendimentos, como os restaurantes, que não procuram fornecedores de utensílios de cozinha no Instagram. Alguns podem até fazer isso, mas, geralmente, esse mercado é movimentado por representantes comerciais e processos de vendas mais complexos.
É claro que, havendo verba, o ideal é estar presentes em todos os canais que possam auxiliar a empresa. Contudo, se for preciso fazer escolhas, as redes sociais nem sempre valem a pena.
Verdade em destaque
Existem muitos mitos envolvendo esse tema, mas não podemos deixar de destacar os fatos verdadeiros que podem melhorar consideravelmente a performance da empresa que utiliza o marketing digital.
Verdade 1: Sim, conhecer seu público-alvo é importante
Definir o público-alvo é uma das principais etapas do planejamento de qualquer campanha ou negócio. Afinal, a sua identificação é o que vai oferecer oportunidades ao empreendimento e ajudar a posicionar a marca no mercado.
Contudo, no marketing digital, existe um aprofundamento desse conceito, chamado de buyer persona. Trata-se da representação semi fictícia do seu cliente real. Em outras palavras, é uma descrição um pouco mais detalhada do público-alvo.
Mais que descrever detalhes, como idade, sexo e classe social, é necessário incluir padrões de comportamento, motivações e objetivos de vida.
Identificar uma persona ou público-alvo não é uma tarefa simples. É preciso pesquisa, conversas e aproximação com esse possível cliente para que a estratégia utilizada seja eficaz.
Quer um exemplo? Se você vai desenvolver planejamento para uma empresa da qual nunca ouviu falar, não adianta criar uma buyer persona apenas com pesquisas no Google. Você vai precisar de detalhes que só vai conseguir conversando com os gestores e o público-alvo dessa empresa.
Profissionais experientes, quando se reúnem para definir a persona, de certa forma já sabem quem é o público. Contudo, o contato pessoal te oferece algo que não se encontra em outras ferramentas: o insight.
Ter compreensão súbita de determinada situação pode garantir uma definição mais precisa dos desejos do seu público-alvo.
Verdade 2: Você vai precisar construir conteúdo
Se você traçou o planejamento e já tem definida a buyer persona, é hora de chamar a atenção do seu público-alvo.
Para que isso aconteça você precisa fornecer informações aos seus clientes, ou possíveis clientes, através de conteúdo. É indispensável transformar as informações sobre o produto, marca ou serviço em uma linguagem fácil, criativa e acessível para a sua persona.
O conteúdo, no marketing digital, pode ter vários formatos: textos para blogs, vídeos, podcasts e e-mail marketing são apenas alguns exemplos. Vale lembrar que o mais importante é que o conteúdo seja diversificado e útil.
Assim, faça pesquisas mais profundas sobre o tema e descreva seu texto, mas não somente com a parte técnica e conceitual. Envolva sentimentos, situações do dia a dia e, sobretudo, informações verdadeiras. Quanto mais surpreendente e sincero for seu conteúdo, mais pessoas vão ler e, possivelmente, interagir com a marca.
Um conteúdo consistente não garante apenas os famosos “views”, mas é o caminho para a construção da confiança, credibilidade e reputação.
Verdade 3: A atenção das pessoas é o bem mais valioso
O tempo é o único ativo para o qual não temos retorno: quanto mais tempo gastamos, menos temos. Por isso, a marca precisa ter sempre em mente que, tão precioso quando o tempo, é a atenção das pessoas.
Aqueles 15 segundos que alguém se disponibiliza a checar um story de Instagram, por exemplo, são de imensa valia e podem impactar o consumidor de forma indelével. É indispensável, portanto, pensar em conteúdos úteis, que chamem e prendam a atenção das pessoas.
Fazê-las se importar a ponto de parar o que está fazendo para dar atenção ao que a empresa fala é difícil; contudo, aqueles que conseguem a façanha estão um passo à frente na corrida pela fidelização do público.