Depois de enfrentar acusações de que estaria usando práticas anticompetitivas contra outros desenvolvedores dentro da App Store, a Apple agora parece ter dado um passo na direção da melhor fiscalização do ambiente de vendas online.
Nessa semana, a empresa anunciou ter removido 17 aplicativos por práticas fraudulentas de cliques em anúncios.
Segundo comunicado oficial da empresa, esses aplicativos rodavam programas de cliques automáticos em anúncios fantasmas para beneficiar os próprios desenvolvedores.
A prática é desonesta em duas pontas. Primeiro, usa o processador dos celulares para realizar a ação e, com isso, prejudica desempenho, plano de dados e bateria dos smartphones dos usuários. Em segundo lugar, afeta os anunciantes, cobrados por cada clique em seus banners e campanhas.
Todos os aplicativos eram de um mesmo desenvolvedor indiano, que usava uma plataforma terceirizada para exibir os anúncios dentro dos aplicativos.
Outro problema é que, como a transmissão de mensagens é criptografada, não se sabe quais dados usuários foram enviados junto, mas supõe-se que dentre as informações estejam país de origem e modelo do smartphone.
Além disso, a Apple não exibe o número de downloads de aplicativos em sua página inicial, por isso não é possível saber o número total de pessoas afetadas.
Diferentemente de modelos Android, celulares com sistema iOS não possuem antivírus nativo para barrar comportamentos nocivos. Isso faz com que os responsáveis pela manutenção da segurança dos usuários sejam os próprios sistemas da Apple e da App Store.
Por isso, a empresa relatou que, diante do risco de ver novos desenvolvedores colocarem a segurança dos dados dos usuários em risco, irá mudar a maneira como regula e controla a entrada de novos aplicativos na App Store.
Na Play Store, os aplicativos já foram removidos anteriormente, e hoje não apresentam o problema relatado recentemente nos Iphones.
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