Recentemente, a empresa coreana de tecnologia Samsung anunciou um novo smartphone com tela dobrável.
A novidade, disruptiva pelo tipo de tecnologia e possíveis implicações no futuro, trouxe bastante mídia para a empresa, que divulgou o produto amplamente como inovador e melhor do que as alternativas já no mercado.
Não passaram sequer alguns dias e alguns usuários já começaram a notar defeitos e terem seus smartphones inabilitados. Em um artigo na The Verge, Dieter Vohn falou sobre as diferentes reclamações nas últimas 48h.
O primeiro defeito notado por Vohn foi uma protuberância na tela, que o fez questionar se esse “calo” vinha de elementos externos que entraram no celular ou se alguma peça se moveu durante o dia.
Ao longo do dia, contudo, mais usuários começaram a apresentar suas reclamações. A principal delas foi o fato de que, removida a película protetora sobre a tela, o celular praticamente parava de funcionar.
O problema adicional é que essa película, por conta própria, começa a sair e se deslocar, o que põe o celular em risco.
Não é a primeira vez que a Samsung enfrenta dificuldades com um lançamento. Em anos recentes, o Galaxy Note 7 da empresa entrava em combustão por conta de um superaquecimento da bateria.
Foi necessário remover inúmeras unidades de circulação, e indenizar vários usuários que se feriram no processo.
O Galaxy Fold, apesar de um avanço considerável, mostra como o marketing de um produto deve sempre estar aliado à qualidade.
Para os defensores da “publicidade pela publicidade”, o simples ato de divulgar um produto e vender para mais pessoas é suficiente para um negócio se manter funcionando. Contudo, sem uma entrega de qualidade, é inevitável que a taxa de rejeição pela marca cresça a ponto de trazer prejuízos.
A divulgação pode trazer reconhecimento a atenção do público, mas sem um serviço de qualidade, as pessoas não vão se relacionar por tempo suficiente para comprarem e trazerem um retorno sobre investimento adequado.
A fidelização através da qualidade evita a necessidade de indenizações e reembolsos. Empresas como a Samsung podem arcar com essas demandas e pedidos, mas pequenas e médias empresas, muitas vezes, não tem o fluxo de caixa necessário.
A crença de que apenas o marketing traz lucros verdadeiros ignora a fidelização e engajamento dos usuários satisfeitos, e deixa de contar o marketing boca a boca como maneira de criar laços mais intensos entre os consumidores.
Não importa o quão disruptivo seja seu produto, ele precisa funcionar antes de anunciá-lo.
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