O psicólogo Miguel Soares opina sobre os impulsos por trás das tatuagens. “Geralmente as pessoas que se tatuam buscam se sentir significantes no mundo. Pode ser uma forma de defesa, de pertencimento a um grupo, de reforçar o que pensam sobre algum assunto ou pessoa.
Quando nos tatuamos reforçamos nossa identidade própria. O orgulho de ser quem é. Além disso buscamos o reconhecimento do mundo, o reconhecimento de ser único. Na tentativa de chamar atenção e tornar-se atraente a tatuagem muda o padrão mental da pessoa, e mesmo que temporariamente, eleva a sua autoestima.
Ainda na abordagem psicológica a tatuagem é um refúgio inconsciente. Miguel Soares explica que não é uma sentença, mas muitas vezes, as pessoas estão com medo do futuro e precisam de se refugiar em algo. “Algumas tatuagens chamam mesmo atenção e tem muita história.
A tatuagem, por não ser uma estrutura clínica, não é passível de uma interpretação única pela psicanálise. O que se pode, como assinala Costa (2010), é acompanhar sua tomada singular, ou seja, os efeitos que produz em cada um, acompanhando uma relação entre pulsão e signo que entra em causa nesses momentos.
A tatuagem muda o padrão mental da pessoa, e mesmo que temporariamente, eleva a sua autoestima. É como se ela ao se tatuar criasse uma determinação de algo sobre si. A marca eterna que fica é sinônimo de alegria, sofrimento, orgulho e expressão.
"As agulhas e as tintas utilizadas na tatuagem, se não forem mantidas em embalagens esterilizadas, poderão levar a transmissão de vírus como HIV e das hepatites B e C, além de infecção por fungos e bactérias. Há, também, risco de reações alérgicas aos produtos utilizados", alerta a médica.
O que acontece com o corpo quando faz uma tatuagem?
Na primeira semana após a tatuagem, é normal a região apresentar vermelhidão. Além disso, ela pode ficar um pouco dolorida e inchada. Isso acontece porque o processo agride a pele, que tenta se proteger naturalmente. Por isso, os cuidados pós-tatuagem são importantes para minimizar essa inflamação.
A tatuagem é uma imagem que, além de um significado consciente, obviamente também tem um significado inconsciente e uma função metafórica. Freud menciona o fenômeno das tatuagens em 'Totem e Tabu' (1912/13) e descreve ali como as pessoas gravam a imagem de um animal totêmico em si.
O espiritismo orienta, traz racionalidade, esclarece e elucida por meio da compreensão. Não existe nenhuma recomendação nas obras básicas sobre a utilização de tatuagens, porém reconhece-se que o corpo físico é um empréstimo da Divindade e cada Ser é responsável por seu Templo Divino, como é conhecido.
“A tatuagem é uma forma de linguagem, um meio de comunicação pelo qual é possível expressar a identidade do indivíduo. Com o passar do tempo, a tatuagem foi ganhando novos significados e interpretações, variando de acordo com cada cultura”.
Além disso, é uma maneira de representar a individualidade, ou melhor, sua personalidade, que não deixa de ser o invólocro da sua alma, já que o desenho escolhido tem relação com o íntimo. Tatuar não pode ser visto como um modismo, é uma decisão para toda a vida e pós vida também.
Quando uma pessoa tem uma tattoo, ela pode sentir que está assumindo mais controle sobre sua própria vida e aparência, o que pode aumentar sua autoconfiança. Além disso, a tatuagem também pode ajudar a superar inseguranças em relação ao corpo.
Cerca de 67% dos americanos fazem isso por rebeldia; 49%, por experiência vivencial; 38% porque gostam de ser "alternativos"; 21% por razões artísticas; e 15% por modismo.
Dentre vários motivos para fazer uma tatuagem, está o sentido estético. Muitas pessoas apreciam a tatuagem como forma de arte e expressão criativa e acabam optando por imagens que, independentemente do simbolismo, apresentam um julgamento de beleza e atratividade para si próprio.
A arte de se tatuar é milenar – foi utilizada por diversos povos, tribos e civilizações antigas. Com conotações bem diferentes das atuais, as tatuagens, no passado, eram usadas como forma de atribuir status social ou cultural.
O psicólogo Miguel Soares opina sobre os impulsos por trás das tatuagens. “Geralmente as pessoas que se tatuam buscam se sentir significantes no mundo. Pode ser uma forma de defesa, de pertencimento a um grupo, de reforçar o que pensam sobre algum assunto ou pessoa. O fato é que elas querem chamar atenção para si.
Para muitos, as tatuagens representam laços, valores e crenças muito pessoais. Isso permite que eles se definam e também expressem isso para os outros, gerando tanto vínculos de empatia e identidade quanto um sentimento de pertencimento e diferenciação em relação às outras pessoas.
A Bíblia diz que a tatuagem é um pecado dentro de um contexto muito específico envolvendo a idolatria. Isto significa que, em geral, não há proibição bíblica contra toda e qualquer tatuagem. Isso significa que o simples ato de tatuar não é, por si só, um pecado.
Os primeiros desenhos marcados na pele eram usados para identificar escravos, criminosos e condenados. Entretanto, algumas mudanças culturais foram acontecendo e, com o tempo, as tatuagens começaram a ser usadas também pelos soldados romanos.
“Não devem fazer tatuagem as pessoas com a imunidade comprometida porque têm maior risco de infecção; as com problemas de pele, já que têm maior probabilidade de sofrer reação alérgica; as que sofrem de valvulopatia (alteração nas válvulas cardíacas), e que já tiveram hepatite B e C”, diz a infectologista Heloísa ...
Entre 1% e 5% de todas as tatuagens que são feitas hoje têm provocado infecções bacterianas, embora existam muitos outros problemas: desde úlceras localizadas no desenho até casos graves que afetam todo o organismo, além de reações alérgicas e inflamações.