Segundo Aristóteles a felicidade consiste na atividade da alma segundo as virtudes. Para ele, as virtudes são os moldes que orientam as ações do homem segundo a atividade da alma intelectual. Porém para melhor entender o conceito de virtude, se faz necessário que antes haja um aprofundamento do significado de alma.
Segundo o autor, a felicidade consiste em uma atividade da alma conforme a virtude. É o bem supremo, que tem um fim em si mesmo, sendo almejado por todos. O que constitui a felicidade são as ações virtuosas, e as atividades viciosas conduzem o contrário.
Em um segundo momento, tomando como obtido este primeiro resultado, Aristóteles pretende mostrar que a contemplação é uma atividade racional que igualmente satisfaz as propriedades de um ato moral virtuoso, e mesmo as satisfaz de modo exponencial, o que lhe permite postular que a contemplação é a felicidade primeira.
Ao contrário de Platão, Aristóteles defendia que a origem das idéias é através da observação de objetos para após a formulação da idéia dos mesmos. Para Aristóteles o único mundo é o sensível e que também é o inteligivel.
Qual a concepção de FELICIDADE para ARISTÓTELES? | Ética aristotélica | História da Filosofia
O que Aristóteles acreditava?
Seu legado de conhecimento obtido pela observação, método e lógica seguem desde a antiga Grécia como fundamentos indispensáveis da boa ciência. Para pensar - Aristóteles acreditava que educar para a virtude era também um modo de educar para viver bem – e isso queria dizer, entre outras coisas, viver uma vida prazerosa.
A teoria aristotélica da gravidade afirmava que todos os corpos se movem em direção ao seu lugar natural. Para alguns objetos, Aristóteles afirmou que o lugar natural tinha de ser o centro da Terra, e, portanto, eles cairiam em direção a ela.
Como Aristóteles relaciona a contemplação e a felicidade?
Para Aristóteles, a felicidade tinha relação com a vida contemplativa. Para sermos precisos, devemos entender o que Aristóteles entende por felicidade. A felicidade deve estar em conformidade com a boa vida, e essa nada mais é que a vida contemplativa, ou a vida do filósofo.
Porque para Aristóteles a felicidade é autosuficiente?
Entendemos então que para Aristóteles a felicidade é algo final e auto- suficiente, é o fim a que visam as ações (p. 125). Não é conseguida por adição, é algo de pleno e que se mantém por si mesma, sendo por isso o fim das coisas tomadas como objeto de ação.
O que é felicidade para Sócrates, Platão e Aristóteles?
A felicidade é o estado de espírito a que aspira o homem e para isso é necessário tanto bens materiais como espirituais. Aristóteles herda o conceito de virtude ou excelência de seus antecessores, Sócrates e Platão, para os quais um homem deve ser senhor de si, isto é, ter autocontrole (autarquia).
Para Aristóteles, a busca da felicidade era a finalidade da vida. Hoje a convertemos em uma obsessão doentia, cremos que é um direito que temos e não uma aspiração e isso nos leva a frustrações. Alguns se consolam dizendo que a felicidade está nas pequenas coisas. Isso não é felicidade.
Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa. Não pode existir efeito sem causa.
Ele defendia a ideia de que tudo na natureza tinha uma causa e um propósito, e que o objetivo final do ser humano era alcançar a felicidade através do desenvolvimento de suas virtudes.
Qual é a relação entre a felicidade e a ética aristotélica?
Conclui-se que para Aristóteles, tanto a ética quanto a felicidade estão diretamente ligadas ao uso da razão. A natureza racional seria a mais elevada, equiparando-se nossa alma racional, com aspectos similares a dos deuses.
Segundo o dicionário, felicidade é o estado de quem é feliz, um sentimento de bem-estar e contentamento. Os filósofos associam a felicidade com o prazer, com os sentimentos e emoções. Segundo Aristóteles, a felicidade seria o equilíbrio e harmonia, e a prática do bem.
A vida contemplativa é a vida puramente racional e, por meio dela, o ser humano age de acordo com sua mais elevada faculdade e em busca de um bem que é a própria finalidade e, por isso, é o Sumo Bem.
Para Aristóteles, "o bem soberano é a felicidade, para onde todas as coisas tendem". Ela é caracterizada como um bem supremo por ser um bem em si. Portanto, "é em busca da felicidade que se justifica a boa ação humana". Todos os outros bens são meios para atingir o bem maior que é a felicidade (CASTANHEIRA, 2017).
“A felicidade é o sentido e o propósito da vida, o único objetivo e a finalidade da existência humana”. A frase acima é do grande filósofo grego Aristóteles, um dos mais importantes formadores de nossa civilização ocidental. E ali está resumido todo o esforço das pessoas, dos grupos, das nações.
O homem é uma unidade substancial de alma e de corpo, em que a primeira cumpre as funções de forma em relação à matéria, que é constituída pelo segundo. O que caracteriza a alma humana é a racionalidade, a inteligência, o pensamento, pelo que ela é espírito.
Por que para Aristóteles a felicidade é autossuficiente?
À felicidade nada falta, ela é completamente auto-suficiente. É uma atividade que não visa a mais nada a não ser a si mesma. O homem feliz, basta a si mesmo. Uma vida virtuosa exige esforço e não consiste em divertimento.
Como o conceito de felicidade para Aristóteles dialoga com sua concepção sobre a ética?
Resposta: A felicidade pensada por Aristóteles relaciona-se com os conceitos de virtude, amizade, honra e prazer. A virtude é encontrada no meio termo entre ações opostas, entre o excesso e a deficiência, e é divisível em virtudes intelectuais e virtudes éticas.
Qual é a relação entre justiça e felicidade eudaimonia na visão de Aristóteles?
Aristóteles afirma que todo conhecimento e trabalho humano visam um bem supremo, que é a felicidade, onde a eudaimonia consiste ao bem viver e ao bem agir, assim, para ele não seria possível ser feliz fora da ética, pois a felicidade é conquistada com esforço, praticando as virtudes.
Nesse sentido, a ética aristotélica é uma ética do comedimento, da moderação, do afastamento de todo e qualquer excesso. Para Aristóteles, é a ética que conduz à política. Segundo o filósofo, governar é permitir aos cidadãos viver a vida plena e feliz eticamente alcançada.