De movimentos a sons e vibrações, abelhas têm diferentes modos de se comunicar - Foto: Michael Hrncir. Danças, vibrações e pistas químicas – como os feromônios – são alguns exemplos de comunicação entre abelhas sociais, para a manutenção da vida da colônia.
Uma das estratégias mais conhecidas é a dança das abelhas Apis mellifera, descoberta na primeira parte do século 20 por Karl von Frisch, etologista alemão, em que as operárias fazem movimentos circulares para informar para o restante de suas companheiras de ninho a localização da fonte de alimento.
Existem diferentes formas de uma abelha se comunicar com outra, sendo as danças e a liberação de feromônios (substâncias químicas produzidas pelo animal) algumas dessas formas. As danças são utilizadas, por exemplo, para indicar a direção e distância do alimento.
A dança das abelhas é um tipo singular de comunicação. Elas usam seu gingado para avisar as companheiras de colmeia sobre a localização das melhores flores, com mais néctar. Através dos seus passinhos, as colegas sabem a distância, direção e qualidade do alimento que a mensageira encontrou.
O vermelho das rosas, que adquiriu uma conotação de sedução no mundo humano, passa despercebido para as abelhas, que não têm fotorreceptores para essa cor em seus olhos: elas enxergam o verde, o azul e o ultravioleta. Já uma flor facilmente identificada como cor-de–rosa, pelas pessoas, pode ser azul para esses insetos.
FUI colher o MEL da ABELHA JATAI (OLHA QUE COISA MAGNÍFICA)
É verdade que as abelhas se comunicam?
Segundo o pesquisador, as abelhas sem ferrão podem se comunicar por meio de vibrações (assim como a Apis mellifera também faz). Quanto mais intensa a vibração, maior a qualidade do alimento.
As duas antenas na região frontal mediana da cabeça capta cheiros(olfato), ouve sons e vibrações(audição) e tem função tátil, de sentir superfícies(tato) por exemplo.
Dultra continua que abelhas também podem gostar de suor e lágrimas, que são boas fontes de proteínas, aminoácidos e nutrientes para elas. Por isso, ocasionalmente, podem voar em direção ao seu rosto ou querer pousar em sua pele. Fazem o mesmo mariposas e borboletas, que apreciam sangue, urina, secreções e até fezes.
Quando a abelha chega a um alvéolo de diâmetro adequado para uma fêmea, ela introduz o abdômen e espreme a espermateca para que os espermatozoides fecundem o ovo.
O cérebro de uma abelha tem 1 milhão de neurônios, em comparação aos 100 bilhões do cérebro humano. Porém, conforme novas pesquisas, as abelhas são capazes de reconhecer rostos, e elas podem o fazer da mesma forma que nós.
As abelhas são atraídas pelas flores e plantas aromáticas, especialmente as pequenas, de cores mais claras (branca e amarela – as flores vermelhas como a rosa, são mais atrativas para pássaros) e com floração em massa, ou seja, que floresce tudo de uma só vez e não gradativamente.
O que muitas pessoas não sabem, entretanto, é que as abelhas dormem de cinco a oito horas por dia. É por esse motivo que, quando a noite chega, os insetos que trabalharam a tarde toda simplesmente entram em um estado de sono.
As abelhas se comunicam principalmente por meio de interações químicas, graças à produção de feromônios, substâncias secretadas por diversas glândulas que são percebidas pelos receptores olfativos presentes nas antenas.
Quando uma colmeia está superlotada, dois terços das abelhas operárias e a abelha rainha deixam-na e passam a procurar um novo lar. Durante dias, milhares de abelhas procuram entre 10 a 20 potenciais locais para a abelha rainha morar. Cada lugar ganha uma apresentação em forma de dança feita pelas abelhas.
Durante o voo, as abelhas esbarram em pequenas partículas - como poeira - que ficam suspensas no ar. Isso faz com que elas percam elétrons por atrito em um processo conhecido como eletrização por atrito. Resultado: a abelha fica positivamente carregada.
Abelhas são capazes de aprender diversas tarefas relacionadas a cores, formas e odores. A aprendizagem olfativa em abelhas, por exemplo, permite o estudo de memória associativa de curto e longo prazo sendo comparável a relatos já obtidos em vertebrados.
Se você não sabia, as abelhas dormem, mas não possuem pálpebras. Então acabam adormecendo de olhos abertos mesmo. Mais uma curiosidade: seus períodos de descanso são bem curtos, dado também ao seu tempo de vida. Esses intervalos podem durar de segundos a alguns minutos em vários momentos do dia.
Se a rainha fertilizar o óvulo com um espermatozoide da espermateca, ela gera uma fêmea diploide ― com duas cópias de cada gene (o materno e paterno) em suas células. Quando querem produzir machos, as abelhas fecham um canal da espermateca para impedir que os ovos sejam fertilizados.
As abelhas prestam um serviço fundamental para a humanidade e a biodiversidade, pois são responsáveis pela polinização de aproximadamente 73% das plantas no mundo. Sem polinização, não temos produção de alimentos. Em Santa Catarina, o impacto econômico da apicultura vai muito além da produção de mel.
Mas não dá para esquecer que, com exceção das espécies nativas, as abelhas têm ferrão e podem picar para defender a colmeia. Abelhas voando em busca de alimento em geral picam apenas quando se sentem ameaçadas.
Finalmente, no abdômen das abelhas ainda se localiza o coração, que comanda o aparelho circulatório formado por vasos, pelos quais circula o sangue das abelhas, chamado hemolinfa que, diferentemente dos animais de sangue quente, é incolor e frio.
Em um ambiente tão escuro, a visão das abelhas apresenta algumas limitações relacionadas ao funcionamento de seus olhos. Os olhos de abelhas são do tipo composto, formado por milhares de pequenas estruturas que captam a luz do ambiente, chamadas omatídeos.
É com os olhos compostos que as abelhas enxergam as flores. Os outros três olhos são os ocelos, bem menores e localizados no topo da cabeça das abelhas. Os ocelos não formam imagens: cada um deles possui dois receptores de cores e captam informações sobre a coloração do ambiente.