Para ingressar no PCC, a facção exige envolvimento anterior com o mundo do crime e a indicação de um “padrinho” integrante da organização que se responsabiliza pelas condutas do “afilhado”.
No caso do PCC, segundo o MPSP (Ministério Público de São Paulo), para sair, o integrante precisa fazer o pedido para a sua chefia, informando os motivos.
O "batismo" é uma cerimônia, feita às vezes em conferência telefônica, na qual o criminoso afirma que aceita as regras da facção, respondendo a um questionário. Ao ser aprovado, entra para o chamado Livro Branco, onde estão os ""irmãos" do crime.
Em seu artigo 6, o estatuto estabelece que o PCC não admite entre seus integrantes "estupradores, homossexualismo (sic), pedofilia, caguetagem (sic), mentiras e covardia". Territórios do PCC, chamados de "quebradas", exigem o cumprimento das leis, mesmo para não-membros.
COMO FUNCIONA A LAVAGEM DE DINHEIRO? O dinheiro "sujo" do PCC, de tráfico de drogas, roubos e outras atividades, era injetado em empresas de ônibus por meio de laranjas com experiência em ocultar patrimônio, segundo a Receita Federal. Essas pessoas aportavam capital ou faziam a aquisição de ônibus.
A facção criminosa paulista realiza seus julgamentos intimando os acusados a prestarem satisfação e ouvindo testemunhas. Após avaliar os depoimentos e as provas coletadas, o tribunal do PCC chega a um veredicto. Na maioria das vezes, é aplicada a pena de morte.
Para cumprir o objetivo previsto na fase de arregimentação de novos membros, as regras de batismo foram flexibilizadas para facilitar o ingresso. De modo geral, conta os promotores, o PCC não costuma batizar menores, estupradores nem presos com histórico de caguetagem.
Seguindo as regras duras da facção, jovens ganham respeito dos mais experientes e podem virar "irmãos" aos 18 anos, idade mínima para ingressar na facção. "Entrar no PCC depende da sua caminhada", diz Jeferson, da zona leste, que passou 3 dos seus 18 anos na Febem.
É na Penitenciária em Brasília onde está a cúpula do PCC, a maior facção do Brasil. A unidade abriga Marcola, chefe máximo da organização; Fuminho, braço-direito de Marcola; e Marcolinha, irmão de Marcola.
Homossexualidade. Uma das normas do PCC proíbe a relação homoafetiva entre seus integrantes. Chamada na cartilha erroneamente de “homossexualismo”, a regra veta eventuais relações ou “atos obscenos” mantidos entre “presos do mesmo sexo”. A punição imposta é a “exclusão sem retorno”.
A principal função do PCC é atuar como uma “mão invisível” do mercado do crime. Além de ajudar os filiados e seus familiares, o PCC regula um código de ética conhecido como “proceder”. Construiu alianças poderosas no exterior, por exemplo, com máfias italianas, as mais poderosas do crime organizado no mundo.
O PCC é a maior facção do país, com ação transnacional. Ele não age apenas na compra de maconha e cocaína de países produtores, mas também exporta toneladas de drogas para Europa, África e Ásia por meio de navios de carga que atracam na costa brasileira.
Primeiro Comando da Capital (PCC) é a maior organização criminosa do Brasil, com atuação principalmente no estado de São Paulo, mas também em todo o território brasileiro, além de países próximos como Paraguai, Bolívia, Colômbia e Venezuela.
Na lista de criminosos beneficiados pelo auxílio, estão alguns dos homens mais perigosos do país. "Dão", pago para executar o radialista F. Gomes, recebe mesada de R$ 1500 do PCC.
As supostas “facilidades” ofertadas pelo PCC para quem se filia a ele não são de graça. Chamada de "cebola", a contribuição mensal cobrada é de R$ 1.600, ou seja, quase R$ 20 mil anuais, segundo Marcos*, um ex-integrante da organização que concedeu entrevista a O TEMPO.
Em seu artigo VI, o estatuto do PCC apreendido na Monte Cristo afirma não admitir como integrantes 'estrupadores (sic), homosexualismo (sic), pedofilia, caguetagem, mentiras, covardia, opressão, chantagens, estorções (sic), inveja, calúnia e outros atos que ferem a ética do crime'.
A determinação do PCC no sistema APPCC pode ser facilitada pela aplicação de uma árvore decisória (Ex.: diagrama que indica uma lógica razoável de identificação). A aplicação de uma árvore decisória deve ser flexível, aplicável a operações de produção, abate, processamento, estocagem, distribuição ou outras.