Um comportamento muito comum é o aumento da frequência em que consome a bebida e com doses maiores. O viciado passa a ter oscilações de humor mais frequentemente, irritação e agressividade, assim como isolamento social podem fazer parte desse perfil.
O etilista — ou alcoólatra — é o indivíduo que possui essa relação de necessidade do álcool e falta de controle com a bebida. Consequentemente, consome grandes quantidades de bebidas alcoólicas em um curto espaço de tempo. Ele poderá ser considerado um etilista social ou crônico, a depender dos seus sintomas.
O alcoólatra tem necessidade de beber mesmo em momentos que a rotina não permite, como na hora do almoço, antes e depois do trabalho, passa a chegar em casa com cheiro de bebida com frequência, aumenta consideravelmente os compromissos noturnos (festas, confraternizações) e passa a valorizar eventos nos quais o álcool ...
ter dificuldades para parar de beber mesmo estando embriagadas; apresentar paranoia e alucinações; tentar esconder as evidências do consumo de bebidas alcoólicas; apresentar sinais preocupantes, como perda de memória, tremores, insônia e falta de apetite.
Como não se sobrecarregar com a personalidade do alcoólatra - Projeto 707 ep. 25
Como reconhecer um alcoólatra?
O alcoolismo é caracterizado pela vontade incontrolável de beber, falta de controle ao tentar parar a ingestão, tolerância ao álcool (doses cada vez maiores para sentir os efeitos da bebida) e dependência física, que se manifesta com sintomas físicos e psíquicos nas situações de abstinência alcoólica.
O alcoolismo ou a dependência química do álcool, faz com que essa pessoa pense obsessivamente e se comporte compulsivamente. A pessoa não consegue parar de pensar em consumir a bebida e quando o faz, é de maneira descontrolada, muitas vezes levando a outras consequências.
A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, havendouma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo.
Entre os principais órgãos afetados pelo uso crônico de álcool, estão o fígado, coração, pâncreas, trato gastrointestinal e os ossos. Para cada um deles, existe um conjunto de evidências apontando se abster-se do álcool é capaz de promover a recuperação das suas funções e danos causados pelo uso crônico da substância.
Quando um parceiro é alcoólatra, podem ocorrer alterações na comunicação, nas emoções e no comportamento, o que pode levar a conflitos frequentes e desgaste emocional. É importante reconhecer esses sinais e buscar ajuda para melhorar a relação.
Dentre os sintomas psicológicos, é comum a mulher sentir irritação, tensão, ansiedade, tristeza, dificuldade de concentração, até mesmo adquirir hábitos inadequados como o cigarro e o consumo de álcool (CALAIS, 2003).
Quais são os transtornos mentais causados pelo álcool?
Existem vários transtornos mentais causados ou acentuados pelo álcool como, por exemplo, a esquizofrenia transtornos do humor, transtorno bipolar, transtorno do sono, ansiedade e depressão. O alcoolismo e a depressão são as duas doenças psiquiátricas, isoladamente, mais comuns encontradas na população.
Sente-se constantemente com vontade de diminuir ou controlar o uso de bebidas alcoólicas, ou já tentou diversas vezes, sem sucesso. Tem a sensação de forte desejo ou sensação de compulsão pelo consumo de bebidas alcoólicas.
O mais importante neste momento é você começar a psicoterapia, se possível. O processo psicoterapêutico pode te auxiliar a preservar a sua saúde mental e pensar em estratégias para lidar com essa situação de acordo com a sua disponibilidade e as sua possibilidades.
A bebida alcoólica pode provocar diversos efeitos além da euforia, prazer e excitação. O excesso de álcool no cérebro leva a efeitos psíquicos como redução da concentração, da atenção, da memória recente e da capacidade de julgamento.
São muitos os sintomas da abstinência alcoólica, mas os mais comuns são ansiedade, agitação, suor excessivo, alterações de humor, dores fortes de cabeça, alteração na pressão arterial, náusea, vômito, diarreia, taquicardia, confusão mental, alucinações, insônia, fraqueza, ataques de pânico.
O alcoolismo frequentemente está associado a sentimentos de culpa devido ao impacto negativo que o consumo de álcool tem nas relações e na vida de uma pessoa. Além disso, o álcool pode desinibir comportamentos agressivos e hostis, levando a conflitos nas relações pessoais.
Muitos começam a beber para fugir de problemas de todo tipo, especialmente os familiares e amorosos. Esse é um impulso muito comum em quem passa a abusar do álcool para não se sentir tão pressionado e triste com os infortúnios que cercam sua vida.
O fundamental é fazer uma aproximação afetuosa e amiga, com respeito pela pessoa, sem acusá-la ou culpá-la por seu comportamento relacionado ao uso do álcool. Uma abordagem acusatória leva a pessoa a reforçar suas defesas e negar que esteja enfrentando problemas.
Quanto tempo um alcoólatra consegue ficar sem beber?
Geralmente, esses sintomas surgem dentro de 8 horas após o consumo da última dose, podendo aumentar nas próximas 24 a 72 horas. Em casos mais graves, de abstinência severa, o dependente pode experimentar o chamado “delirium tremens (DT)”.
Caracteriza-se por intensas mudanças de comportamento e agressividade após a ingestão de uma pequena quantidade de álcool. A duração é limitada, sendo comum o black out (amnésia). Pela violência das manifestações, além de medicar o paciente, pode ser necessário o seu internamento.
“Existem subtipos da doença: alguém também pode ser classificado como alcóolatra quando bebe cerca de três vezes por semana, mas perde o controle e bebe em grande quantidade. São padrões diferentes, beber todos os dias é preocupante, mas beber em menos dias, mas pesado, também é”, explica Dr. Hercílio.