A ciência já sabia que nos olhos do sapos há dois tipos de estruturas sensíveis à luz (células fotorreceptoras do tipo bastonete), capazes de perceber diferentes espectros luminosos (um tipo é mais sensível ao verde, e o outro ao azul).
Mesmo com pouca ou nenhuma luz, esses anfíbios conseguem enxergar muito bem. Seus olhos são extremamente sensíveis. O formato também auxilia o animal. Por serem esbugalhados facilitam para que vejam o que acontece a sua frente, dos lados e até um pouco do que se passa atrás da cabeça.
“Eles têm uma classe única de fotorreceptores de bastonetes que está associada à visão com pouca luz. Como eles têm dois tipos diferentes de bastonetes, existe o potencial de que eles possam fazer coisas que muitos outros vertebrados não podem, como detectar diferenças de cor em condições de pouca luz.”
Os olhos bolbosos e salientes têm íris de cor amarela ou avermelhada e pupilas com aberturas horizontais em forma de fenda. Por detrás dos olhos estão duas regiões bolbosas, as glândulas parotoides que estão posicionadas obliquamente. Contêm uma substância tóxica, bufotoxina, usada para deter potenciais predadores.
“O sapo tem o que chamamos de defesa passiva: ele não ataca e não reage quando é atacado. Ele apenas infla os pulmões para expor as glândulas, e o veneno só é liberado quando o predador morde ou aperta essas glândulas”, explica o diretor do Laboratório de Biologia Estrutural do Butantan, Carlos Jared.
Em geral, a primeira fase desses animais é de vida aquática e, assim como os peixes respiram por brânquias. Ao longo dessa fase, eles desenvolvem patas e a respiração torna-se pulmonar ou cutânea (através da pele), fazendo com que possam viver tanto na água, quanto em terra firme.
Como nos peixes ovíparos, a fertilização é externa e o ovo que foi fecundado desenvolve-se fora do corpo da mãe. Dependendo da espécie de anfíbio anuro, os ovos são depositados na água, sob pedras, dentro de uma toca escavada no chão, em folhas, etc.
O macho abraça a fêmea pelas costas, fixando-se na região axilar e comprimindo-a. Simultaneamente e em ritmos compassados, o casal libera os gametas e distendem as patas para espalhar a desova pela superfície. Neste momento, ocorre a fecundação dos óvulos pelos espermatozóides.
Pequeno sapo venenoso de cor verde e preta exibe capacidade cognitiva avançada nunca antes vista em anfíbios. O sapo venenoso verde e preto, fotografado aqui no Sunset Zoo, no estado americano do Kansas, é o primeiro anfíbio de que se tem conhecimento capaz de criar e revisar mapas mentais de seus arredores.
Conhecidos pela agilidade e a capacidade de grandes saltos, os sapos se tornaram conhecidos como os anfíbios escorregadios capazes de se camuflar em diferentes ambientes.
O estudo mostrou que indivíduos pequenos, com cabeça de até 4,5 cm de comprimento, contam com uma força de mordida de 30 N (cerca de 3 kg). E esse valor aumenta de acordo com seu tamanho. Os sapos com cabeça de cerca de 10 cm, por exemplo, já mordiam com uma força de 500 N.
A maioria dos sapos tem os olhos nas laterais da cabeça. Isso dá-lhes visão binocular num campo de 100° para a frente e um campo de visão total de quase 360°. Possuem uma membrana nictitante que lhes confere maior proteção, principalmente quando nadam.
Uma equipe internacional de pesquisadores utilizou raios-x para desvendar essa característica, e descobriram que os sapos usam sua cavidade oral para transmitir sons até seu ouvido interno.
Esses ambientes atraem os sapos e se há algum sapo em sua casa, provavelmente existe algum foco de água parada. Os sapos se alimentam principalmente de insetos, como grilos, gafanhotos, mosquitos, moscas, larvas, formigas, cupins e pequenos roedores, garantindo o equilíbrio das espécies e do ecossistema.
* Um sapo pode engolir mais de 50 insetos por minuto. Numa refeição comum, um sapo de 500 gramas come toda uma ninhada de camundongos e 20 metros de minhoca!
Som característico. Os sapos inflam e esvaziam a boca formando um papo. No vaivém entre o papo e os pulmões, o ar faz as cordas vocais vibrarem. Este som é o coaxar dos sapos, é o chamado dos machos na época do acasalamento.
Acúmulo de entulho, telhas e tijolos, locais escurecidos e iluminação fria, azul e de LED são fatores convidativos para sapos. “Esses animais e diferentes tipos de anfíbios precisam de água no seu ciclo de vida”, destaca Bianca.
O sapo-comum (Bufo bufo) é essencialmente terrestre, mas preferindo sempre lugares húmidos. Durante o dia abriga-se sobre as pedras ou em buracos, próximo dos cursos de água.
Os inimigos naturais dos girinos vêm pelo ar (aves), terra (mamíferos) e água (répteis, peixes e invertebrados), conforme exemplos apresentados a seguir.
Sapos transmitem doenças para humanos? Anfíbios não são uma fonte importante de doenças para humanos. Contudo, os anfíbios, assim como vários outros animais, podem conter bactérias, como Salmonella e Aeromonas.
De acordo com o criador de conteúdo, o sapo utiliza a urina para se defender ou simplesmente afastar os predadores. “Quando os sapos estão estressados, ele simplesmente vai lá e mija, pra tentar afastar você.