Após testes, o plasma é submetido a um processamento industrial, utilizando métodos físico-químicos, obtendo ao final os soros específicos. Os soros antiofídicos são envasados em frascos-ampola com 10 ml de solução líquida contendo anticorpos purificados.
Apesar de existirem soros específicos para diferentes gêneros de cobras, o processo de produção de todos eles segue o mesmo padrão. O veneno da serpente é introduzido no organismo de um cavalo, que reage desenvolvendo anticorpos. E são esses anticorpos que, após serem retirados do cavalo, formam o soro.
Desde então, os soros antiofídicos evoluíram e se tornaram o método predominante para tratar o envenenamento por serpentes, e a produção do Butantan se modernizou para incluir cinco soros antiofídicos diferentes.
Na realidade, são glândulas salivares modificadas, que produzem toxina. Estas glândulas estão conectadas a dentes especiais, são as chamadas presas inoculadoras. Quando se extrai esse veneno, esvaziam-se as glândulas totalmente, e elas voltam a se encher num período máximo de duas semanas.
Como o soro é produzido a partir do veneno das cobras?
Quais remédios são feitos com veneno de cobra?
O Capoten® é o nome comercial dado ao grande precursor dos remédios feitos a partir de venenos de cobras, o captopril. Ele foi desenvolvido através do isolamento de dois peptídeos presentes na peçonha de jararaca (Bothrops jararaca).
É verdade que o soro antiofídico é feito com sangue de ovelha?
Soro antiofídico é um medicamento composto por anticorpos usado para tratar picadas de serpentes peçonhentas. É um produto biológico, obtido a partir do plasma hiperimunizados de animais, como cavalos ou ovelhas.
O soro antirrábico é produzido a partir do plasma de equinos hiperimunizados com vírus fixo inativado, amostra PV, replicado em cultivo celular. VIA DE ADMINISTRAÇÃO: INTRAMUSCULAR.
O tratamento é feito com o soro específico para cada tipo de envenenamento. Os soros antiofídicos específicos são o único tratamento eficaz e, quando indicados, devem ser administrados em ambiente hospitalar e sob supervisão médica.
O antídoto é a substância que se opõe ao efeito tóxico atuando sobre o toxicante, enquanto o antagonistaimpede o toxicante de se ligar a seu alvo ou exerce ação oposta à do agente tóxico (agonista).
O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético, heterólogo e hiperimune, é indicado como um dos tratamentos para envenenamento causado por picada de serpentes do gênero Bothrops (ex: jararaca, jararacuçu, urutu, cotiara, caiçara e outras) ou ainda do gênero Lachesis (surucucu pico-de-jaca).
Os soros antiofídicos são produzidos a partir do veneno retirado da própria serpente e da hiperimunização de animais. Primeiramente, obtém-se o veneno da serpente da qual se deseja produzir o soro. Posteriormente, esse veneno é inoculado em um animal, normalmente o cavalo, que produz anticorpos contra esse antígeno.
O sistema imune do cavalo é estimulado a fabricar uma grande quantidade de anticorpos contra o veneno, que quando são ejetados na pessoa que foi picada, neutraliza o efeito do veneno. Ótima saída da ciência não é?! Ouça o programa para saber mais sobre esse assunto!
Qual a diferença entre a vacina e o soro antirrábico?
O soro já contém os anticorpos necessários para impedir que um microrganismo ou suas toxinas que estão presentes em nosso organismo causem a doença. Já a vacina induz o sistema imune a produzir anticorpos e células de defesa para combater a doença.
Os sintomas da raiva em pessoas são: dor de cabeça, febre, náusea, dor de garganta e alterações de sensibilidade no local da ferida provocada pela mordedura do animal. Estes sinais evoluem para paralisia e espasmos dos músculos de deglutição.
Quando as lesões forem muito extensas ou múltiplas, a dose pode ser diluída, o menos possível, em soro fisiológico, para que todas as lesões sejam infiltradas. O SORO SÓ DEVE SER ADMINISTRADO ATÉ O 7º DIA APÓS A PRIMEIRA DOSE DA VACINA.
O antídoto para tratamento de mordidas de víbora é feito de soro de ovelha ou cavalo, previamente imunizados com veneno de serpente. A administração de proteínas estranhas à pessoa, tal como anticorpos de soro de ovelha ou cavalo, desencadeia, por vezes, reações imunes, às quais se dá o nome de doença do soro.
Como Vital Brasil descobriu o soro específico para tratar picadas de cobras no Brasil?
A maior contribuição científica de Vital Brazil foi descobrir que o soro para tratar picadas de cobra tem que ser específico, isto é, ele constatou que o soro criado a partir do veneno da naja – o único disponível em fins do século XIX – não fazia efeito contra os venenos de serpentes brasileiras.
O dente da serpente é o responsável pela inoculação do veneno na vítima. De acordo com a dentição, podemos classificá-las em: áglifas, opistóglifas, proteróglifas ou solenóglifas. As serpentes áglifas são aquelas que possuem dentes de tamanhos iguais e sem canais para a passagem de veneno.
Outro produto natural que apresentou ação antiofídica in vitro (edunol) foi isolado em 1997 da planta Harpalicia brasiliana , pelo químico Francisco Matos, da Universidade Federal do Ceará.
O veneno altera a permeabilidade da membrana capilar, causando extravasamento de eletrólitos, albumina e eritrócitos através das paredes dos vasos na região envenenada. Este processo pode ocorrer em pulmões, miocárdio, rins, peritônio e raramente no sistema nervoso central.