Foi pelos olhos profundos e inexplicáveis, diferentes conforme as circunstâncias, que Capitu se consagrou, deixando na literatura brasileira uma marca inconfundível: "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" ou "olhos de ressaca" (descrição influenciada pela opinião de sua mãe, tia e um agregado, que não desejavam o ...
O olhar de Capitu também é enigmático, misterioso, diz aquilo que as palavras não conseguem dizer. O narrador ciumento, em diversos momentos da narrativa, descreve o modo de olhar de sua amada e isso basta para que compreendamos o que poderia dizer Capitu dada a sua força de expressão.
Os olhos de Capitu, confessa Bento, que “traziam não sei que fluido misterioso e energético, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia nos dias de ressaca” (ASSIS, 2008,p. 51).
[1] Olhos de Ressaca. Olhos que arrasta tudo para dentro de si. Os olhos de Capitu como “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”, frase que entrou para a história da Literatura Brasileira como sinônimo do seu caráter afeito à traição.
A partir dessa metáfora, olhos de ressaca, Bentinho para contar sua vida em diferentes momentos, como na morte de Escobar, em que ele diz que os olhos de Capitu eram grandes e abertos, assim como o mar que havia tragado seu amigo. Também descreve suas brigas com a esposa como temporais contínuos e terríveis.
Beijo de Bentinho e Capitu - olhos de ressaca e dissimulada - HD
Como seriam os olhos de Capitu?
Foi pelos olhos profundos e inexplicáveis, diferentes conforme as circunstâncias, que Capitu se consagrou, deixando na literatura brasileira uma marca inconfundível: "olhos de cigana oblíqua e dissimulada" ou "olhos de ressaca" (descrição influenciada pela opinião de sua mãe, tia e um agregado, que não desejavam o ...
ridiculariza a retórica dos românticos ao afirmar que os olhos de Capitu pareciam com uma ressaca do mar e, por isso, não seria capaz de descrevê-los de maneira poética, traduzindo, assim, o realismo literário de sua época.
No capítulo 32 de Dom Casmurro Bentinho descreve os olhos de Capitu da seguinte maneira: “Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca.
Quando aparecem as suspeitas de traição de Capitu e Escobar e ele morre afogado , Bentinho no velório refere-se a Capitu como "olhos de ressaca " pois ela havia chorado e o mar levou o amigo em uma ressaca.
Assim, apesar do sentimentalismo usado para descrever Capitu, ela é marcada por uma personalidade forte, que é própria da concepção da mulher “real”. para Bentinho, com o propósito de insinuar um caráter duvidoso da menina, diz que esta possuía “olhos de cigana, oblíqua e dissimulada” (ASSIS, 1899, p.
Seus olhos são “de cigana oblíqua e dissimulada”, ou são “olhos de ressaca”, por serem traiçoeiros, “uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca”. Em todo o livro, a palavra “ressaca” aparece quatorze vezes!
O Prof. Henrique ficou responsável pela apresentação do laudo necroscópico que atestasse as condições em que o corpo de Capitu teria sido encontrado, indicando, ainda, a "causa mortis". Deliberou-se que a morte teria se dado por envenenamento por arsênico, substância comum à época dos fatos.
Que analogia é construída para caracterizar os olhos de Capitu?
A metáfora usada para caracterizar os olhos de Capitu é a de "olhos de ressaca", justificada pela intensidade e pelo mistério presentes no olhar da personagem. Essa analogia está presente no trecho do capítulo XXXII do livro "Dom Casmurro" de Machado de Assis, cujo título, exatamente, é "Olhos de ressaca".
Quais as características de olhos de ressaca de Capitu?
A ressaca do mar nada mais é do que o movimento que as ondas do mar fazem de forma rápida e até violenta em direção à costa. Para o narrador, Capitu tinha os olhos como estas ondas, que são profundas, altas e ameaçadoras, levando consigo tudo que estiver em seu caminho.
Qual foi a metáfora utilizada nessa narrativa para descrever os olhos de Capitu?
E que é justamente o momento em que José Dias “apresenta” a Bentinho a “definição” de Capitu que vai constituir o leitmotiv do texto, na montagem da metáfora “olhos de ressaca”, fato que será decisivo na trajetória existencial de Bento Santiago.
"Olhos de ressaca": você conhece essa expressão? Ela é uma das metáforas mais bonitas da literatura brasileira, utilizada para descrever a força misteriosa dos olhos de uma moça amada. Ela foi escrita por Machado de Assis no romance Dom Casmurro. O livro tem um enredo marcado pelos temas do amor, do ciúme e da traição.
“… olhos de cigana oblíqua e dissimulada (…) olhos de ressaca, vá de resseca…”, dessa forma Bentinho, o narrador atormentado da obra “Dom Casmurro”, de Machado de Assis, imortalizou o olhar da amada Capitu: hipocrisia, sedução, mistério… muitos eram os enigmas daquele olhar.
Porque Bentinho diz que os olhos de Capitu pareciam olhos de ressaca?
Bentinho diz que os olhos de Capitu pareciam "olhos de ressaca" porque eles traziam um fluido misterioso e enérgico, uma força que o arrastava para dentro, semelhante à onda que se retira da praia nos dias de ressaca.
Tinha-me lembrado a definição que José Dias dera deles, "olhos de cigana oblíqua e dissimulada." Eu não sabia o que era obliqua, mas dissimulada sabia, e queria ver se podiam chamar assim. Capitu deixou-se fitar e examinar.
Capitu tinha olhos que queriam tragá-lo para dentro daquele mar, que era o olhar sedutor dela. o olhar dissimulado de Capitu revela indícios de uma mulher forte e independente, dona de si, tão aos moldes da figura feminina do século dezenove.
Qual a diferença de idade entre Capitu e Bentinho?
Assim, com o objetivo de “atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência”, Bentinho, o narrador, conta a sua história. Volta aos seus quinze anos, quando é vizinho de Capitu, uma menina de catorze anos.
Como Bentinho descreve os olhos de Capitu em Dom Casmurro?
Bentinho, nas reviravoltas de negar o desejo da mãe acerca do seu futuro como padre, se encontra no quarto de Capitu. Neste ponto do capítulo o personagem se lembra da descrição feita por José Dias acerca do olhar da amiga – “olhos de cigana oblíqua e dissimulada”.