“Eram aglomerados agrários articulados, e os excedentes de sua produção abasteciam as redes locais, compostas por fazendas, vilas, feiras e entrepostos de trocas.” Com as transações comerciais, vieram também intercâmbios religiosos e culturais e miscigenação étnica.
Atualmente, os quilombolas vivem em comunidades que, embora mantêm tradições ancestrais, enfrentam desafios contemporâneos. Muitas dessas comunidades estão em áreas rurais, onde a agricultura de subsistência e o extrativismo são as principais atividades econômicas.
As comunidades quilombolas, uma herança dos refúgios dos negros escravizados que começaram a se formar no século 16, vivem, praticamente, da agricultura familiar.
A sobrevivência do quilombo decorria da agricultura, e os principais itens produzidos em Palmares eram mandioca (usada para produzir farinha), feijão, batata, milho e melaço (produzido do cultivo da cana-de-açúcar).
A vida nos quilombos estava ligada a uma série de atividades: agricultura, caça, criação de animais, coleta, mineração e comércio. Os seus integrantes se sustentavam por meio de alianças com escravos de ganho ou libertos e homens livres, principalmente interessados em fazer comércio.
“Eram aglomerados agrários articulados, e os excedentes de sua produção abasteciam as redes locais, compostas por fazendas, vilas, feiras e entrepostos de trocas.” Com as transações comerciais, vieram também intercâmbios religiosos e culturais e miscigenação étnica.
O cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz compõe a base alimentar dessas comunidades quilombolas desde o período colonial. A partir desta cultura alimentar, estruturaram-se modos de fazer o plantio, de colheita e de troca que se tornaram tradicionais dentro da comunidade.
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
Além disso, os Povos quilombolas têm direito ao acesso a serviços básicos, como saúde, educação e saneamento. É responsabilidade do Estado garantir que essas comunidades tenham acesso igualitário a esses serviços, levando em consideração suas necessidades específicas.
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
Qual é a principal fonte de renda dos quilombolas?
A agricultura familiar representa uma importante fonte de renda para os quilombolas. Artesanato, extrativismo, produção cultural, turismo social e venda de produtos feitos pelas comunidades também são alternativas para complementar a renda.
Pessoa Quilombola é a pessoa que, morando ou não em um quilombo, se identifica com a cultura quilombola. Ela pode estar matriculada em qualquer etapa da Educação Básica, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Nascido do trabalho dos negros que buscavam a liberdade fugindo das senzalas, o artesanato quilombola se destaca pelo uso de vários recursos naturais para a confecção de objetos e instrumentos de trabalho. Alguns desses materiais são a madeira, a taquara, a palha de milho, a fibra de bananeira, a canela e a piaçava.
A alegria faz parte das comunidades quilombolas. Em geral, música, dança e festas de várias influências, inclusive negras, são realizadas entre esse povo. Uma das danças e músicas tradicionais é o lundu, chamado também de "lundum", que foi introduzido no Brasil por meio de africanos trazidos de Angola e do Congo.
Reconhecidamente, as comunidades quilombolas do Brasil se encontram vulnerabilizadas em suas condições de vida e saúde, fato que representa um relevante problema social e de saúde pública, não só pela precária condição socioeconômica, educacional e ambiental a que estão expostas, como também pelo impacto desses fatores ...
Em relação à espacialidade, a casa é composta por três blocos separados, sendo que o primeiro abriga a sala e os quartos; o segundo a cozinha e a despensa e o terceiro, o banheiro construído recentemente e localizado mais distante dos outros blocos.
“Eram aglomerados agrários articulados, e os excedentes de sua produção abasteciam as redes locais, compostas por fazendas, vilas, feiras e entrepostos de trocas.” Com as transações comerciais, vieram também intercâmbios religiosos e culturais e miscigenação étnica.
O povo do quilombo é um povo alegre, que gosta de música e de dança. O canto está sempre presente em seu cotidiano e nas festas. Entre os quilombolas há um grande número de cantores e compositores, que relatam em suas músicas a vida, a luta e a esperança de seu povo.
É considerada quilombola aquela pessoa que se autodetermina pertencente a esse grupo. A autoatribuição da identidade quilombola é um processo de reflexão da pessoa que pertence a um grupo historicamente constituído e que reivindica sua identidade como membro desse grupo.
Os quilombolas cultivavam e processavam alimentos, pescavam e criavam animais e, em todas essas práticas, que variavam de território a território, observa-se a presença marcante de alimentos como milho, mandioca, feijão, batata, arroz, banana, cana-de-açúcar, melancia e diversas outras plantas e frutas nativas.
Ao longo de sua existência, para sobreviver no Vale, os quilombolas praticaram uma agricultura itinerante, herdada dos povos indígenas que habitaram a mesma região, chamada por eles de roça de coivara e que tem outros nomes em outras regiões tropicais.
Nas comunidades quilombolas, hoje, existem três religiões predominantes: o catolicismo, o candomblé e o evangelismo. Algumas possuem apenas uma religião, porém, o mais comum é que, numa mesma comunidade, predominem duas ou três religiões diferentes.