O material escrito circulava entre as comunidades cristãs sob a forma de textos sacros, epístolas e sermões; sacerdotes atuavam como professores e secretários dos nobres. Soma-se a isso o fato de que as bibliotecas monásticas foram praticamente as únicas a preservar seus livros durante as chamadas “invasões bárbaras”.
Até o início do século XIII, o pergaminho foi o material mais utilizado para os manuscritos. Em finais do século XIII, por conta da dificuldade de fabricação e de seu consequente alto preço no mercado, o pergaminho foi substituído pelo papel.
Coletânea de obras produzidas durante a Idade Média
Esse foi um período que surgiu a concepção do Teocentrismo, Deus o centro do mundo, assim os escritos da literatura medieval são primordialmente com temas religiosos, mas também escritos com temáticas históricas e amorosas.
A educação medieval baseou-se nas sete Artes liberais; gramática, dialética (lógica), retórica, música, aritmética, geometria e astronomia. A gramática foi a base da erudição medieval, como arte liberal e como disci- plina indispensável para ler e escrever corretamente o latim.
Pergaminho era um material para escrita bastante utilizado nos períodos da Antiguidade e da Idade Média, sendo fabricado com a pele de animais. O códice foi algo que surgiu com a popularização do pergaminho. Ouça o texto abaixo!
Influências. O latim medieval era caracterizado por um vocabulário aumentado, que emprestava livremente de outras fontes. Era grandemente influenciado pela linguagem da Vulgata, que apresentava diversas peculiaridades estranhas ao latim clássico, como consequência da tradução mais ou menos direta do grego e do hebreu.
Como acontecia a alfabetização durante a Idade Média?
A metodologia de ensino baseava-se na leitura de textos e na exposição de ideias feitas pelos professores. As aulas muitas vezes eram animadas quando os debates entre mestres e alunos eram travados em público, discutiam sobre um tema determinado, essas aulas foram denominadas de scholastica disputattio.
A literatura desta época era composta de escritos religiosos bem como de obras seculares. Da mesma forma que a literatura moderna, é um complexo e rico campo de estudo que vai do totalmente sagrado ao exuberantemente profano, passando por todos os pontos intermediários.
Uma escrita sistematizada aparece somente por volta de 3500 a.C., quando os sumérios desenvolveram a escrita cuneiforme na Mesopotâmia. Os registros cotidianos, econômicos e políticos da época eram feitos na argila, com símbolos formados por cones. Nesse mesmo momento, surgem os hieróglifos no Egito.
Já durante a Idade Média, na Europa, a carta era o meio de comunicação mais utilizado entre os nobres – principalmente governantes, banqueiros e comerciantes, que não só escreviam sobre questões pessoais, como também relatavam os acontecimentos da região onde moravam.
O manuscrito medieval, portanto, é um texto nessas condições no contexto da Idade Média. Consideramos aqui a Idade Média o período datado do século V ao século XVI, que se estende desde os primeiros conventos com sua produção escrita até a invenção da imprensa.
476-1500 EC, incluindo filosofia, tratados religiosos, textos jurídicos, bem como obras da imaginação. Mais estreitamente, no entanto, o termo se aplica a obras literárias de poesia, drama, romance, prosa épica e histórias escritas em vernáculo (embora algumas histórias fossem em latim).
Sabe-se que a história da escrita começou na antiga civilização mesopotâmica (atual Iraque) por meio dos povos sumérios. Essas pessoas desenvolveram a escrita cuneiforme por volta de 4.000 a.C. Eles iniciaram o processo da escrita usando argila e a cunha (uma ferramenta de metal ou madeira dura, em forma de prisma).
O material escrito circulava entre as comunidades cristãs sob a forma de textos sacros, epístolas e sermões; sacerdotes atuavam como professores e secretários dos nobres. Soma-se a isso o fato de que as bibliotecas monásticas foram praticamente as únicas a preservar seus livros durante as chamadas “invasões bárbaras”.
Durante a Idade Média, os livros eram manuscritos, mas nem sempre identificados, já que nesta época o conceito de autoria diferia bastante do que se entende atualmente. Isto dificulta às vezes a atribuição de um manuscrito a um ou outro scriptorium, havendo muitas obras registradas como anônimas ou apócrifas.
Os manuscritos medievais eram, em geral, cópias de textos antigos (gregos e romanos, em especial), bíblias e textos litúrgicos. Mesmo sendo cópias não eram exatamente iguais. O copista acrescentava, muitas vezes, correções, palavras ou frases no texto original. Diferenciavam-se também pelas iluminuras e ornamentações.
A escrita cuneiforme é considerada a primeira forma de escrita fonética, ou seja, em que os caracteres representam sons. Os caracteres em cuneiforme eram feitos com um instrumento pontiagudo em uma tábua de argila que era assada em um forno.
Possivelmente, as escritas mais antigas são a escrita cuneiforme e os hieróglifos. Ambos sistemas de escrita foram criados há cerca de 5500 anos, entre sumérios e egípcios. Os hieróglifos originaram-se no Antigo Egito e a escrita cuneiforme na Mesopotâmia, (atual Iraque).
A escrita, servia inicialmente para registrar o comércio e as atividades burocráticas, criada pelos povos Sumérios. A evolução da escrita levou à criação dos alfabetos fonéticos. O alfabeto grego deu origem ao latino, que usamos na Língua Portuguesa.
Na Idade Média quem tinha informação tinha poder e somente as pessoas ligadas a Igreja tinha acesso aos livros. As obras eram produzidas por monges copistas e normalmente não chegava às mãos do povo e dependendo do conteúdo, nem mesmo outros monges poderiam ler.
Um dos destaques da história do livro, no início da Idade Média, é o surgimento de oficinas de copistas e ilustradores em Bizâncio, já no século VI. Ali também se usou o papel, invenção chinesa obtida através dos árabes, antes dos países da Europa Ocidental.
A sociedade medieval era estamental, ou seja, não possibilitava a ascensão social. No topo da pirâmide estava o clero, logo abaixo vinha a nobreza, e na base estavam os servos, os únicos que trabalhavam e sustentavam as classes de cima. A agricultura tornou-se a principal atividade econômica.
Na idade média a criança era vista como um adulto em miniatura, trabalhavam nos mesmos locais, usavam as mesmas roupas. “A criança era, portanto, diferente do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as outras características permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981, p. 14).
Na Idade Média, o analfabetismo era bastante comum, principalmente entre a população camponesa. A educação formal era acessível apenas a uma pequena parcela da sociedade, como membros da nobreza, clero e algumas classes comerciais privilegiadas.
Na Europa Medieval, o estudo era um privilégio de poucos, um luxo do clero e da nobreza. As escolas existiam basicamente em instituições eclesiais, paróquias, catedrais e mosteiros. No entanto, foi nos mosteiros que a escola teve mais efetividade e organização.