Os banhos dele limitavam-se aos recomendados pelo médico; em geral, a limpeza do rei era feita com pano com água, álcool ou saliva. Para amenizar o mau hálito, a população precisava esfregar os dentes e gengivas com panos e uma mistura de ervas, já que escovas e pastas de dente ainda não existiam.
Basicamente, os penicos eram pequenos potes ou tigelas que eram usados como banheiro no quarto. Eram esvaziados nos jardins do palácio ou em fossas localizadas nas caves do palácio. Era uma prática comum naqueles dias e não apenas limitada ao Palácio de Versalhes, mas também em outros palácios e casas dos ricos.
Os sanitários de um castelo eram, de modo geral, construídos nas muralhas, tanto que se projetavam para o exterior e os dejetos caíam no fosso do castelo ou, melhor, diretamente em um rio, como no caso das latrinas de uma das grandes salas de pedra no Castelo Chepstow em Gales, construído a partir do século XI.
Como eram os hábitos de higiene na época da peste negra?
Pogroms foram feitos por toda a Europa para eliminar a “causa” da peste. Por essa época, a Igreja tratava imundície como um sinal de sacrifício e dizia que banhos eram lascivos, sensuais, e um hábito de judeus e islâmicos. Monges, dependendo da ordem, tomavam banho duas vezes por ano.
João foi injustiçado pela História. "O d. João era, sim, um príncipe muito medroso, indeciso, tinha crises de depressão, era fisicamente muito feio, não tomava banho.
Os banhos dele limitavam-se aos recomendados pelo médico; em geral, a limpeza do rei era feita com pano com água, álcool ou saliva. Para amenizar o mau hálito, a população precisava esfregar os dentes e gengivas com panos e uma mistura de ervas, já que escovas e pastas de dente ainda não existiam.
A imundície era generalizada, porque lixo e dejetos eram despejados na rua. Havia latrinas públicas em algumas cidades, mas elas eram evitadas pelas condições repulsivas. Os moradores tinham penicos _ que despejavam pela janela, não raro sobre a cabeça de alguém.
Devido à falta de banhos regulares, a nobreza e a alta classe social recorriam ao uso excessivo de perfumes e aromas fortes para mascarar os odores corporais. A higiene oral era praticamente inexistente. As pessoas limpavam os dentes com panos. O resultado eram problemas dentários graves e mau hálito generalizado.
Na época da rainha Vitória, o palácio de Buckingham não tinha nenhum local especial para tomar banho… Na França, o rei Louis XV tomou somente dois banhos em toda sua vida, um no dia do seu casamento e outro durante um certo evento nacional.
Para que se tenha uma idéia, esse castelo dispõe, entre outros números eloqüentes, de onze hectares de telhados, quase 52.000 m² de pisos, sessenta e sete escadas, 2.153 janelas, setecentos cômodos. Surpreendentemente, no entanto, o castelo não dispõe de banheiros!
“A construção de Versalhes levou mais de 50 anos, incluindo o paisagismo de um parque de 800 hectares e a criação de uma cidade inteira para abrigar os servidores, também chamada Versalhes, que, em 1715, já tinha 30 mil habitantes”, afirma Paulo.
No século XVIII, as pessoas lavavam-se pouco e faziam-no a seco, evitando o uso de água. Isto explica-se em boa parte pela crença antiga, segundo a qual a saúde do corpo e da alma dependia do equilíbrio dos quatro humores que se supunha integrarem o corpo: sangue, pituitária, bílis amarela e atrabílis.
O “mikve” era um banho que tinha função de purificação do corpo. Nos últimos dias, em pleno período natalino, novos vestígios do ritual sanitário judeu foram achados nas proximidades da atual basílica erguida no Jardim de Getsêmani, localizado na base do Monte das Oliveiras, em Jerusalém.
Nenhuma impureza devia ser tolerada diante de Deus. Durante a estada no deserto, os israelitas se achavam quase continuamente ao ar livre, onde as impurezas teriam efeito menos nocivo do que nos que vivem em casas fechadas. Mas era requerido o mais estrito asseio, tanto dentro como fora de suas tendas.
(Ogue, rei de Basã, foi o último rei da raça de gigantes chamados refains. A sua cama, feita de ferro, media quatro metros de comprimento por um metro e oitenta de largura, de acordo com a medida usada naquele tempo.
Surpreendentemente, no entanto, o castelo não dispõe de banheiros! Um dos aspectos mais formidáveis do conjun- to de Versalhes são suas fontes. Justo motivo de enorme orgulho do Rei Sol, são uma verdadeira proeza da engenharia hidráulica.
Porque as pessoas não tomavam banho na Idade Média?
A História mostra que o banho na Idade Média era praticamente nulo. Além da precariedade dos sistemas de higiene, o novo comportamento religioso apresentava a prática como um ato desonroso e impuro. Para Vigarello, a água do banho é insinuante e perturbadora, porque supõe o toque com o corpo.
A maioria das pessoas comia com as mãos — talheres eram raros e a comida costumava ser servida em grandes fatias de pão amanhecido, chamadas de trenchers. Lavar a sujeira acumulada durante o dia era uma necessidade, além de um sinal de respeito por quem o estivesse alimentando.
Eles tinham o costume de se depilar constantemente, cortar e lavar os cabelos. Todas essas práticas eram realizadas com o uso de recursos naturais, como óleos, extratos de plantas e sementes e afins. Inclusive, diversos desses elementos são empregados pela indústria cosmética até hoje.
Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados. Mediante tantas dificuldades e a limitação de recursos, você já deve estar aliviado por ter o inestimável privilégio de fazer uso de uma cheirosa e suave barra de sabão.