A vida no seringal era dura para a família do patrão, bem como para todos os fregueses. Claro que a extração do produto, ou seja, a produção propriamente dita, ficava por conta dos seringueiros; o patrão era o proprietário das terras, dos meios de produção e monopolizava o comércio em sua propriedade.
Os soldados da borracha já chegavam aos seringais devendo aos donos da terra. Desde o transporte até o alimento era cobrado. O “sistema de aviamento” mantinha o trabalhador preso por meio de uma dívida interminável, que crescia dia após dia. Tudo que se recebia no seringal era cobrado.
Os seringueiros e suas mulheres caçam, pescam e plantam milho e mandioca para fazer farinha. Também coletam borracha e castanha. As crianças nadam, pescam e carregam uma as outras brincando de serem sacos de castanhas. As famílias moram no meio da floresta, longe umas das outras.
Formalmente, ele trabalhava como um trabalhador autônomo em estradas de seringa pelas quais pagava renda em produto-borracha; no restante da semana, trabalhava como caçador ou em seus roçados.
Os trabalhadores empregados na extração do látex migravam principalmente da região Nordeste, fugindo da seca e buscando melhores condições de vida no Norte. Essa mão de obra não era qualificada, e se exigia força física para extrair o látex da árvore. Além disso, as condições de trabalho não eram das melhores.
A vida no seringal era dura para a família do patrão, bem como para todos os fregueses. Claro que a extração do produto, ou seja, a produção propriamente dita, ficava por conta dos seringueiros; o patrão era o proprietário das terras, dos meios de produção e monopolizava o comércio em sua propriedade.
Esses soldados trabalharam na extração do látex, fornecendo matéria-prima para a produção de borracha, que era imprescindível para o êxito das tropas, sejam para pneus dos carros, mangueiras automotivas, calçados, botes infláveis, material isolante, entre uma série de outras utilidades da borracha.
Estes seringueiros viviam num regime de trabalho exaustivo, sem garantias de direitos trabalhistas e num ciclo de dependência dos patrões, visto que o seu trabalho, segundo as regras circundante nos seringais, eram pagos, muitas das vezes, com mercadorias que poderiam ser compradas de modo “fiado” nos barracões.
O seringueiro recebia uma quantidade de alimentos que durava em torno de 30 dias. ¿O regatão ou o patrão trazia o básico, que era arroz, feijão, jabá, pirarucu (peixe da Amazônia que se assemelha ao bacalhau) e conserva, que muitas vezes chegava estragada, entre outras coisas¿, conta Carlito.
Como eram as condições de trabalho dos seringueiros?
Devido ao isolamento no meio da florestas, as famílias compravam as mercadorias de primeira necessidade, como sal, redes, pólvora e fósforos, no barracão do patrão. O dinheiro para pagar essas mercadorias era ganho com o trabalho de cortar seringa: fazer o corte na casca da seringa e recolher o látex que escorre.
Nos domínios da Amazônia em MT, os seringueiros vivem, particularmente, na RESEX Guariba Roosevelt, que é a única reserva extrativista do Estado. Eles são também conhecidos na região como beiradeiros, pois vivem às margens do rio Guariba e do rio Roosevelt, no município de Colniza, extremo noroeste do Estado.
O culto a São Geraldo surge a partir da morte de um seringueiro em estado de abandono em sua colocação. Seu processo de santificação se dá através de uma petição na qual seu amigo pede sua autorização para retirada de folhas da árvore que brotara sobre seu túmulo, recebendo a cura, passa a ser cultuado como santo.
Eles são, em sua maioria, “apaixonados” por festas, por danças de forró. São bons dançarinos de ritmos originários do Nordeste. A festa de forró é uma tradição que remonta aos primeiros tempos de ocupação do Acre pelos nordestinos.
Como funcionava o sistema de trabalho dos seringueiros?
Para realizar a defumação, o seringueiro se utiliza de um pau, sobre o qual derrama o látex e vai girando vagarosamente na fumaça. Este pau fica suspenso sobre o buião. Sempre girando o pau e derramando o látex, vai-se formando uma bola de borracha, ou pela, chegando a pesar entre 30 e 50 quilos (ou 500 e 100 libras).
Para os soldados da borracha, a guerra não acabou em 1945, mas perdurou por décadas. A adaptação a esse novo ambiente, para esses soldados da borracha, foi muito difícil. Tiveram de se adaptar para sobreviver, pois inúmeras eram as mudanças, como a geografia e, principalmente, o clima, para a maioria vinda do Nordeste.
Dentro das matas o seringueiro, realizava a principal tarefa no período de XIX para XX, sendo que o corte da seringueira para a coleta da goma era algo que exigia tempo e esforços.
As condições de moradia eram muito precárias, cada trabalhador “arrumava-se” numa palhoça, na qual muitas vezes também fazia o processo de defumação da borracha. O dia começava muito cedo e o trabalhador percorria sua estrada. Uma estrada é o conjunto de 100 a 150 seringueiras a ser entalhada por dia.
Os embates consistiam na reunião de seringueiros e suas famílias nas áreas ameaçadas de desmatamento, momento em que os manifestantes colocavam-se em frente aos peões e suas máquinas para impedir o prosseguimento das derrubadas.
Os primeiros seringueiros, trabalhadores que retiraram o látex da seringueira como fonte de renda, chegaram à Amazônia na década de 1870. A vida do seringueiro é dormir cedo e acordar cedo.
Por que os seringueiros sempre ficavam devendo ao seringalista?
O valor do produto extraído era estabelecido pelo patrão, e os seringueiros raramente tinham saldo positivo. Dessa forma, ficavam presos financeiramente aos seringalistas, sendo obrigados a vender toda a produção para aquele que financiava sua permanência na floresta.
É aquele que extrai o látex das seringueiras e viabiliza sua transformação em borracha natural. A experiência e a competência profissionais são fundamentais na extração, que começa com a retirada de uma pequena porção da casca da árvore, logo acima da linha de corte.
Qual a principal atividade econômica dos seringueiros?
A extração do látex nos seringais ficou marcada por ser um trabalho pesado e difícil, e a produção da borracha trouxe grande prosperidade para a região amazônica, embora isso ficasse concentrado nas grandes cidades, em especial Manaus e Belém.
Os aliados venceram a guerra. Dos 20 mil combatentes brasileiros na Itália, morreram 454, e entre os quase 60 mil soldados da borracha, cerca de 30 mil desapareceram na Amazônia.
Quais brasileiros foram chamados de soldados da borracha?
Chamados de Soldados da Borracha, eram mais de 50 mil pessoas, em sua maioria vindas do Nordeste, que foram também responsáveis pela expansão demográfica na região.
Quais eram as promessas que os soldados da borracha recebiam?
Com outros recrutas, o que os levou para a extração de látex foi a promessa de 35 mil cruzeiros para o seringueiro com a maior produção anual, ou então de uma terra de fartura, um conceito muito distante da seca impiedosa do Nordeste.