Na Antiguidade, a ausência de redes encanadas e esgotos era suprida com a utilização de copos e bacias que permitiam a realização do banho. Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados.
Na Antiguidade, muitos povos faziam cocô e xixi em baldes ou penicos. O conteúdo era jogado pela janela ou descartado em rios. Também havia a fossa — um buraco no chão, ao ar livre. Peles de animais, plantas e esponjas serviam de papel higiênico.
Existem documentos de mais de 3.000 anos que relatam os costumes egípcios de tomar banhos diários, em uma média de três por dia. Tratava-se de uma prática ritualística com o intuito de purificar o espírito por meio do corpo.
A História mostra que o banho na Idade Média era praticamente nulo. Além da precariedade dos sistemas de higiene, o novo comportamento religioso apresentava a prática como um ato desonroso e impuro. Para Vigarello, a água do banho é insinuante e perturbadora, porque supõe o toque com o corpo.
Como era a higiene feminina na ERA VITORIANA | Século 19
Como era a higiene na época de Jesus?
A imundície era generalizada, porque lixo e dejetos eram despejados na rua. Havia latrinas públicas em algumas cidades, mas elas eram evitadas pelas condições repulsivas. Os moradores tinham penicos _ que despejavam pela janela, não raro sobre a cabeça de alguém.
Em Roma, há relatos de mulheres que usavam chumaços de lã como uma espécie de absorvente interno. Enquanto as gregas revestiam pedaços finíssimos de madeira com tecido e utilizavam esse recurso também internamente. Já as japonesas confeccionavam canudinhos de papel.
Por essa época, a Igreja tratava imundície como um sinal de sacrifício e dizia que banhos eram lascivos, sensuais, e um hábito de judeus e islâmicos. Monges, dependendo da ordem, tomavam banho duas vezes por ano.
Na Antiguidade, a ausência de redes encanadas e esgotos era suprida com a utilização de copos e bacias que permitiam a realização do banho. Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados.
O banho diário era raro: apenas índios e escravos tomavam banhos diários em rios. Europeus, principalmente em regiões mais urbanas raramente se banhavam de corpo inteiro. A limpeza era normalmente feita com toalhas e se ocupava apenas de algumas partes do corpo. Sabões eram produtos raros na colônia.
Nessa época, os médicos acreditavam que as doenças consistiam em manifestações malignas que tomavam o corpo do indivíduo por meio de suas vias de entrada. A partir dessa premissa, a classe médica concluiu que o banho em excesso alargava os poros da pele e, com isso, deixava o sujeito suscetível a uma doença.
Todos se depilavam, cortavam e lavavam os cabelos. Para isso, usavam produtos vegetais como o óleo de andiroba e extrato de pitanga, que ainda hoje são usados na indústria de higiene pessoal. Também veio deles o costume de tomar banho diariamente, ato que os portugueses evitavam.
Antes, mas muito antes de surgir o papel higiênico, as pessoas usaram uma grande variedade de materiais naturais para a higiene anal: lascas de madeira, conchas, peles de animais, feno, folhas, areia e, óbvio, a água de rios e lagos.
Os indianos, por sua vez, valorizavam bastante a limpeza corporal, tomavam banho ao acordarem e antes de se deitarem, usavam pós perfumados, óleos nos cabelos e no corpo, sabão e outros ingredientes naturais para se cuidarem e perfumarem.
O banheiro era comunitário e não necessariamente havia diferenciação de gênero. Todos se sentavam lado a lado em uma latrina coletiva. Ali as pessoas faziam suas necessidades enquanto interagiam, debatiam assuntos diversos e, até mesmo, realizavam banquetes.
Antigamente, não havia privadas e nem sistema de esgoto — a maioria das pessoas fazia suas necessidades ao ar livre, entre árvores e arbustos, ou usava penicos.
Porque antigamente as pessoas tinham medo de tomar banho?
Desde que o Império Romano caiu até ao século XVII, tomar banho era um pecado que podia 'chamar' as doenças. E isso era válido em casas pobres e em palácios. Recorde a parte fedorenta da História.
O banho foi proibido na Europa nos séculos 15 e início do 16, porque como a peste era invisível, os médicos não sabiam como é que ela penetrava no corpo. Então, recomendavam que se desenvolvesse uma grossa camada protetora de cascão, de forma que não fosse atingido pelos mesmos.
Os registros mais antigos a respeito do banho vem dos egípcios. Para eles, o ato de tomar banho era sagrado, uma forma de purificar sua alma e homenagear seus deuses. O banho se realizava em um espaço coletivo e era uma atividade social que envolvia também o uso de óleos e cremes naturais.
Os índios brasileiros eram muito limpos. Costumavam entrar no rio para se banhar mais de dez vezes por dia. Tanto que os portugueses, quando chegaram aqui a partir de 1500, se assustaram.
Agora, quando o inverno acabava e o acesso às casas de banho ficava mais fácil, a galera fazia a festa mesmo. Só havia um outro pequeno problema nisso aí: os medievais tomavam banhos peladões: mulheres e homens nos mesmos lugares. Aí, imagine: eles ficavam limpos, mas saíam “imundos”.
Na Bíblia, a mulher é biologicamente impura por ter consumido o fruto proibido no Jardim do Éden. Durante a “Era das Trevas”, o catolicismo influenciou fortemente a forma que a população olhava para a menstruação. “Tornou-se uma coisa que fazia a mulher ser meio temida, a ponto de elas serem queimadas por isso.
Nessa época, a ideia era de que a menstruação era necessária e fazia bem para a mulher. Na Roma antiga, as mulheres eram consideradas impuras no período menstrual e todos queriam distância delas. Já na idade média, as mulheres mais puras repudiavam o sexo e, por isso, menstruavam direto, a vida inteira.
Porque a mulher menstruada era considerada impura?
O fluxo menstrual, como qualquer secreção do corpo humano (à exceção da lágrima e, em alguns casos, do suor) é visto como impuro. Por se tratar de sangue, símbolo da própria vida, são muito mais intensas as regras que recaem sobre ele. Nem todas essas regras têm valor negativo.