Alguns médicos da peste usavam um traje especial que consistia em um sobretudo até o tornozelo e uma máscara de bico de pássaro, muitas vezes cheia de substâncias doces ou de cheiro forte (geralmente lavanda), juntamente com luvas, botas, um chapéu de abas largas e um vestuário de roupa externa.
A roupa externa consistia em um sobretudo de couro, e debaixo do casaco, usava-se calças justas e uma blusa de manga curta, botas e luvas – todas feitas de couro de cabra. As peças eram enceradas com uma camada de gordura de animal para que tudo fosse impermeabilizado e não pudesse penetrar na pele do médico.
Esta peça de vestuário caracterizava- se por um manto preto, que cobria todo o corpo de forma a proteger aqueles que o vestissem. A cabeça era coberta com uma máscara negra que tinha a particularidade de ter um bico no qual eram colocadas ervas aromáticas misturadas com palha.
colocação de rãs ou sanguessugas nos linfonodos; utilização de grande número de chás e ervas; fazer orações e cumprir penitências, como por exemplo ser chicoteado, eram outros métodos de “cura” muito preconizados, já que nesta época a doença era considerada um castigo divino.
Acreditava-se que eles causavam desequilíbrio nos fluidos corporais do paciente e ainda tinha-se certeza de que perfumes fortes poderia proteger da peste. Puro desconhecimento científico! A ideia das máscaras era justamente evitar que o miasma chegasse ao nariz dos médicos.
Esse traje de couro grosso, que consistia em um casaco com capuz, botas, luvas e calças, foi projetado para cobrir todo o corpo, enquanto a máscara de bico permitia que o médico respirasse o ar “purificado”. O couro era encerado para repelir qualquer fluido corporal durante as visitas aos pacientes.
Preenchidas com teriaga, uma combinação com mais de 55 ervas e outras especiarias que desde a Grécia Antiga era tida como um antídoto para qualquer envenenamento, a ideia era que a forma de bico proporcionasse tempo o suficiente para purificar o ar.
Quais eram as condições de higiene na época da peste negra?
Como na época medieval as condições de saneamento básico e higiene eram muito precárias, isso facilitava a propagação e instalação dos roedores nesses locais e, consequentemente, o contato das pessoas com as pulgas dos ratos que são transmissoras da doença.
O que eles usavam para se proteger da peste negra?
Os médicos também passaram a utilizar uma máscara em forma de bico de pássaro, que era preenchido com ervas aromáticas. Acreditava-se que essas roupas evitavam a contaminação.
Por que os médicos de antigamente usavam a máscara?
O objetivo da máscara era afastar maus cheiros, conhecidos como miasma, que eram considerados a principal causa da doença. Os médicos acreditavam que as ervas combateriam os cheiros "maus" da praga e impediriam que fossem infectados.
Modelito grotesco. Esse acima, caro leitor, era o uniforme usado pelos chamados “médicos da peste” – pessoas sem muito (ou nenhum) treinamento ou com pouca experiência que foram contratados pelas cidades para circular pelas áreas afetadas pela epidemia.
Na Babilônia, os primeiros médicos eram sacerdotes. Eles tratavam principalmente transtornos mentais, que eram atribuídos à possessão por demônios e curados com rituais religiosos.
Na época da rainha Vitória, o palácio de Buckingham não tinha nenhum local especial para tomar banho… Na França, o rei Louis XV tomou somente dois banhos em toda sua vida, um no dia do seu casamento e outro durante um certo evento nacional.
Monges, dependendo da ordem, tomavam banho duas vezes por ano. Alguns santos, como São Goderico (1065-1170), que foi da Inglaterra a Jerusalém sem trocar de roupa, eram famosos por sua imundície.
Nessa época, os médicos acreditavam que as doenças consistiam em manifestações malignas que tomavam o corpo do indivíduo por meio de suas vias de entrada. A partir dessa premissa, a classe médica concluiu que o banho em excesso alargava os poros da pele e, com isso, deixava o sujeito suscetível a uma doença.
Em 1894, o cientista franco-suíço Alexandre Yersin e o japonês Shibasaburo Kitasato finalmente identificaram o bacilo da doença. Dois anos mais tarde, o russo Waldemar Haffkine criou uma vacina contra a peste, e, em 1898, Yersin usou os primeiros soros antipestosos em seres vivos.
À época, como o conhecimento científico, sobre este tipo de doenças era escasso, a população acreditava numa relação entre medicina e religião, considerando a peste negra como um castigo divino pelos pecados cometidos, criando deste modo um problema social grave.
E contudo, as pestes, como as guerras, encontram sempre as pessoas igualmente desprevenidas.” Desde que os antibióticos foram desenvolvidos, é no começo dos surtos que os óbitos são mais prováveis de acontecer, porque ninguém espera que a peste volte depois de décadas ou até séculos de silêncio da doença.
A gripe espanhola é considerada uma das pandemias mais devastadoras e letais da história. A doença alastrou-se por todas as regiões do mundo e deixou o maior número de infectados e mortos, se comparada com outras pandemias.