Como eram recrutados os trabalhadores para os seringais no segundo ciclo da borracha?
Eles foram recrutados pelo governo brasileiro, que, aproveitando-se dos problemas enfrentados pelos nordestinos, recrutaram milhares deles para irem para região amazônica trabalhar na extração do látex, que seria exportado para os Estados Unidos para dar suporte ao governo e aos aliados da guerra.
Como era a vida dos trabalhadores nos seringais conhecidos como soldados da borracha?
Muitos desses soldados deram a vida, literalmente, para alimentar a indústria bélica americana durante o conflito e fornecer insumos para armas e pneus, por exemplo. Humildes, eles foram recrutados para trabalhar na extração da seringa com a promessa de que voltariam de lá milionários.
Como era a vida dos seringueiros durante o ciclo da borracha?
Os trabalhadores empregados na extração do látex migravam principalmente da região Nordeste, fugindo da seca e buscando melhores condições de vida no Norte. Essa mão de obra não era qualificada, e se exigia força física para extrair o látex da árvore. Além disso, as condições de trabalho não eram das melhores.
Estes seringueiros viviam num regime de trabalho exaustivo, sem garantias de direitos trabalhistas e num ciclo de dependência dos patrões, visto que o seu trabalho, segundo as regras circundante nos seringais, eram pagos, muitas das vezes, com mercadorias que poderiam ser compradas de modo “fiado” nos barracões.
A extração do látex nos seringais ficou marcada por ser um trabalho pesado e difícil, e a produção da borracha trouxe grande prosperidade para a região amazônica, embora isso ficasse concentrado nas grandes cidades, em especial Manaus e Belém.
O CICLO DA BORRACHA COMO NUNCA VIU - SOS História {Prof.Pedro Riccioppo}
Como era o trabalho dos seringueiros?
Os seringueiros e suas mulheres caçam, pescam e plantam milho e mandioca para fazer farinha. Também coletam borracha e castanha. As crianças nadam, pescam e carregam uma as outras brincando de serem sacos de castanhas. As famílias moram no meio da floresta, longe umas das outras.
A vida no seringal era dura para a família do patrão, bem como para todos os fregueses. Claro que a extração do produto, ou seja, a produção propriamente dita, ficava por conta dos seringueiros; o patrão era o proprietário das terras, dos meios de produção e monopolizava o comércio em sua propriedade.
Entre 1943 e 1945 cerca de 60 mil pessoas foram recrutadas para trabalharem nos seringais da região amazônica, onde extrairiam borracha imprescindível para o esforço de guerra empreendido então pelos Estados Unidos e seus aliados, contra o avanço dos regimes fascistas.
Como eram chamados os donos e os trabalhadores dos seringais?
Os primeiros seringueiros e posseiros de seringais haviam chegado ao rio Tejo na década de 1890, em florestas contestadas entre Peru e Bolívia, habitadas até então pelas populações nativas de língua Pano, sobre cuja organização social e modo de vida na época pouco se sabe hoje em dia.
As condições de moradia eram muito precárias, cada trabalhador “arrumava-se” numa palhoça, na qual muitas vezes também fazia o processo de defumação da borracha. O dia começava muito cedo e o trabalhador percorria sua estrada. Uma estrada é o conjunto de 100 a 150 seringueiras a ser entalhada por dia.
Quais eram as condições de trabalho dos seringueiros na época em que Chico Mendes era vivo?
A exploração dos seringueiros e a vida na pobreza geraram, em Chico Mendes, a necessidade de buscar meios para melhorar o trabalho nos seringais. A extração da borracha era pautada por relações desiguais que geravam miséria.
Eles são, em sua maioria, “apaixonados” por festas, por danças de forró. São bons dançarinos de ritmos originários do Nordeste. A festa de forró é uma tradição que remonta aos primeiros tempos de ocupação do Acre pelos nordestinos.
Dentro das matas o seringueiro, realizava a principal tarefa no período de XIX para XX, sendo que o corte da seringueira para a coleta da goma era algo que exigia tempo e esforços.
Por que os seringueiros sempre ficavam devendo ao seringalista?
O valor do produto extraído era estabelecido pelo patrão, e os seringueiros raramente tinham saldo positivo. Dessa forma, ficavam presos financeiramente aos seringalistas, sendo obrigados a vender toda a produção para aquele que financiava sua permanência na floresta.
São os chamados “soldados da borracha”, enviados para trabalhar como seringueiros na floresta e ajudar na produção da borracha necessária no esforço de guerra.
Esses soldados trabalharam na extração do látex, fornecendo matéria-prima para a produção de borracha, que era imprescindível para o êxito das tropas, sejam para pneus dos carros, mangueiras automotivas, calçados, botes infláveis, material isolante, entre uma série de outras utilidades da borracha.
Quem eram e como eram recrutados os soldados brasileiros que lutaram na guerra do Paraguai?
O conflito já durava quase dois anos e as Forças Armadas brasileiras estavam precisando, mais do que nunca, de soldados. Para reforçar as tropas, milhares de escravizados, de todo o país, foram então comprados pelo governo, alforriados e, em seguida, alistados na Marinha ou no Exército.
Para os soldados da borracha, a guerra não acabou em 1945, mas perdurou por décadas. A adaptação a esse novo ambiente, para esses soldados da borracha, foi muito difícil. Tiveram de se adaptar para sobreviver, pois inúmeras eram as mudanças, como a geografia e, principalmente, o clima, para a maioria vinda do Nordeste.
Como eram as condições de trabalho dos seringueiros?
Além da rotina pesada de trabalho, praticamente sem folgas, os soldados da borracha sobreviviam em casebres precários, surpreendidos por febres, náuseas e fadigas típicos da malária.
Quem eram os trabalhadores conhecidos como seringueiros?
Os seringueiros eram recrutados nas cidades de Manaus, Tefé ou São Paulo de Olivença, e nas aldeias vizinhas, e conduzidos para realizar o trabalho nos seringais no período da safara dos produtos.
Como funcionava o sistema de trabalho dos seringueiros?
Para realizar a defumação, o seringueiro se utiliza de um pau, sobre o qual derrama o látex e vai girando vagarosamente na fumaça. Este pau fica suspenso sobre o buião. Sempre girando o pau e derramando o látex, vai-se formando uma bola de borracha, ou pela, chegando a pesar entre 30 e 50 quilos (ou 500 e 100 libras).
De acordo com o movimento dos seringueiros, a reserva extrativista corresponderia a terras pertencentes à União, mas, por outro lado, seria de usufruto dos seringueiros e de outros trabalhadores que nela habitassem, tais como: castanheiros, trabalhadores de babaçu e outros tipos de trabalhadores extrativistas.
O que torna o caso dos seringueiros interessante para análise é o fato de o movimento se constituir em uma combinação nova de elementos presentes em movimentos sociais clássicos e contemporâneos.
O autor explica que os soldados da borracha foram os brasileiros que, entre 1943 e 1945, foram recrutados pelo governo brasileiro, alistados e transportados para a Amazônia, com o objetivo de extrair látex para os Estados Unidos durante a 2ª Guerra Mundial.