Dentre os efeitos mais comuns que o crack pode causar no corpo dos usuários, estão taquicardia, convulsões, espasmos musculares, disfunções sexuais, além de graves danos a diversos órgãos, como coração, rins, fígado e cérebro. Em longo prazo, a pele ganha um aspecto extremamente ressecado, enrugado e envelhecido.
Muitos usuários relatam sentimentos de paranóia intensa, ansiedade extrema e agitação. Outro efeito imediato que traz preocupação enquanto o uso do crack é a supressão do apetite, além da desidratação. Os usuários muitas vezes perdem a vontade de comer e beber, o que causa uma deterioração rápida da saúde física.
Usuários de cocaína podem ficar com cicatrizes nas mãos em razão das injeções constantes. Fumantes de crack apresentam lesões nas palmas das mãos e dos dedos devido às queimaduras deixadas pelo cachimbo em que consomem a droga.
VICIADOS EM CRACK: TUDO SOBRE A SUBSTÂNCIA E SEUS EFEITOS
Como fica o rosto da pessoa que usa crack?
Em longo prazo, a pele ganha um aspecto extremamente ressecado, enrugado e envelhecido. O dependente da droga deixa de dormir e se alimentar corretamente – o que leva à perda de peso –, bem como pode vir a experimentar estados em que se sente paranoico, ansioso, desorientado, hostil e agressivo.
"As sequelas oculares decorrentes do uso de drogas variam bastante. Pode-se constatar desde a perda de acuidade e percepção visual, até mesmo ocorrência de hemorragias, aumento de pressão e perda gradual ou total da visão", diz o doutor Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo.
Buracos nas passagens nasais também podem causar assobios e dificuldade para respirar. Além disso, cheirar cocaína não só pode danificar o nariz, mas também pode causar perfuração do palato ou do céu da boca. Isso pode dificultar a deglutição, a alimentação e a fala.
O crack nada mais é, portanto, que uma forma de apresentação e administração da cocaína. Ele se caracteriza por ser sólido, insolúvel em água e volatilizável. A droga surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 e recebeu essa denominação devido ao barulho produzido pela pedra ao ser queimada.
Quanto tempo um viciado em crack consegue ficar sem a droga?
O usuário de crack precisa de pelo menos 45-90 dias para se desintoxicar e mais de 90 dias para desenvolver mecanismos capazes de evitar o consumo da droga.
A liberação de dopamina faz o usuário de crack ficar mais agitado, o que leva a aumento da presença de adrenalina no organismo. A consequência é o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial.
De acordo com uma pesquisa da Fiocruz de 2013 - uma das mais recentes com cobertura nacional -, a média de tempo de uso entre dependentes de crack é de 8 anos. Cavalcante diz que o efeito é muito individual —algumas pessoas sustentam o vício durante anos.
Os sintomas da dependência de crack são variados e podem afetar todos os aspectos da vida de um indivíduo. Eles incluem euforia intensa, aumento da energia e agitação, insônia, perda de apetite, paranoia, alucinações, comportamento agressivo, isolamento social, mudanças de humor extremas, depressão e até mesmo psicose.
Devido à sua ação sobre o sistema nervoso central, o crack gera aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, dilatação das pupilas, suor intenso, tremores, excitação, maior aptidão física e mental. Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima.
“O contato direto dos dentes com a cocaína e o crack com o tempo acaba resultando em erosão dental, enfraquecendo o esmalte e expondo a dentina (parte viva do dente) – o que provoca bastante dor, do tipo que se sente em “choques” ao contato com o ar e líquidos quentes ou frios.
Sinais físicos como queimaduras e bolhas no rosto, lábios, dedos e mãos podem ser sinais do uso da droga, em função da alta temperatura que a queima da pedra requer.
A cocaína na forma de base livre constitui uma camada oleosa na superfície da solução aquosa, que é removida e seca, em contato com o ar, dando origem ao extrato sólido chamado de crack. O crack é um material sólido, com aspecto esbranquiçado e bordas irregulares, com formato semelhante a pedras.
Quanto tempo leva para limpar o organismo do crack?
E assim como demais tipos de drogas, o Crack também é identificado no Exame Toxicológico, sendo possível constatar o consumo desta droga em uma janela de detecção de 90 a 180 dias a partir da análise do exame.
Usuários de drogas frequentemente experimentam inflamações nas mãos devido ao efeito irritante das substâncias químicas presentes nas drogas. Isso pode levar ao surgimento de erupções cutâneas, vermelhidão e até mesmo úlceras na pele. Além disso, o uso de drogas também pode causar inchaço nas mãos.
Muitos dependentes químicos podem até pensar que existe uma forma de parar de usar crack sozinho. Mas isso não acontece! É uma falsa ideia de controle sobre si mesmo, quando na verdade a própria droga já assumiu o controle da sua vida.
“O Bombril é utilizado como filtro em cachimbos improvisados para fumar crack. O material metálico do Bombril é capaz de reter as impurezas da substância, permitindo que o usuário inale apenas o vapor da droga.
“O crack não deixa ninguém agressivo, só permite que ele libere a agressividade que, em outras circunstâncias, controlaria”, explica. A substância química também pode gerar quadros de desnutrição, ansiedade e depressão.
A química do crack causa uma baderna no corpo, com efeitos desejados – como sensação de mais energia, hiperatividade, bem-estar, elevação do estado de alerta – e indesejados – como aumento dos batimentos cardíacos, da pressão sanguínea e até alucinações, depressão, pânico e paranoia.
O crack afeta negativamente o cérebro, resultando em problemas cognitivos, como dificuldade de concentração, perda de memória e diminuição da capacidade de aprendizado. Além disso, a droga altera o equilíbrio químico no cérebro, causando mudanças de humor, ansiedade, depressão e paranoia.
Olhos vermelhos, inchados ou mucosas do nariz irritadas também são indícios do uso de substâncias químicas. Alterações no sono também devem ser consideradas. Problemas como insônia, sonambulismo ou uma inversão de hábitos podem surgir como efeito do abuso de tóxicos.