As missões aconteciam de duas formas: as adentravam nas matas e faziam o serviço de ensinar o índio a cultura cristã, e as que são chamadas ''reduções indígenas'' que não passa de um aldeamento, no qual os índios eram retirados da seu lugar de origem e levados para uma espécie de centros (capelas por exemplo) que os ...
As missões eram povoados indígenas criados e administrados por padres jesuítas no Brasil Colônia, entre os séculos 16 e 18. O principal objetivo era catequizar os índios. A catequização, no entanto, tinha efeitos colaterais que não interessavam aos conquistadores portugueses.
As missões apresentavam características como: regime comunitário, autossuficiência e infraestruturas cultural, administrativa e econômica completas. Muitos nativos, após serem doutrinados pelos jesuítas, começaram a se comportar de acordo com os costumes europeus.
Esses aldeamentos indígenas, também chamados de reduções ou missões, foram criados pela Ordem dos Jesuítas no fim do século XVII, a qual visava principalmente a catequização dos indígenas, pois, com a Reforma Protestante na Europa, a Igreja Católica foi em busca de novos fiéis.
Durante os séculos XVII e XVIII, por mais ou menos 150 anos, desenvolveu-se, na Região Platina, a experiência missionária das Reduções Jesuítico-Guarani em áreas de colonização espanhola, que hoje pertencem ao Brasil à Argentina e ao Paraguai.
Os sete povos das Missões foram estratégias criadas por padres espanhóis no Sul do Brasil com o objetivo de espalhar a fé católica catequizando os indígenas.
Os índios se recusaram a fazer a mudança. E foram mortos empunhando seus arcos e fechas contra o exército fortemente armado português. Era o fim da utopia missioneira. Dos povoados que faziam parte da rota missioneira brasileira, aquele que ficava onde hoje está a cidade de São Miguel das Missões é o mais conservado.
O intuito deles, além de transmitir o catolicismo, era transmitir os “valores civilizacionais” da sociedade europeia. As missões jesuíticas acabaram sendo um local onde os indígenas poderiam ser abrigados da violência dos colonos.
A Guerra Guaranítica: o levante indígena que desafiou Portugal e Espanha. São Paulo: Terceiro Nome, 2014. GOLIN, Tau. A Guerra Guaranítica: como os exércitos de Portugal e Espanha destruíram os Sete Povos dos Jesuítas e índios Guaranis no Rio Grande do Sul (1750-1761).
Eram, em larga medida, autossuficientes, dispunham de uma completa infraestrutura administrativa, econômica e cultural que funcionava num regime comunitário, onde os nativos foram educados na fé cristã e ensinados a criar arte às vezes com elevado grau de sofisticação, mas sempre em moldes europeus.
As missões acabaram após a expulsão dos jesuítas em 1759 pelo Marquês de Pombal, por conta da sua influência e domínio da educação, além da sua autonomia própria, desvinculada do Estado de Portugal.
Sua fundação é atribuída aos padres missionários Cristobal de Mendoza e Paulo Benevides. A partir de 1637, os ataques dos caçadores paulistas de índios aos aldeamentos de catequizados dos jesuítas se intensificaram o que provocou o deslocamento do Povo de São Miguel Arcanjo para as terras de Concepción.
Nos aldeamentos jesuíticos os índios eram educados para viver como cristãos. Essa educação significava uma imposição forçada de outra cultura, a cristã. Os jesuítas valiam-se de aspectos da cultura nativa, especialmente a língua, para se fazerem compreender e se aproximarem mais dos indígens.
Conhecido como a “Capital das Missões”, por ser o município mais populoso da região, o nome Santo Ângelo tem origem na Missão Jesuítica de Santo Ângelo Custódio, ou como consta em alguns documentos espanhóis da época, Sant”Angel da La Guardia e Sant”Angel Custódio.
O processo de decadência ocorreu em função dos tratados que entre si vinham estabelecendo entre Portugal e Espanha: em 1750 o Tratado de Madri troca a Colônia de Sacramento (hoje Uruguai), pelo território dos Sete Povos das Missões, sendo os índios obrigados a abandonar suas terras.
Porque ocorreu a Guerra dos Sete Povos das Missões?
A causa principal da guerra foi o Tratado de Madri, que determinava a transferência dos índios e jesuítas do lado brasileiro do Rio Uruguai para o espanhol. Os colonizadores derrotaram os índios, mas tiveram que estabelecer outros acordos para determinar as fronteiras entre os dois dominadores da América do Sul.
Território situado no atual estado do Rio Grande do Sul, a leste do rio Uruguai, foi constituído por sete povoações indígenas (São Nicolau, São Luís, São Lorenzo, São Borja, Santo Ângelo, São João Batista e São Miguel) controladas por jesuítas espanhóis.
Reunia grupos catequizados jesuítico-guaranis situados no nordeste do atual Estado do Rio Grande do Sul, em território brasileiro, às margens do rio Uruguai.
A principal atividade econômica nas reduções era comunitária. Os Guaranis preferiam trabalhar juntos. No Tupambaé (propriedade da comunidade ou de Deus) cultivava-se trigo, milho, algodão, cana- de-açúcar e outros produtos possíveis de armazenagem.
Como papa, ocupou-se da questão da extinção da ordem dos jesuítas, que se estendia desde o pontificado de seu predecessor, Clemente XIII. Diante da solicitação feita pelos Estados católicos, Clemente XIV extinguiu a Companhia de Jesus em 1773, por meio da bula Dominus ac Redemptor noster.