Quais são os critérios para abertura de protocolo de sepse?
O protocolo de sepse deve ser aberto para pacientes com SUSPEITA de sepse e choque séptico, a partir da presença de disfunção orgânica em pacientes com suspeita de infecção grave. A equipe médica deve definir a classificação inicial do paciente.
Temperatura central > 38,3º C ou < 36ºC; • Frequência cardíaca > 90bpm; • Frequência respiratória > 20 rpm, ou PaCO2 < 32 mmHg; Leucócitos totais > 12.000/mm³ ou < 4.000/mm³ ou presença de > 10% de formas jovens.
- Administração de antimicrobiano empírico: Devem-se administrar antimicrobianos intravenosos de largo espectro na primeira hora após o diagnóstico da sepse. Durante todo o tratamento, principalmente nas primeiras 24 horas, reavaliar seu uso conforme o resultado da coloração de Gram, das culturas e da evolução clínica.
Antibióticos. Antibióticos parenterais devem ser administrados o mais rápido possível após a coleta de amostras de sangue, líquidos corporais e locais de ferimentos para coloração por Gram e cultura. Terapia empírica rápida, iniciada imediatamente após a suspeita de sepse, é essencial e pode salvar a vida.
O diagnóstico da sepse é feito com base na identificação do foco infeccioso e na presença de sinais de mau funcionamento de órgãos. Não há exames específicos, mas há exames voltados para a identificação da presença de infecção, além de hemograma para a identificação do foco, radiografia de tórax e exames de urina.
O enfermeiro deve reconhecer os sinais de sepse: presença de 2 sinais de Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica tais como: hipertermia > 37,8 °C ou hipotermia < 35 °C, leucocitose > 1.2000 mm³, leucopenia < 4.000 mm³ ou desvio à esquerda > 10%, taquicardia > 90 bpm, taquipneia > 20 irpm ou de sinais de disfunção ...
Os sinais e sintomas da sepse podem ser sutis e, com frequência, facilmente confundidos com manifestações de outros distúrbios (p. ex., disfunção cardíaca primária, embolia pulmonar, delirium), especialmente em pacientes pós-operatórios.
Pode haver sintomas como febre, aumento das frequências cardíaca e respiratória. Também é preciso se atentar aos indícios de agravamento da infecção, como falta de ar, redução da produção de urina, tontura ou alteração do estado mental com confusão, agitação ou sonolência podem ser marcadores de disfunções orgânicas.
O escore SOFA (do inglês, Sequential Sepsis-related Organ Failure Assessment) é um índice desenvolvido para a avaliação inicial e progressiva de disfunções orgânicas em pacientes com quadros infecciosos, além de estimar a mortalidade em cada caso.
A cada sistema é atribuída uma pontuação de 0 (classificado como dentro dos parâmetros de normalidade) e 4 (alto grau de disfunção), totalizando um máximo de 24 pontos. A pontuação deve ser calculada 24 horas após a admissão e a cada 48 horas depois — justificando o termo “sequencial” do nome da pontuação.
A sepse costuma apresentar alguns dos sintomas que são habituais a qualquer infecção comum, como febre alta, náuseas, calafrios, fraqueza, prostração, anorexia, dores articulares, irritabilidade, letargia e dispneia. É preciso ter atenção, pois alguns desses sinais podem surgir apenas quando a infecção já se espalhou.
O tempo médio de permanência foi 6 (3-11) dias e a taxa de mortalidade foi 31,1%: 6,1% para SIRS não infecciosa, 10,1% para sepse, 22,6% para sepse grave e 64,8% para choque séptico.
PCR entre 10,0 a 40,0 mg/L: pode ser sinal de infecções mais graves e infecções moderadas, como catapora, COVID-19 ou outra infecção respiratória; PCR superior a 40 mg/L: geralmente indica infecção bacteriana; PCR superior a 200 mg/L: pode indicar septicemia, uma situação grave que coloca em risco a vida da pessoa.
Realizar uma meta-análise para avaliar a acurácia dos neutrófilos CD64, procalcitonina (PCT) e interleucina-6 (IL-6) como marcadores para o diagnóstico de sepse em pacientes adultos. Dos três biomarcadores estudados, o neutrófilo CD64 apresentou o maior valor diagnóstico para sepse, seguido por PCT e IL-6.
Pessoas com PCR persistentemente entre de 0,1 mg/dL (1 mg/L) e 0,3 mg/dL (3 mg/L) possuem um risco moderado de desenvolver doenças cardiovasculares. Pessoas com PCR persistentemente acima de 0,3 mg/dL (3 mg/L) possuem um risco elevado de desenvolver doenças cardiovasculares.
As infecções relacionadas à sepse são normalmente derivadas de pneumonias, infecções urinárias, infecções abdominais (apendicites, infecções hepáticas e etc.), além das iniciadas por infecções hospitalares.
De maneira geral, as bactérias são as maiores responsáveis por causar sepse. De acordo com o Instituto Latino Americano de Sepse, Pneumococcos estão entre os agentes causadores mais comuns desse problema.
É possível sobreviver a uma infecção generalizada?
A mortalidade por Sepse ou Infecção Generalizada no Brasil é especialmente alta. Enquanto a média de mortalidade mundial é de 30-40%, aqui é de 65%. No caso de pessoas que já estão internadas no hospital, a sepse costuma ser causada pelas Superbactérias (Infecções Hospitalares).