Algumas etnias utilizam a tinta à base de sementes de urucum, que dá uma coloração vermelha à pele; outras usam o calcário, que se encontra na terra, para obter a cor branca.
Os indígenas carregam no corpo e no rosto a identidade cultural de seu povo. As pinturas são as marcas de muitas etnias e são diferentes para cada ocasião. As tintas são feitas de elementos naturais, como urucum e jenipapo, e podem manter-se na pele por um período de 15 a 20 dias.
O urucum serve também para o acabamento de objetos tradicionais, com pontas de flecha e cestos. Alguns indígenas, saindo em viagem pela mata, habitualmente esfregam a tinta de urucum no corpo, ou apenas nas pernas e coxas, para afastar pulgas e outros insetos.
Quais eram os corantes naturais que os índios utilizavam?
Corantes naturais são aqueles extraídos de plantas, animais, minerais e, até mesmo, microrganismos. Urucum, mogno, jenipapo, açafrão e pau-brasil são alguns dos vegetais utilizados por distintas comunidades indígenas para obtenção das colorações.
Misture o açafrão e a água até formar uma pastinha. Em seguida, acrescente a cola branca e mexa bem. Misture o colorau (urucum) e a água até formar uma pastinha. Em seguida, acrescente a cola branca e mexa bem.
Na obtenção do corante com a extração direta com óleo vegetal, as sementes de urucum e o óleo vegetal são adicionados em um extrator com aquecimento. A mistura é aquecida e agitada para a transferência dos pigmentos das sementes para o óleo.
As sementes do urucum são revestidas por uma camada pastosa de coloração avermelhada e que, quando maduras, tornam-se secas, duras e de cor escura. Da camada externa das sementes extraímos os pigmentos do urucum, que consistem principalmente de cis-bixina, também denominada alfa-bixina.
O urucum, essa fruta com sementes bem vermelhas foi o primeiro corante vegetal comercializado das Américas para a Europa. Seu nome, que vem do tupi, significa vermelho e é tradicionalmente utilizado por indígenas brasileiros como matéria-prima para tintura, protetor solar e repelente.
"Jenipapo significa na língua tupi guarani 'fruta que dá tinta', pois é dessas frutas verdes que os índios extraem um tinta preta, que serve para a pintura corporal e de utensílios", explica.
1 colher de sopa de sementes de urucum . 60 ml de óleo vegetal (soja, milho, girassol, canola...) Juntar sementes e óleo numa panela pequena e levar ao fogo mínimo. Deixar até pegar cor (uns 10 a 15 minutos).
O corante de jenipapo é obtido a partir do fruto jenipapo, que é muito utilizado na pintura corporal indígena devido a sua tonalidade forte (preto-azulada) e a sua durabilidade.
— No Brasil, temos uma variação de pele índigena: na região Centro-Oeste, há um predomínio do mameluco, isso é, de um tom de pele meio amarelado, para quem são indicados tons de rosa e bronze. Já os índios do Norte têm a pele mais escura ou avermelhada, que fica melhor com tons de vermelho escuros e dourados.
O que os portugueses faziam com o corante natural?
Esse corante era utilizado para tingir tecidos na Europa, e esse nome circulava em diversas partes do continente, já nos séculos XII e XIII. O forte tom avermelhado extraído da resina presente no pau-brasil era utilizado para tingir tecidos na Europa.
Para fazer o corante nas cores vermelha e rosa, você pode utilizar suco de beterraba crua ou cozida. Uma pequena quantidade de suco de beterraba oferece um tom bonito de rosa, já para o vermelho precisa-se de uma quantidade maior de suco. Você também pode utilizar uma fruta vermelha, como framboesa, por exemplo.
O povo Terena utiliza o urucum na alimentação como colorau, que é um pó avermelhado que serve para realçar a cor, cujo alimento fica mais avermelhado, assim como para temperar e realçar o sabor do alimento.
O Colorau, também conhecido como Urucum, é uma semente de pequena árvore nativa das regiões tropicais da América do Sul. Atualmente o Brasil e as Filipinas são os maiores produtores mundiais do Colorau. O Colorau (Urucum) é uma especiaria de sabor forte, terroso, delicado e um pouco apimentado, com um toque amargo.
O colorau, um popular condimento alimentar, é o pó do urucum, também chamado de colorífico e falso açafrão, especialmente devido à sua forte cor vermelha. Ele é feito a partir da trituração das sementes do urucuzeiro – árvore típica das regiões tropicais da América do Sul.
O urucum é um fruto da árvore urucuzeiro e seu nome científico é Bixa orellana e pode ser comprado em supermercados, lojas de produtos naturais ou feiras livres, sendo importante que seu uso seja orientado por um médico ou outro profissional da saúde que tenha experiência com plantas medicinais.
Para elaborar a tinta, neste caso, os caroços avermelhados são removidos da casca, moídos, ralados ou triturados, e torrados. É ali, na parte externa da semente, que se encontra a maior parte do corante. Em seguida, adiciona-se óleo de pequi para fazer uma pasta avermelhada que pode ser passada sobre a pele.
Mas o que diferencia essas iguarias é que a páprica tem um sabor levemente adocicado devido à presença do óleo essencial contido nas cascas, já o colorau possui um gosto bem mais intenso devido à quantidade de capsaicina presente nele.