Batizada de “montaria dorsal”, ela é inédita entre os anfíbios – e esquisita até para eles. Em geral, os sapos agarram a fêmea por trás e ejaculam dentro dela, onde os ovos estão férteis e prontos para a fecundação.
Na natureza, a reprodução nos anfíbios Anura (rãs, sapos e pererecas) é precedida por uma vocalização do macho para atrair a fêmea. O acasalamento ocorre na água, com fecundação externa. “O macho abraça o dorso da fêmea, e simultaneamente ocorre a liberação dos gametas e, em consequência, a fecundação.
A reprodução dos anfíbios é geralmente feita por meio de fertilização externa, onde o macho libera seus espermatozoides na água e a fêmea os fertiliza externamente, quando os ovos são liberados. Em geral, a maioria dos anfíbios passa por um ciclo de vida que envolve uma fase larval aquática e uma fase adulta terrestre.
Inicialmente, os sapos se reproduzem com o coaxar (canto) dos machos, que atrai as fêmeas. Existem casos em que a fêmea escolhe o macho com canto mais forte. O canto guia a fêmea até o encontro com o parceiro, que geralmente acontece próximo à água, necessária para a reprodução.
Quando o casal se forma, o macho dá um abraço bem apertado na fêmea pelas costas, (como na figura abaixo) e os dois desovam juntos. Com o abraço a fêmea libera centenas de gametas femininos (óvulos) e o macho, milhões de gametas masculinos (espermatozóides).
Durante o acasalamento, o macho deposita dezenas de ovos fertilizados nas costas da fêmea e, em seguida, sua pele cresce ao redor dos ovos, criando uma superfície semelhante a um plástico-bolha invertido. Os filhotes se desenvolvem nesses pequenos úteros por meses.
O macho abraça a fêmea pelas costas, fixando-se na região axilar e comprimindo-a. Simultaneamente e em ritmos compassados, o casal libera os gametas e distendem as patas para espalhar a desova pela superfície. Neste momento, ocorre a fecundação dos óvulos pelos espermatozóides.
“O contato com a toxina só acontecerá se colocarmos o animal na boca ou mordermos seu corpo. Daí, sim, o excreto pode ser expelido e nos oferecer risco”, esclarece o biólogo Tai Augusto. O alerta principal vai para os bichos da família dendrobatidae, conhecidos por serem os mais venenosos do país.
Na verdade, há rã macho e rã fêmea, assim como sapo macho e sapo fêmea. As rãs botam ovos na água, mas de forma diferente dos sapos. Os sapos, rãs e pererecas usam sons específicos (chamados de “canto”) para o encontro durante a época da reprodução.
Existe um tipo de anfíbio que chamamos de anfíbios anuros, que são os que apresentam um ciclo de vida aquático e outro ciclo terrestre, por exemplo, os sapos que vão ser os animais que eu vou focar nessa aula. A metamorfose dos sapos acontece em três fases: a fase do ovo, a fase do girino e, por fim, a fase adulta.
Som característico. Os sapos inflam e esvaziam a boca formando um papo. No vaivém entre o papo e os pulmões, o ar faz as cordas vocais vibrarem. Este som é o coaxar dos sapos, é o chamado dos machos na época do acasalamento.
A maioria das espécies de anfíbios põe ovos, sendo chamadas OVÍPARAS. Mas, há também, espécies cujos sapinhos desenvolvem-se dentro do corpo da mãe, como nos mamíferos. Estas espécies são chamadas VIVÍPARAS. Há, ainda, espécies em que o ovo fica retido no corpo da mãe até o sapinho nascer.
A larva dos anfíbios anuros, conhecida como girino, possuem características bem diferentes do adulto: girinos são aquáticos, adultos são terrestres; girinos respiram por brânquias, adultos tem respiração pulmonar.
Vamos à grande questão: afinal, sapo é venenoso? A resposta é sim, mas nem todas as espécies. Algumas não possuem veneno, e as que são venenosas podem ter variações quanto ao grau de toxicidade e efeitos. O veneno do sapo é produzido em glândulas presentes na pele e na paratóide, que está logo atrás dos seus olhos.
Os sapos, rãs e pererecas da nossa região não apresentam veneno muito forte (mas cuidado com os que são muito coloridos!). É possível até mesmo pegar com a mão, levando-o para fora, e imediatamente lavar as mãos com água e sabão. A pele dos anfíbios sempre produz toxinas e podem irritar mucosas, como os olhos.
Contudo, os anfíbios, assim como vários outros animais, podem conter bactérias, como Salmonella e Aeromonas. Essas bactérias podem causar doenças em humanos. A contaminação pode se dar por contato com os animais, fezes ou água contaminada.
Outra explicação para os sapos em cima do outro ainda é no terreno da reprodução. As fêmeas em período reprodutivo liberam cheios e indicativos químicos que estão férteis. Os machos, então, são sensibilizados por esses compostos e se agregam ao grupo.
Os sapos-comuns podem viver muitos anos e sabe-se que podem sobreviver cinquenta anos em cativeiro. Na natureza, pensa-se que vivam entre dez e doze anos.
De fato, o sangue da maioria dos mamíferos, peixes, répteis, anfíbios e aves é vermelho por causa da hemoglobina, cuja composição é feita de hemoproteínas, ou moléculas contendo ferro que se fundem com oxigênio.
Por outro lado, Carlos destaca que sapos gostam de espaços mais secos. Eles só vão para lagoas na época de reprodução. Fora dessa fase, esses animais noturnos costumam viver em campo aberto. Já em relação à iluminação, Carlos explica que chama a atenção de anfíbios porque a luz atrai insetos, alimentos para sapos.
As rãs são diferentes das pererecas (tree frog) e dos sapos (toad), que não são comestíveis e pertencem a outras famílias (Hylidae e Bufonidae) Qual a principal diferença entre rãs, sapos e pererecas? Simples: as rãs são comestíveis, enquanto os sapos e as pererecas não são.