Serão barracos na periferia, cortiços, porões e “lojas”, andares térreos ou subsolos de antigos sobrados, os espaços usados como alojamento de escravos e moradias para os mais pobres.
Atualmente, os quilombolas vivem em comunidades que, embora mantêm tradições ancestrais, enfrentam desafios contemporâneos. Muitas dessas comunidades estão em áreas rurais, onde a agricultura de subsistência e o extrativismo são as principais atividades econômicas.
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
A existência de quilombos contemporâneos é uma realidade latino-americana. Tais comunidades são encontradas na Colômbia, Equador, Suriname, Honduras, Belize e Nicarágua. E em diversos desses países – como ocorre no Brasil – o direito às terras tradicionais é reconhecido na legislação nacional.
COMUNIDADES QUILOMBOLAS: História dos Quilombos, Características e Políticas. Resumo Enem Prof Fábio
Quais são os costumes dos quilombolas?
O povo do quilombo é um povo alegre, que gosta de música e de dança. O canto está sempre presente em seu cotidiano e nas festas. Entre os quilombolas há um grande número de cantores e compositores, que relatam em suas músicas a vida, a luta e a esperança de seu povo.
Serão barracos na periferia, cortiços, porões e “lojas”, andares térreos ou subsolos de antigos sobrados, os espaços usados como alojamento de escravos e moradias para os mais pobres.
Quanto às condições, ainda há comunidades quilombolas que optam por manter o modelo de vida em contato com a natureza e longe dos costumes urbanos. Porém, existem aquelas em que as condições sanitárias são inadequadas e não possuem suporte para acesso a recursos básicos como energia elétrica e água potável.
O cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz compõe a base alimentar dessas comunidades quilombolas desde o período colonial. A partir desta cultura alimentar, estruturaram-se modos de fazer o plantio, de colheita e de troca que se tornaram tradicionais dentro da comunidade.
Os moradores dos quilombos denominam-se quilombolas, que atualmente são os descendentes dos escravizados fugitivos, reconhecidos desde 2007 pelo Governo do Brasil como comunidade tradicional — realizam práticas diárias de produção com desenvolvimento sustentável — com modo de vida ligado ao meio-ambiente e cultura ...
Essas comunidades eram formadas por escravos que fugiam da escravidão, sendo um local onde viviam em liberdade e resistiam à escravidão. Nos quilombos não viviam apenas africanos escravizados, mas também índios e brancos livres.
Utiliza-se, para tanto, a conceituação de quilombos do período colonial, segundo a qual quilombo era definido como “toda a habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”.
Pessoa Quilombola é a pessoa que, morando ou não em um quilombo, se identifica com a cultura quilombola. Ela pode estar matriculada em qualquer etapa da Educação Básica, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
É considerada quilombola aquela pessoa que se autodetermina pertencente a esse grupo. A autoatribuição da identidade quilombola é um processo de reflexão da pessoa que pertence a um grupo historicamente constituído e que reivindica sua identidade como membro desse grupo.
Nas comunidades quilombolas, hoje, existem três religiões predominantes: o catolicismo, o candomblé e o evangelismo. Algumas possuem apenas uma religião, porém, o mais comum é que, numa mesma comunidade, predominem duas ou três religiões diferentes.
O Nordeste é a região do Brasil que concentra o maior número de localidades quilombolas, 3.171. Logo em seguida vem a região Sudeste com 1.359 quilombos. As demais regiões têm os menores números: Norte (873), Sul (319) e Centro-Oeste (250).
As práticas de saúde nos quilombos encontram resistência no sistema formal, apesar de algumas serem consideradas Práticas Integrativas e Complementares. Entre 2013 e 2019, a taxa de pessoas que utilizaram esse tipo de tratamento caiu quase 94%, de acordo com a PNS.
As casas nos quilombos eram cobertas com folhas de palmeiras e erguidas com material tirado da própria natureza. Os portugueses fizeram de tudo para destruir Palmares. Fizeram um pacto de paz com Ganga-Zumba, rei de Palmares, mas era só fachada.
Os grupos indígenas ensinaram os quilombolas a plantar e processar outros alimentos como a mandioca, uma raiz comestível. Assim como as comunidades indígenas, as comunidades quilombolas gerenciam suas terras de maneira comunal. Não separam terrenos para indivíduos e cultivam a terra como um grupo.
As comunidades quilombolas são grupos étnicos, predominantemente constituídos de população negra rural ou urbana, descendentes de ex-escravizados, que se autodefinem a partir das relações específicas com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.
São as comidas que os nossos antepassados usavam para sua própria sobrevivência, como arroz com frango caipira, farofa de carne seca, arroz com palmito, feijão com frango, farofa de carne seca com feijão, arroz com carne de porco, toucinho com feijão, café com caldo de cana, cará, tabacui, paçoca de cará com torresmo, ...
Os trajes das cirandeiras, como as saias rodadas, também são significativas da cultura no quilombo. Vestido de saia rodada, colorida, com babados em estilo Andaluz, colares e brincos dourados e maquiagem é como as mulheres ciganas, as calins, gostam de se vestir, explica a artesã Cristiane Cavalcante Viana.
Quilombolas usavam com frequência armas e armadilhas aprendidas com os indígenas para defender o quilombo da repressão praticada pelos colonos. O Brasil possui 5.972 localidades quilombolas divididas em 1.672 municípios brasileiros, segundo o IBGE.