No candomblé de nação Angola há uma correspondência entre os inquices e os ori- xás. Assim, podemos dizer que Inkossi tem o orixá correspondente a Ogum e, da mes- ma forma, Mutalambô corresponde ao ori- xá Oxossi, Kayatumbá à Iemanjá, Zumba- rundá à Nanã e Lembaranguange a Oxalá, por exemplo.
Sobre Almas e Angola. Em Almas e Angola são cultuados nove orixás - Oxalá, Iemanjá, Oxum, Ogum, Iansã, Nanã, Obaluaê, Oxóssi e Xangô - e as entidades, os espíritos de humanos outrora vivos ou encarnados.
Também chamada de Nanã Buruquê ou Buruku, suas oferendas não podem ser preparadas com a utilização de metais como facas e talheres. Corresponde, na tradição Angola, à nkisi Nzumbarandá, a mais velha dos minkisi.
O caráter sexual de Exu é menos pronunciado do que o de Lebá (vodum daomeano com características e atribuições semelhantes), mas suas estatuetas mais antigas apresentam caráter fálico muito acentuado. Na nação angola, Exu recebe o nome de Aluvaiá ou Pambu Njila. No candomblé jeje é chamado Lebá.
Cavalo - representa a força e a saúde física tem a proteção do Orixá da saúde, Omolu. Coruja - tida como símbolo da sabedoria, é protegida pela mais velha das Àyabá's (mães rainhas), Nanã.
Xangô é o orixá dos raios e da justiça, considerado justo e bondoso. Seu culto faz parte da cultura iorubá, e foi trazido ao Brasil por meio do tráfico negreiro. Xangô é um dos principais orixás presentes nas religiões de matriz africana.
“Iemanjá é uma divindade feminina e ela tem vários nomes em forma de cultuar. Por exemplo, na nação Ketu, ela é Iemanjá. Na nação Angola ela é Kaiala. E na nação Jeje, dependendo dos caminhos, ela pode ser chamada de Aziri-Tobossi… e assim sucessivamente”.
Na África, é a divindade tutelar do rio Níger, chamado Odo Oiá, expressão que no Brasil se tornou uma das formas de saudá-la. No candomblé, Iansã é saudada também com a expressão Epá Hey, e ela dança com uma coroa de pérolas que lhe cobre o rosto, como aquelas utilizadas pelos reis iorubás (adê).
No caso de nkisi, o seu plural é minkisi ou mkisi, e não “nkisis”. Em África, os minkisi são objetos aos quais são atribuídas forças sobrenaturais, ou seja, são figuras recipientes das forças espirituais.
Os atabaques são chamados de Ilú na nação Queto, e ingomba na nação Angola, mas todas as nações adotaram os nomes: Rum, Rumpi e, Le. Apesar de ser uma denominação Jeje.
Hábil estrategista, é o caçador de uma flecha só, também chamado pela alcunha de Odé, caçador. Corresponde aos minkisi Tauamin, Kabila e Ngunzu, minkisi caçadores na tradição do Candomblé Angola.
Angorô, Angolô ou Ongolô (em quimbundo: Angolo ou Hongolo; em quicongo: (N)kongolo), na mitologia bantu, é o inquice do arco-íris, que traz a fertilidade do solo com suas chuvas. Também é a serpente de duas cabeças que liga o céu e a terra e equivale ao orixá Oxumarê.
O Terreiro Obá Ogunté, ou Sítio do Pai Adão como é mais conhecido, recebeu esse nome graças ao babalorixá Felipe Sabino da Costa - o Pai Adão. O Sítio é fundamentado na tradição Nagô, sendo destinado ao culto dos Orixás e dos Eguns e é consagrado à Yemanjá.
Na África, a imagem deste orixá está relacionada à vida do povo nagô, que enfatiza sua qualidade de mãe de todos os orixás, de mulher sexualizada, de senhora das grandes águas. No Brasil, outros aspectos sobrevieram, apagando, inclusive, algumas características centrais dela, tal qual era compreendida.
Por isso, a divindade mais diversa e complexa do panteão dos orixás (e não só dele), tem a seu dispor uma infinidade de cultos e nomes diferentes para a mesma energia: Mãe D'Àgua, Janaína, Inaé, Ísis, Marabô, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Sereia do Mar, enfim, Rainha do Mar.
N'zaze é um nkisse de nação Congo-Angola, que corresponde a Xangô na nação Ketu. Proveniente de Savé, é o rei de Oyó e de Kossô. É o orixá do raio e do trovão. Tendo natureza guerreira, ele é considerado senhor da justiça.
Ganhou de Olocum o poder de governar os lagos que desembocam nos mares. Ligada a Oxum e Nanã, veste-se de verde-claro e suas contas são branco cristal. É a Iemanjá mais velha da terra de Ebadô, não há iniciados no Brasil. Oloxá é também considerada esposa/irmã de Olocum.