Na tentativa de conter a pandemia, surgiram os médicos da peste, pessoas que se vestiam de preto, usavam chapéus ou gorros e máscaras que pareciam o bico de uma ave. Eles acreditavam que a doença era transmitida pelo miasma, que é o mal cheiro das coisas putrificadas.
A roupa externa consistia em um sobretudo de couro, e debaixo do casaco, usava-se calças justas e uma blusa de manga curta, botas e luvas – todas feitas de couro de cabra. As peças eram enceradas com uma camada de gordura de animal para que tudo fosse impermeabilizado e não pudesse penetrar na pele do médico.
Alguns médicos usavam máscaras que pareciam bicos de aves cheias de itens aromáticos. As máscaras foram concebidas para protegê-los do ar fétido, que, de acordo com a teoria miasmática da doença, foi considerado como a causa da infecção.
Esse traje de couro grosso, que consistia em um casaco com capuz, botas, luvas e calças, foi projetado para cobrir todo o corpo, enquanto a máscara de bico permitia que o médico respirasse o ar “purificado”. O couro era encerado para repelir qualquer fluido corporal durante as visitas aos pacientes.
colocação de rãs ou sanguessugas nos linfonodos; utilização de grande número de chás e ervas; fazer orações e cumprir penitências, como por exemplo ser chicoteado, eram outros métodos de “cura” muito preconizados, já que nesta época a doença era considerada um castigo divino.
O tratamento da peste deve ser feito com antibióticos. Ele deve ser instituído precoce e intensivamente. Não se deve, em hipótese alguma, aguardar os resultados de exames laboratoriais, devido à gravidade e rapidez da instalação do quadro clínico que a peste provoca.
Acreditava-se que eles causavam desequilíbrio nos fluidos corporais do paciente e ainda tinha-se certeza de que perfumes fortes poderia proteger da peste. Puro desconhecimento científico! A ideia das máscaras era justamente evitar que o miasma chegasse ao nariz dos médicos.
Jaleco - A roupa hospitalar mais conhecida é o jaleco, também chamado de avental médico. Ele é colocada por cima da roupa e precisa ser bem confortável porque o profissional da saúde costuma passar muitas horas seguidas trabalhando, né? Ele pode ser feito em diferentes tecidos, como oxford, poliester ou algodão.
As roupas para médicos devem ser confortáveis, resistentes e fáceis de limpar. Scrubs são a escolha mais comum para uso no centro cirúrgico, pois são leves, frescos e fáceis de usar. Eles são geralmente feitos de materiais como algodão ou poliéster, que são respiráveis e resistentes a manchas.
No dia 18 de outubro de 1899, foram registrados oficialmente os primeiros casos de peste bubônica no Brasil em Santos (SP). A conclusão foi referendada pelo doutor Vital Brazil, que viria a ser o primeiro diretor do Instituto Butantan.
A peste era chamada de negra porque ela causava manchas negras na pele das pessoas, fruto das infecções provocadas pelo bacilo. Essa peste também ficou conhecida como bubônica por provocar bubões ou bubos, isto é, inchaços infecciosos no sistema linfático, sobretudo nas regiões das axilas, virilha e pescoço.
A partir de 1895 até 1897, Yersin aprofundou seus estudos sobre a peste bubónica. Em 1895 regressou ao Instituto Pasteur em Paris e com Émile Roux, Albert Calmette e Armand Borrel, preparou o primeiro soro anti-peste.
Acredita-se que o traje tenha sido usado primeiramente pelo médico Charles de Lorme, que manteve contato com muitos membros da realeza que estavam infectados, inclusive o rei Luís XIII. A roupa que ele usava era caracterizada por um casaco, calças presas a uma bota e luvas de couro.
No século 17, novos surtos da doença fizeram surgir uma imagem que se tornou emblemática e até hoje é associada à peste: médicos com um vestido que os cobria da cabeça aos pés e uma máscara com um bico de pássaro.
Ela propôs que para uma melhor observação da higiene nos meios médicos, todo profissional de saúde passasse a vestir o branco assim como os ambientes e aparelhos em contacto com os doentes, também fossem dessa côr. A campanha floresceu e paulatinamente o branco uniformiza todos os campos da medicina, sedimentando-se.
É recomendado que o profissional tenha no mínimo dois jalecos (para uso no dia a dia) e dois scrubs (para uso nos procedimentos cirúrgicos). O uso de uma gravata ou lenço é opcional para alguns médicos e ajuda a manter a imagem profissional. Os sapatos também devem seguir o mesmo padrão de qualidade.
Com tal conhecimento da origem das doenças, nada mais apropriado para os profissionais do que roupas de cores claras, pois facilitam a visualização de manchas, sujeiras, respingos de sangue e outras substâncias.
O verde fornece um contraste valioso que ajuda os cirurgiões a distinguir entre diferentes tons de vermelho e rosa. Essa é uma das principais características da cor complementar, dar suporte à sua oposta.
O que eles usavam para se proteger da peste negra?
Os médicos também passaram a utilizar uma máscara em forma de bico de pássaro, que era preenchido com ervas aromáticas. Acreditava-se que essas roupas evitavam a contaminação.
A cabeça era coberta com uma máscara negra que tinha a particularidade de ter um bico no qual eram colocadas ervas aromáticas misturadas com palha. Este composto tinha a finalidade de filtrar os odores fétidos da peste negra, evitando a contaminação do médico, segundo a teoria miasmática.
A peste negra tem sua origem no continente asiático, precisamente na China. Sua chegada à Europa está relacionada às caravanas de comércio que vinham da Ásia através do Mar Mediterrâneo e aportavam nas cidades costeiras europeias, como Veneza e Gênova.