Como termina o livro Memórias Póstumas de Brás Cubas?
Depois da morte do amigo filósofo e louco, também morre Brás Cubas. Suas memórias, escritas no além-túmulo, são finalizadas com estas contundentes palavras: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria”. Por fim, a obra configura-se em crítica à elite burguesa carioca do século XIX.
Qual o final do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas?
No final do romance, Brás Cubas resume sua vida como uma sucessão de fracassos, com exceção de um: Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto.
Qual é o desfecho de Memórias Póstumas de Brás Cubas?
A obra termina, nas palavras do narrador, com um capítulo só de negativas. Brás Cubas não se casa; não consegue concluir o emplasto, medicamento que imaginara criar para conquistar a glória na sociedade; acaba se tornando deputado, mas seu desempenho é medíocre; e não tem filhos.
VIRGÍLIA – grande amor de Brás Cubas, sobrinha de ministro, e a quem o pai do protagonista via como grande possibilidade de acesso, para o filho, ao mundo da política nacional.
Qual a principal crítica feita em Memórias Póstumas de Brás Cubas?
O escritor critica por meio da ironia e da volubilidade do comportamento do narrador o princípio da modernização conservadora e a continuação dos pressupostos e características coloniais na sociedade novecentista brasileira.
Memórias Póstumas de Brás Cubas | Análise da Obra - Brasil Escola
Como Brás Cubas descreve sua morte?
A narrativa se volta para os desejos ocultos, o orgulho, as máscaras que os seres humanos usam para levarem a cabo seu destino, como descreve o defunto-autor: "trazia duas faces, como as medalhas, uma virada para o público, outra para mim. De um lado, filantropia e lucro; de outro lado, sede de nomeado.
Descreve-se a vida adulta de Cubas, suas diversas tentativas de trabalho e de invenção (tal qual o emplasto). Por fim, o narrador descreve sua vida como um conjunto de negativas que acabam com um único saldo positivo: “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.”
“se bela por que coxa, se coxa por que bela?” Como disse o Prof. Rafael, ele não usa a “mentira estabelecida” ao falar o que realmente pensa. Brás Cubas nos coloca diante do vortex da vida. Da questão primordial do sentido da vida, de por que somos movidos, de como justificamos nossa existência.
"Por que bonita, se coxa? Por que coxa, se bonita?", frase citada por Brás Cubas ao conhecer Eugênia, sua pretendente à casamento, demonstra a insatisfação perante à sua deficiência física no livro "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis.
Qual é o tema principal do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas?
Trata-se de uma autobiografia de Brás Cubas, narrador-personagem, que nos conta, em 1ª pessoa, a história de sua vida a partir de suas memórias – póstumas, pois é depois de morto que ele relembra aquilo que viveu.
Marcela é prostituta de luxo, mas na obra não há, em nenhum momento, a caracterização nesses termos. Machado utiliza a ironia e o eufemismo para que o leitor capte o significado. Brás Cubas não diz, por exemplo, que Marcela só estava interessada nos caros presentes que ele lhe dava.
Qual é o conflito em Memórias Póstumas de Brás Cubas?
O conflito interno é determinado pela própria fragilidade dos objetivos de Brás. Não tendo suas ações guiadas pela necessidade, seus objetivos estão sempre vinculados a razões fortuitas, como o capricho ou a vaidade, revelando-se vagos e efêmeros, sem que ele tenha força de vontade suficiente para levá-los a termo.
No primeiro, o narrador apresenta-se como um defunto autor, habitando outro mundo. Ele conta sua vida a partir da sua morte, a ideia fixa de criar um emplasto para aliviar a dor humana, fazer fortuna, mas, principalmente, ver o seu nome impresso.
A memória póstuma entre como sendo uma faixa de transição de pensamento que se dá entre a morte a vida, de forma a ser evidencia após a morte de uma pessoa.
Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.". Morto, Brás Cubas torna-se autor de suas memórias, derradeira tentativa de atingir a glória.
Mas o grande amor da vida de Brás Cubas foi Virgília. O pai de Brás Cubas queria o casamento para que ele se iniciasse na política. Virgília era filha de um Conselheiro. Além da rara beleza, tinha ambições de ser marquesa ou baronesa.
d) Brás confessa que a invenção do “medicamento sublime” buscava puramente satisfazer sua vaidade e desejo de glória, ou seja, “o gosto de ver impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas e, enfim, nas caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás Cubas”.
Brás voltou a viver sozinho, escrevia versos algumas vezes e era por isso que recebia a visita de Luis Dutra. Foi por intermédio desse que recebeu a notícia da chegada de Virgília e seu marido. Talvez o momento em que os dois noivaram não era adequado, mas nesse momento era o tempo e assim os dois iniciaram um romance.
Qual a mensagem do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas?
"Memórias Póstumas de Brás Cubas" é a obra que sela a nossa independência literária, a nossa maturidade intelectual e social, a liberdade de concepção e expressão de que o Brasil se encontrava necessitado na época. Machado de Assis atribuiu ao romance um caráter regional, sem entretanto deixar de ser brasileiro.
Qual a principal crítica feita em Memórias Póstumas de Brás Cubas?
Publicado em 1881, o livro narra de forma não linear a vida e as reflexões de Brás Cubas, um aristocrata defunto que decide escrever suas memórias após a morte. Uma das questões centrais abordadas por Machado de Assis em Memórias Póstumas de Brás Cubas é a fragilidade da existência humana diante da morte.
Desenvolvido e produzido no Brasil, no ano de 1881, Emplasto Brás Cubas é um potente phármakon indicado para o alívio da “nossa melancólica humanida- de”. Sua propriedade terapêutica envolve o livro e a droga, a escrita e seu duplo sentido (remédio/veneno) e sua eficácia.