Rir do nada, em momentos de tensão e estresse emocional é uma tentativa do nosso corpo de nos ajudar, criando uma sensação mais leve, aliviando a tensão do momento. Quando rimos, liberamos endorfina, hormônio que nos relaxa e diminui a dor. Se ocorre somente nestes momentos e sem excesso, não é motivo de preocupação.
Entretanto, em casos extremos, essa risada incontrolável, pode indicar problemas neurológicos como a síndrome do afeto pseudobulbar, também chamada de “transtorno da expressão emocional involuntária” ou “labilidade emocional”. Além das risadas, ela também causa choro e bocejos involuntários.
Ocasionalmente, nem percebemos que estamos rindo, e em muitas situações o riso é incongruente com o que estamos sentindo. Portanto, um sorriso nem sempre vai significar felicidade ou divertimento, pois podemos rir de nervoso ou para amenizar uma situação ansiosa, por exemplo”, comenta o psiquiatra Bruno Brandão.
São manifestações de riso e choro sem contexto apropriados ou motivo. O Afeto Pseudobulbar faz o paciente perder o controle das emoções e ocorre devido a uma lesão no córtex frontal, no tronco cerebral ou no cerebelo, que são responsáveis por administrar as emoções.
Uma pessoa que conversa sozinha ou dá risada sem motivos pode ter esquizofrenia sim. Entretanto, o diagnóstico não é necessariamente de esquizofrenia, pode tratar-se de outro quadro psicótico, com tratamento e prognóstico diferentes.
Uma técnica útil é focar na respiração: inspire profundamente pelo nariz, segure por alguns segundos e expire lentamente pela boca. Isso pode ajudar a acalmar o sistema nervoso e controlar o impulso de rir.
Quando se chega ao clímax, é liberada uma quantidade desses hormônios e aí, a reação varia de pessoa para pessoa: há quem chore de prazer e há quem tenha crise de riso. Isso é natural”, destaca.
Rir reduz os níveis de adrenalina e, a longo prazo, os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, explicou ele. Assim, o riso pode melhorar o humor e tornar a resposta física e emocional ao estresse menos intensa.
A epidemia do riso começou em 30 de janeiro de 1962, em um internato administrado por uma missão para meninas em Kashasha. O riso começou com três meninas e se espalhou ao acaso por toda a escola, afetando 95 das 159 alunas, com idades entre 12 e 18 anos. Os sintomas duraram de algumas horas a 16 dias nos afetados.
Mas é normal muitas vezes rirmos em ocasioes que seriam mais adequadas chorar e vice-versa. Mas se voce esta passando por alguma questão emocional o melhor é procurar um profissional. Isso pode ser um sintoma de depressão ou ansiedade. Pode ser que você esteja sentindo emoções muito intensas e não consiga controlá-las.
Uma risada muito forte pode causar algo chamado pelos médicos de “síncope induzida pelo riso”. A condição faz com que a pressão arterial caia rapidamente, desencadeando uma intensa resposta do sistema nervoso autônomo e queda temporária no fluxo de sangue para o cérebro.
Trata-se de uma condição neurológica rara chamada de síndrome pseudobulbar (PBA). Além de crises de riso que podem durar muito mais tempo do que o normal e passam o limite do confortável, pessoas que sofrem com o transtorno também podem reagir com lágrimas profundas a situações cotidianas.
A epilepsia gelástica é uma doença cuja sintomatologia (esses ataques de riso incontroláveis e sem motivo aparente) poderia se encaixar perfeitamente no caso do Coringa, já que costuma afetar pessoas mais jovens, ao contrário do que ocorre nos casos de paralisia pseudobulbar.
Folie à deux é uma condição rara e caracterizada por duas pessoas dividindo a mesma ilusão ou delírio. Em "Coringa 2", Coringa e Arlequina lidam com o transtorno psiquiátrico "Folie à Deux" Foto: (Reprodução original | Warner Bros.)
"Uma crise de riso intensa pode ser decorrente da ativação de diversas áreas cerebrais muito próximas. As respostas se misturam e não se consegue ter controle da respiração, do lacrimejamento e até do vômito", acrescenta o médico.
Apesar de ser o momento mais triste da vida da família, mesmo os mais próximos do falecido são capazes de dar risada. Não é porque a piada é fantástica. Muito menos por desrespeito ao momento. Rir no momento da dor é um mecanismo de defesa muito normal, explica a médica psiquiatra Dânia Francine Corrêa.
Rir do nada, em momentos de tensão e estresse emocional é uma tentativa do nosso corpo de nos ajudar, criando uma sensação mais leve, aliviando a tensão do momento. Quando rimos, liberamos endorfina, hormônio que nos relaxa e diminui a dor. Se ocorre somente nestes momentos e sem excesso, não é motivo de preocupação.
Em casos raros, a pessoa pode ter uma doença chamada afeto pseudobulbar, que faz rir e chorar sem controle. O problema pode ser um sintoma de acidente vascular cerebral (AVC), tumor no cérebro ou esclerose lateral amiotrófica (ELA), esclerose múltipla, demência e traumatismo craniano.
Essas são possíveis vivências de pacientes com afeto pseudobulbar, um transtorno que faz o indivíduo perder o controle das próprias emoções e que costuma aparecer após traumatismos no crânio ou doenças neurológicas. "É uma situação em que a pessoa tem manifestações de riso ou choro sem motivo ou contexto apropriados.
O problema consiste na dificuldade de controlar as expressões emocionais. O indivíduo tem acessos de riso ou choro de forma involuntária, o que muitas vezes causa desconforto sociais.
O choro durante o riso seria um sintoma de hiperatividade cerebral. Além disso, quando rimos muito, os músculos do rosto pressionam as vias lacrimais, que, apertadas, liberam o chororô. Por fim, um estudo da Universidade Yale (EUA) diz que a reação é uma tentativa do corpo de se reequilibrar diante de uma emoção forte.