As situações estressantes podem nos deixar furiosos, mas esta explosão de nervos pode comprometer temporariamente a saúde do coração, o que está relacionado com o aumento de risco de um episódio de infarto (ataque cardíaco) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC), também conhecido popularmente como derrame.
Um novo estudo, publicado recentemente na revista científica Journal of the American Heart Association, mostrou que um breve episódio de raiva é o suficiente para aumentar o risco de doenças cardiovasculares como infarto e AVC por até 40 minutos após o episódio.
Momentos de raiva, tristeza ou de exaustão física podem ser gatilhos para desencadear um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Essa é a conclusão de um estudo global, feito com dados de indivíduos de 32 países, incluindo o Brasil. Os resultados foram publicados no periódico científico European Heart Journal.
“Durante uma crise de estresse, a pessoa pode ter ainda sintomas parecidos aos de um infarto, como falta de ar, coração acelerado e transpiração excessiva.
A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstrui-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo.
Acessos de raiva podem aumentar chances de infarto
Quanto tempo o corpo avisa antes do infarto?
De acordo com Felipe Gavranic dos Reis, especialista em Cardiologia e Médico Cardiologista da CCRmed, o paciente normalmente apresenta sinais entre uma e até duas semanas antes do infarto e costuma recorrer ao pronto-socorro para ser medicado.
Entre os sintomas ocasionados pelo estresse estão a pressão alta, a ansiedade, a depressão, doença do refluxo gástrico, problemas intestinais, dores de cabeça, AVC e infarto. “A persistência dos níveis elevados de pressão arterial pode levar, com o tempo, a um caso de insuficiência cardíaca, além do infarto.
Ao lado de outros fatores como hereditariedade, vida sedentária e nutrição inadequada, stress e raiva estão relacionados à etiologia de diversas patologias crônicas e degenerativas como câncer, obesidade e hipertensão arterial (Straub, 2005. Psicologia da Saúde (R. C. Costa, trans.).
“Quando nos sentimos tristes e estressados, nosso corpo libera substâncias e hormônios como adrenalina e cortisol, causando aumento na pressão arterial, taquicardia, aumento nos níveis de glicose e mal colesterol.
O que acontece com o cérebro quando ficamos com raiva?
Vasodilatação, maior disposição de sangue na cabeça, pressão aumentada são reflexos da raiva. O problema é que se esta situação se der por muito tempo, de forma crônica, a persistência desses sinais pode provocar hipertensão e diabetes. Tentar suprimir a raiva também pode trazer problemas: depressão e ansiedade.
Suor, formigamento e tremores musculares; Aumento dos batimentos cardíacos; Ameaças verbais ou agressividade física a outra pessoa sem um motivo que justifique essa atitude; Sentimento de culpa e vergonha após os ataques.
Dados mostram que a doença emocional já atinge 121 milhões de pessoas no mundo. Para o Dr. Abrão Cury, cardiologista do HCor – Hospital do Coração, “a depressão pode fazer com que ocorra o estreitamento das artérias, por meio de contrações involuntárias, e assim aumentam as possibilidades da ocorrência de infartos”.
Segundo o cardiologista do Centro de Especialidades Metropolitano, o CRE Metropolitano, Edilson de Castro Araújo, a principal característica do infarto é a dor no peito caracterizada por uma sensação de peso e que pode se espalhar para o braço e pescoço, entretanto, a população deve se atentar também a outros sintomas.
Podemos dizer que a raiva —assim como o ódio e o rancor— é uma forma de estresse para o corpo. E estar sob seu efeito expõe o organismo a níveis insalubres e persistentemente elevados de hormônios, como o cortisol e a adrenalina, que são lançados na circulação e podem causar efeitos adversos.
– Síndrome do coração partido. “Nesta última, o estresse agudo leva a uma grande descarga de adrenalina, levando à morte aguda de células cardíacas”, descreve. Na síndrome do coração partido, o paciente pode apresentar sintomas como dor no peito, falta de ar, palpitações ou desmaios.
Vamos começar com a raiva. Ela pode afetar diretamente dois órgãos: o fígado e a vesícula. Então se você está muito irritado, o funcionamento desses órgãos será afetado. E se essa irritação é recorrente, os problemas podem ser mais sérios.
Em homens a dor do infarto geralmente é percebida como uma pressão no peito. “Não é possível localizar com um dedo. A dor pode ser acompanhada de suor sem estar sentindo calor – o suor frio -, dor nos braços, dor na boca do estômago e até na mandíbula. Tonturas e desmaios durante a dor podem acontecer.
Crises de pânico pode causar AVC ? O pânico causa sintomas fisiológicos, além de sentimentos como medo e ansiedade que podem fazer com que você tenha a sensação de que pode estar tendo um AVC. Para que você possa tirar essa dúvida, peça ao seu médico um exame.
Entre os fatores de risco do infarto estão o sedentarismo, o tabagismo, a alimentação rica em gorduras prejudiciais e sódio, o colesterol alto, o estresse e condições como diabetes e hipertensão.
As mudanças no estilo de vida vistas nos últimos anos, com rotinas cada vez mais corridas e estressantes, somadas à má alimentação e ao sedentarismo, têm provocado um aumento no número de infartos na faixa entre os 18 e os 39 anos de idade. “O caso mais precoce que já tratei foi de um jovem de 22 anos.
Os sintomas mais comuns são dor no peito, no pescoço e no braço. Em parte dos casos, entre uma ou duas semanas antes do infarto, o corpo emite sinais de que algo está errado. São enjoos, queimações no estômago e dores nas costas que passam e não levantam qualquer suspeita.
“Um sintoma de infarto evidente é uma dor muito forte, na região do tórax. Algo que também pode irradiar para braços, costas, pescoço e até mesmo para a mandíbula. O problema pode ocorrer em momentos distintos, tanto em situações de muito esforço e estresse como em ocasiões de descanso”, alerta o dr.