O estudo mostra que a felicidade entre aqueles com formas crônicas da esquizofrenia está associada a atributos psicológicos e sociais positivos, tais como a resiliência, otimismo e menor estresse.
Assim como as causas e fatores de risco ainda são incertos, ainda não existe uma cura definida para esse transtorno mental. No entanto, quando há um diagnóstico, acompanhamento e tratamentos corretos, a pessoa com esquizofrenia pode viver uma vida normal.
É possível uma pessoa com esquizofrenia ter uma vida normal?
Dependendo de como é feito o tratamento, a pessoa com esquizofrenia pode ter uma vida normal e, inclusive, casar e ter filhos. “Se ela está fazendo o tratamento, está bem, está estável, tem total condição de ter uma vida normal. Trabalhar, constituir família. Não tem nenhuma contra-indicação em relação a isso.
Além dos medicamentos, também podem ser necessárias algumas terapias para ressocialização. Quem já está em tratamento não deve interrompê-lo apenas porque está bem, pois os surtos podem voltar a acontecer. A esquizofrenia não tem cura, mas se tratada, é possível viver bem com ela.
Tratamento bem feito pode permitir relação amorosa envolvendo esquizofrênico. Mesmo assim, a médica afirma que existe uma pequena possibilidade de uma pessoa com esquizofrenia se envolver em um relacionamento amoroso. Para isso, é preciso que os sintomas sejam amenizados significativamente pelo tratamento.
O paciente com esquizofrenia pode ter vida normal?
Como é namorar uma pessoa com esquizofrenia?
Ter um relacionamento com alguém com esquizofrenia é um grande desafio. Ele nem sempre terá facilidade para se expressar e tomar atitudes. Ele está atravessado por uma doença, na maioria das vezes crônica, que acarreta muitos sofrimentos nele mesmo e nas pessoas que convivem com ele.
Algumas pessoas com esquizofrenia podem apresentar uma diminuição da função mental (cognitiva), às vezes já desde o começo do transtorno. Esse comprometimento cognitivo dá origem a dificuldades de atenção, raciocínio abstrato e de resolução de problemas.
Após surto a pessoa lembrará apenas parcialmente de alguns fatos acontecidos antes do surto. Mas as lembranças podem estar contaminadas por ideias delirantes ou distorcidas. Quanto mais grave o surto, pior a capacidade de se lembrar de fatos, pois maior será a perda neuronal.
O professor ressalta que “não existe tratamento para a esquizofrenia sem remédio”, mas também é possível fazer uso de outros métodos em conjunto com os medicamentos como terapia ocupacional, reabilitação e treinamentos cognitivos, que podem proporcionar melhoras significativas no quadro dos pacientes.
Até hoje, não foi descoberta a causa da esquizofrenia, mas a combinação de alguns fatores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença. Fatores hereditários - parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas em geral.
Os resultados mostraram diferenças na entonação de voz entre indivíduos com e sem esquizofrenia. Ana Cristina explica que as pessoas com esquizofrenia apresentaram pouca variação de simetria e dispersão na entonação da fala, ou seja, elas expressavam suas emoções pela voz de forma menos acentuada.
A esquizofrenia denominada hebefrênica é a mais grave de todas e acomete mais indivíduos jovens, entre 15 e 25 anos de idade. O transtorno é marcado por sintomas como perturbação dos afetos, comportamento irresponsável e imprevisível, pensamento desorganizado e discurso incoerente.
Qual é o tempo de vida de uma pessoa com esquizofrenia?
Além dos sintomas que afetam o comportamento e a capacidade para o trabalho, a esquizofrenia também é caracterizada por achados compatíveis com um processo de envelhecimento acelerado. Estima-se que a expectativa de vida nesta população seja de cerca de 20 anos a menos que a da população em geral.
A esquizofrenia está associada à disfunção social e profissional e por isso a possibilidade de um paciente viver sozinho, de forma independente, se torna remota.
Estão se acumulando evidências de que na esquizofrenia não é só a transmissão de informação de uma célula a outra que está prejudicada. O funcionamento celular parece estar comprometido, segundo estudos de proteômica do biólogo Daniel Martins-de-Souza, atualmente no Instituto Max Planck de Psiquiatria, na Alemanha.
Hoje, a esquizofrenia não tem cura, e seus sintomas são controlados por meio de terapia cognitiva e de medicamentos antipsicóticos, que atuam na regulação da dopamina no cérebro. A eficácia, no entanto, é limitada, especialmente para os sintomas chamados de negativos, diz Elkis.
É perigoso viver com uma pessoa que tem esquizofrenia?
Na verdade, as pesquisas mostram que índices de violência física entre pessoas que sofrem de esquizofrenia e pessoas "normais" são iguais. Não há risco aumentado de homicídio. Esse temor é, sobremaneira, promovido pela mídia sensacionalista.
Você pode trabalhar, você pode estudar, você pode viajar, você pode casar, você pode sair com os amigos, você pode ter um hobby, você pode fazer o que você quiser”, afirma Vera, que é palestrante e produtora de conteúdo sobre saúde mental. “Esquizofrenia é uma doença que afeta o cérebro.
O indivíduo não tem uma hora regular para adormecer e acordar; ou seja, não existe uma distinção clara em termos de ritmo sono-vigília, já que o sono é fragmentado por períodos irregulares, podendo haver períodos de vigília durante a noite e períodos de sono durante o dia51.
A esquizofrenia é uma doença mental, em que o sujeito pode confundir realidade com imaginário. Os olhos da mente de um esquizofrênico podem estar repletos de ilusões, pensamentos mágicos, superstições, mas também ansiedade, irritabilidade e um mal estar permanente, chamado disforia.
Esquizofrenia não é impeditivo para exercer nenhuma dessas funções, porém será necessário adaptar de acordo com as dificuldades que o paciente tenha. O suporte da família também é essencial para essa adaptação.
A esquizofrenia pode ter um ou até vários fatores desencadeantes (gatilhos): história genética, hereditariedade, uso de substâncias (por exemplo, maconha), estresse, entre outros fatores. Sim, a pessoa pode resistir a um gatilho e ter surto psicótico após este mesmo gatilho ou após um novo fator desencadeante.
O que uma pessoa com esquizofrenia é capaz de fazer?
O cérebro da pessoa com esquizofrenia tem um desequilíbrio de neurotransmissores que provoca sintomas como alucinações, delírios, ideia de perseguição, pensamento desorganizado, dificuldade de falar, perdas cognitivas, perda na capacidade de demonstrar emoção, entre outros.
"Os pacientes às vezes escutam vozes, escutam sons que não são reais. Eles podem ter discursos e comportamentos desorganizados. As alucinações mais comuns no caso de esquizofrenia são as auditivas. Nesse quadro, de fato, o paciente escuta vozes que mandam ele fazer alguma coisa.