Essa crença popular é, na verdade, um mito. Estudos científicos não comprovam que ingerir formigas beneficia a saúde ocular. Na realidade, essas pequenas criaturas podem contaminar os alimentos com bactérias e fungos, causando mais mal do que bem.
Um dos principais problemas que os alimentos contaminados através de formigas podem causar é a gastroenterite, uma infecção intestinal marcada por diarreia, cólicas, náuseas, vômitos e febre. Além disso, dependendo da quantidade de bactérias e do tipo, também pode deflagrar febre e dor no corpo.
"Já que a maioria das formigas não é tóxica para os seres humanos. No entanto, é aconselhável retirar a formiga antes de consumir o alimento por razões de higiene", explica.
De acordo com a FAO, um dos motivos é que eles são ricos em proteínas. No Amazonas, pelo menos 76 mil indígenas residentes do Alto Solimões utilizam formigas como complemento à alimentação.
“Tanto ele é um produto que tem um benefício para o ambiente, em comparação com outros tipos de proteína, como de gado, porque diminui impacto ambiental na camada de ozônio, diminui o consumo de água, o maltrato do solo.
Como elas andam nesses locais, carregam micro-organismos patogênicos, como vírus, bactérias e fungos. Uma formiguinha pode causar doenças, como gripe, tuberculose, verminoses e até lepra, além de intoxicações alimentares, vômito e diarréia.
É verdade que comer formiga faz bem para os olhos?
Assim como os que têm corante, conservante e realçador de sabor (glutamato monossódico). Já as formigas da vovó, pode esquecer. É crendice. Elas não fazem bem para os olhos.
O içá, formiga saúva usada fazer uma farofa típica da culinária do Vale do Paraíba, no interior de São Paulo, está sendo comercializado pela redes sociais. Uma garrafa de um litro da iguaria chega a ser vendida por até R$ 100 nas redes sociais e virou fonte de renda para famílias da região.
Os índios já se alimentavam deste inseto, que hoje é um famoso tira gosto. A equipe do Globo Repórter experimentou um prato tradicional da região: a farofa de içá.
Consumir alimentos que tiveram contato com formigas é muito arriscado. Além de intoxicações alimentares, vômito e diarreia, esse hábito pode causar doenças como tuberculose (por se alimentar de escarro) e até lepra (por andar em ferimentos de outros animais).
Para não se perderem, elas liberam feromônios (substâncias químicas naturais), que formam uma trilha até a comida. As preferências alimentares variam entre as espécies. As formigas-cortadeiras, por exemplo, levam folhas para alimentar um fungo que cultivam dentro do formigueiro para, depois, o comerem.
Saiba que aquela formiga que anda na cozinha ou copa é ainda pior. Diversas doenças infecciosas podem ser transmitidas pelos insetos. Elas não são nada inofensivas e estudos já apontam que as formigas são mais perigosas do que as baratas, carregando um maior número de microrganismos nocivos.
Estudos têm demonstrado que a carne dos insetos contém quantidades de proteínas e lipídeos satisfatórias e são ricas em sais minerais e vitaminas. Por exemplo, a formiga da espécie Atta cephalotes (tanajura) possui mais proteínas (42,59 %) do que a carne de frango (23 %) ou bovina (20 %).
Por que a formiga não morre dentro do micro-ondas ligado?
Esse é um dos motivos pelos quais as formigas não morrem dentro do eletrodoméstico: são insetos com pouca água no corpo e podem sair ilesos. O mesmo vale, por exemplo, para a barata. Já um ser humano não se sairia tão bem num micro-ondas superdimensionado: a água que compõe 70% do seu corpo aqueceria.
Içá ou Tanajura é a formiga Saúva responsável pela perpetuação da espécie. Após cerca de 3 anos um formigueiro começa a produzir Içás que voam na Primavera para formar novos formigueiros. Estima-se que apenas 1% das Içás atingem seu grande objetivo.
Ainda assim, há preparos de diversas maneiras, variando conforme a cultura de cada local. Há quem prefira comer crua, cozida em água e sal, torrada com as asas e ferrão, torrada na gordura e sem as asas, e com acompanhamentos como farinha, pão, macaxeira e, uma novidade, no recheio da pizza.
“As tanajuras e os cupins são insetos sociais que têm o hábito de fazer revoada. Normalmente isso acontece quando chove e depois dá uma estiada. Isso estimula a revoada dos insetos para reprodução e multiplicação de novos ninhos”, esclareceu Salazar. Segundo o entomologista, os insetos também são atraídos pela luz.
Elas são consumidas na época em que estão com a barriga cheia de ovos e, portanto, mais ricas em proteína. “Ainda assim, o valor nutritivo é mínimo. O hábito de comer o inseto advém mais de sua abundância do que do teor proteico”, diz Nélson Papávaro, entomólogo aposentado da USP, especialista em formigas.
Qual é o sabor da formiga? A chef de cozinha compara o sabor da formiga com o sabor de capim-limão, erva que tem aroma cítrico. Ela dá outra referência para quem nunca experimentou o inseto.
De acordo com a nutricionista Gabriela Junqueira, o inseto contém proteínas e um bom valor nutritivo. “Na verdade o içá se alimenta das flores, então ele tem bastante proteína vegetal. Ele tem minerais como cálcio, ferro e tem vitaminas do complexo B”, disse.
A Figura 1 mostra a anatomia da formiga Atta spp. 20/01/2020. de proteína (46% – 66%) e lipídios (24,02% - 39%), semelhante ao encontrado na formiga- pote-de-mel da espécie Camponotus inflatus de origem australiana.
Sendo assim, esses insetos ajudam na reprodução de diversas espécies vegetais – seja na natureza, seja nas cidades. Além disso, elas fazem um bem danado para a terra, pois a escavação de seus ninhos aumenta a concentração de nutrientes e água no solo. Por fim, as formigas são um petisco saboroso para muitos animais.