Os livros de Josué e Juízes são as principais fontes históricas de Israel no período entre 1200-1000 AC. Assim como os outros livros da Obra Deuteronomista, a formação do livro dos Juízes tem longa história. Provavelmente iniciou no tempo do rei Josias (640-609 AC) e teve sua conclusão após o exílio na Babilônia.
O livro de Juízes conta a história de Israel entre a morte de Josué e a escolha de Samuel como profeta. Embora o livro de Juízes contenha relatos da história de Israel, esses relatos não aparecem obrigatoriamente na ordem histórica e certamente não são completos no tocante à história israelita.
Antes de mais, foi escrito para manifestar como Deus acompanha o seu povo na sua História concreta, mesmo no meio dos mais graves acontecimentos, como as guerras contra os povos inimigos.
Otniel foi um personagem importante dos tempos bíblicos. Ele viveu por volta de 1300 Antes de Cristo e se destacou como o primeiro dos juízes de Israel (Juízes 3.3-11).
O Livro de Juízes - Introdução | Parte 01 - Como ler a Bíblia
Quem foi o autor do livro de Juízes?
Não sabemos quem escreveu o livro dos Juízes. Uma tradição judaica diz que Samuel escreveu ou compilou o livro. Contudo, o livro reflete a perspectiva de uma época muito posterior, após a conquista das tribos do norte de Israel pela Assíria por volta de 721 a.C. (ver Juízes 18:30).
A situação degenera (Jefté, 10,6-12,15) e desponta um salvador que não salva, Sansão (13-16). O livro termina com o caos e as trevas (17-21), onde se anota a falta de um rei é notada e o fato de que cada um fazia o que parecia certo aos seus olhos.
Um dos principais temas é a soberania de Javé e a importância de ser fiel a Ele e às suas leis acima de todos os demais deuses e soberanos. De fato, a autoridade dos juízes não se realiza através de dinastias famosas e nem através de eleições ou nomeações, mas sim pelo espírito de Deus.
Os juízos ilustram o círculo vicioso da apostasia, da opressão e da libertação. Yahweh repetidamente levanta “juízes” (governantes que eram líderes militares e judiciais) para libertar as pessoas após um período de opressão estrangeira.
O padrão de comportamento no livro de Juízes é claro: o povo se rebelava através da idolatria e incredulidade, Deus trazia julgamento através da opressão estrangeira, Deus levantava um libertador, ou juiz, e o povo se arrependia e voltava-se para Deus. Quando o povo caía em pecado, o ciclo começava de novo.
A geração dos Juízes durou um período aproximado de 410 anos, e além das personalizades de Moisés e Josué, fazem parte da lista de nomes dos juízes que lideraram neste tempo:Otniel, Eúde, Sangar, Débora, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão e Samuel.
A Palavra lista 14 juízes que, sob a orientação divina, lideraram Israel. Entre eles estão: Otniel, Eúde, Sangar, Débora, Gideão, Tolá, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli e Samuel.
Em resumo, o livro de Juízes relata a história do povo de Israel após a morte de Josué e sua luta contra seus opressores, bem como a história de juízes que foram levantados por Deus para ajudar a governar o povo de Israel e lutar contra seus inimigos.
Ao fazê-lo, o livro aponta para a monarquia davídica como o meio de Deus para libertar seu povo - não apenas das nações inimigas, mas também uns dos outros e até mesmo seus próprios corações pecaminosos. Juízes é o pior livro do Antigo Testamento. Se não fosse pela morte de Cristo, seria o pior livro de toda a Bíblia.
Otniel ou Otoniel (/ˈɔːθniəl/ ou /ˈɒθniəl/; em hebraico עָתְנִיאֵל בֶּן קְנַז Otniel Ben Knaz / ʻOṯnîʼēl Ben Qənáz, "Poder de Deus") foi o primeiro juiz de Israel, que posteriormente foi sucedido por Eúde, o canhoto.
O termo hebraico shofet, que é traduzido para o português como “juiz” tem um significado mais próximo de “governante”, uma espécie de líder militar ou libertador no caso de uma ameaça militar por parte dos inimigos de Israel.
Antes de tornar-se juíza, Débora foi uma líder, uma conselheira. O texto bíblico, em Juízes 4, diz que as pessoas procuravam Débora para resolver os problemas. Ela “chegou ao poder em um tempo em que os israelitas ignoravam a Lei de Deus e viviam sob o domínio opressor do rei cananeu Jabim e do general Sisera”16.
Ela foi a primeira juíza de Israel, e, certamente, a pioneira em todo o mundo. Débora também era profetisa, poetisa e líder popular em um tempo da história em que a mulher vivia em situação de inferioridade em relação ao homem.
Juízes 4–5 relata como Israel foi libertado do cativeiro de seus inimigos sob a direção de uma mulher chamada Débora, que era juíza e também profetisa. Ela profetizou que uma mulher destruiria os líderes dos inimigos.
O tema principal do Livro dos Juízes pode ser encapsulado na frase "ciclos de pecado e libertação", que destaca o padrão recorrente do comportamento de Israel e a resposta de Deus ao longo do livro.
Alguns textos antigos dizem que Golias tinha "quatro côvados e um palmo" − o que equivale a cerca de 2,38 metros − enquanto outros textos antigos afirmam que ele tinha "seis côvados e um palmo" − uma medida equivalente a cerca de 3,46 m.
Eúde ou Eud (em hebraico: אֵהוּד בֶּן־גֵּרָא, ʾĒhūḏ ben‑Gērāʾ), também chamado de Ben‑Gera, foi o segundo juiz de Israel seguinte a Otniel. Ele era filho de Gera, da Tribo de Benjamim, e era canhoto.