Reza a lenda que no século XVIII, período em que negros eram escravizados no Brasil,os senhores do engenho davam os restos de carnes de porco junto a feijão preto aos seus escravos, com isso eles misturavam os ingredientes criando um guisado de feijão preto com carne de porco.
É verdade que a feijoada foi criada pelos escravos?
Sem fundamento na tradição, muitos acreditam que sua origem nasceu na senzala, entre o período da Colônia e do Império. Prato criado pelos escravos, com restos do porco (orelha, pé, rabo e língua), partes desprezadas pelos senhores dos engenhos de açúcar, fazendas de café e minas de ouro.
A feijoada é um dos pratos típicos mais conhecidos e populares da culinária brasileira. Composta basicamente por feijão preto, diversas partes do porco, linguiça, farinha e o acompanhamento de verduras e legumes, ela é comumente apontada como uma criação culinária dos africanos escravizados que vieram para o Brasil.
Por muito tempo se considerava que a feijoada seria um prato “inventado” nas senzalas. Os escravos cozinhariam o feijão preto (originário) da América com os restos de carne que os senhores de engenho desprezavam. Segundo Câmara Cascudo, essa seria uma hipótese absurda. Os portugueses não desprezavam essas carnes.
Trata-se de um prato popular, típico da culinária brasileira. Feijoada à brasileira com diversos acompanhamentos: arroz, couve refogada, mandioca frita, torresmo, laranja, caipirinha, entre outros. A primeira menção conhecida à "feijoada à brasileira" deu-se no Recife, em Pernambuco, no ano de 1827.
“A técnica é mais antiga: vem do Império Romano”. A pesquisa histórica levada a cabo pelo autor indica que os romanos costumavam cozinhar carne com legumes, entre eles o feijão branco. Essa seria a origem de pratos como o cassoulet francês – um ensopado de feijão branco com linguiça de porco e carne de pato.
Em que país foi inventada a feijoada, Alemanha ou Portugal?
A feijoada é um prato originado em Portugal, pelos costumes dos escravos africanos. Os donos das fazendas não comiam as partes menos nobres do porco, como pés, orelhas e rabos, e davam tais partes aos seus servos.
No Rio de Janeiro, como no norte e nordeste, a farinha de mandioca era o alimento que constituía a base da alimentação escrava. Era complementada por milho, feijão, arroz, bananas e laranjas. Na zona rural podiam contar com suas roças.
Há indícios que, à época da chegada dos europeus, o feijão já era conhecido pelos indígenas nativos, que no século 16, abasteciam os centros urbanos que estavam em formação, com abóbora, milho, mandioca e carne de caça.
Nyama na irio – prato muito famoso no Quênia que inclui carne assada servida com purê de batatas, ervilha, feijão, milho e cebola. Chakalaka – molho com feijões e legumes típico do África do Sul. Bobotie – famoso prato africano com carne moída, especiarias, damasco e passas.
Por que a feijoada é considerada um prato tipicamente brasileiro?
“A teoria sobre a sua origem mais aceita é a de que tenha nascido de variação de uma outra receita. Mesmo assim, é tipicamente brasileira porque saboreamos com a farinha de mandioca e o nosso feijão é o preto, que é, naturalmente, da América do Sul e chamado pelos guaranis de comanda, comaná ou cumaná.
O churrasco gaúcho é o mais conhecido do país. Caracterizado como porção de carne, assada geralmente ao calor da brasa, em espetos ou sobre grelhas. Sua origem vem de meados do século XVII, devido a forte presença da criação de gado na região.
Feijoada teve origem no século XIX com base em cozido feito por portugueses. Ideia de que a refeição foi criada por escravos não é verdadeira. Costume de comer às quartas e sábados pode ter vindo de hotéis cariocas.
O que o texto diz sobre a origem da feijoada como herança cultural?
Portanto, a feijoada não foi inventada nas senzalas, mas sim uma criação brasileira com base em costumes europeus. As referências antigas à feijoada guardam relação com a elite escravocrata urbana, ao frequentar restaurantes no Recife em 1833, onde às quintas feiras eram servidas “feijoada à brasileira” (ELIAS, 2010).
Quais eram os gestos do porco que feijoada aproveitavam?
Os abusos eram constantes; os porcos usavam a construção do moinho para se aproveitar dos demais, cortavam a ração, esticavam jornadas de trabalho ao máximo, e se fossem questionados coagiam e acusavam seja quem for de ser simpatizante do Bola-de-Neve.
Segundo ele, o prato é geralmente consumido às sextas e sábados em locais como escolas de samba, quando há celebrações, o que pode ter ajudado a popularizar o estabelecimento dessa data.
O prato seria uma herança dos escravos, que usavam as carnes menos nobres, desprezadas pelos senhores da casa grande, num cozido de feijão servido no prato com farofa. Tudo indica que a origem da feijoada não é esta.
Há registros da existência do feijão e plantas similares desde as eras mais antigas da China, do Egito e de Roma. Alguns historiadores acreditam que a existência destes alimentos, que são ricos em proteínas e fibras, foi responsável pela sobrevivência da civilização ocidental em períodos medievais de fome.
Foi na convivência dos soldados com os escravos que a combinação surgiu, principalmente pelo feijão ser muito popular entre os escravos e o arroz ser consumido pelos soldados. Vale ressaltar, que o crédito pela ideia de refogar o arroz com óleo, alho e cebola foi dos africanos.
O preço de um escravo africano, por sua vez, era um impeditivo, pois era cerca de duas ou três vezes mais caro que um indígena. Durante todo o século XVI, os africanos eram escravizados em menor número que os indígenas na América Portuguesa e somente se tornaram a maioria nas primeiras décadas do século XVII.
É o caso da rabada, feijoada, galinha com quiabo, acarajé, canja, pirão, angu e canjica. Como foi contado acima, alguns alimentos não eram nativos do Brasil, como é o caso do quiabo e do inhame.
Os escravos eram acorrentados e muitas vezes mantidos nus durante toda a viagem. A alimentação era escassa e de baixa qualidade, consistindo principalmente de feijão, arroz e farinha de milho.
Reza a lenda que no século XVIII, período em que negros eram escravizados no Brasil,os senhores do engenho davam os restos de carnes de porco junto a feijão preto aos seus escravos, com isso eles misturavam os ingredientes criando um guisado de feijão preto com carne de porco.
O polpetone dos italianos, o cuscuz dos nordestinos, as esfihas dos árabes e o cupim na telha dos bandeirantes são apenas alguns exemplos que mostram como a culinária paulista tradicional é diversa, saborosa e muito procurada.