A neurose, também conhecida como neuroticismo, é um estado psicológico caracterizado por uma perturbação emocional que afeta a saúde mental de uma pessoa. Ela pode se manifestar de várias maneiras, incluindo ansiedade, fobias, depressão e tendências obsessivas-compulsivas.
A instabilidade emocional e preocupação em excesso com determinados objetos e cenários são características intrínsecas da neurose. A pessoa neurótica imagina um resultado desastroso de uma situação simples, frustrando-se com seus próprios pensamentos ruins e explodindo com quem está próximo.
A neurose apresenta sintomas que variam de indivíduo para indivíduo. Quem se encontra com neurose pode manifestar medo frente a situações corriqueiras, preocupação constante, alterações de humor, fobias diversas, traços histéricos, ou medo de ir a determinados lugares por exemplo.
O comportamento neurótico é marcado, sobretudo, por reações intensas e instabilidade emocional. A pessoa neurótica interpreta a realidade como todo mundo, mas tem reações incomuns aos acontecimentos. Quem não compreende como a neurose funciona interpreta as suas atitudes como “exageradas” ou um desejo de “fazer cena”.
A causa mais comum da neurose de angústia é a excitação não consumada. A excitação libidinal é despertada mas não satisfeita, não utilizada; o estado de apreensão surge, então, no lugar dessa libido que foi desviada de sua utilização [...]
Os sintomas de neurose podem variar de leves a graves, incluindo ansiedade, fobias, ataques de pânico, obsessões, compulsões, entre outros. Se esses sintomas persistirem por um longo período, tornarem-se incapacitantes ou começarem a afetar negativamente várias áreas da vida, é preciso buscar tratamento adequado.
Na teoria psicanalítica, as neuroses são entendidas como formas de defesa do psiquismo contra conflitos e angústias internas. Essas defesas, no entanto, acabam gerando sintomas que prejudicam o bem-estar do indivíduo e o impedem de lidar com as situações que provocam a ansiedade e a angústia.
Dentro do campo das neuroses há basicamente três grupos de categorias pelas quais os processos de defesa se desenvolvem: a histeria, a obsessão e a fobia.
A angústia é talvez uma das principais características do neurótico. Ele sabe que tem algo que o incomoda porém não consegue definir. Também há o temor de que coisas ruins aconteçam em sua vida e esse sentimento traz consigo um sofrimento desnecessário.
Neurose é uma doença emocional, afetiva e de personalidade e acontece quando o sistema nervoso de uma pessoa reage com exagero a uma determinada experiência já vivida.
Ou seja, a neurose é um estado no qual se vê as situações de uma maneira distorcida, por conta dos conflitos da mente. Por exemplo, uma pessoa que popularmente está com uma “neura”, é quem está pensando ou fazendo algo aparentemente sem propósito porque não encontra base em dados objetivos da realidade.
Estima-se que o termo neurose tenha sido introduzido em 1777 pelo médico escocês William Cullen, mas a noção precisa de neurose vai nascer com Sigmund Freud que dominou até 1970 esta problemática. Freud define a neurose como a expressão de um conflito entre os desejos do nosso inconsciente.
O mecanismo da neurose obsessiva está sob uma vigilância inconsciente para barrar o conteúdo recalcado à consciência. Esta barra é imperfeitamente realizada e pode fracassar a qualquer momento. Quando os atos obsessivos não são suficientes para sua defesa e proteção do conteúdo recalcado, surgem as proibições.
A personalidade neurótica é caracterizada por um alto nível de ansiedade e insegurança. Indivíduos com esse tipo de personalidade tendem a ter medo de falhar e se preocupam com o que os outros pensam sobre eles. Eles podem ter um senso de inferioridade e sentir que não são bons o suficiente.
Transtorno caracterizado essencialmente por idéias obsessivas ou por comportamentos compulsivos recorrentes. As idéias obsessivas são pensamentos, representações ou impulsos, que se intrometem na consciência do sujeito de modo repetitivo e estereotipado.
O termo "atual" na expressão "neuroses atuais" designa uma temporalidade distinta daquela que apresentamos, brevemente, em relação às neuroses de transferência. Enquanto nestas, trata-se de um conflito infantil reorganizado como sintoma a posteriori, as neuroses atuais presentificam um conflito.
NOTINHA SOBRE O AMOR NAS NEUROSES O neurótico obsessivo crê que no amor, só se dá o que tem. Identificado ao lugar fálico, trabalha, trabalha e trabalha para ter o que oferecer para a sua amada. Ter o que dar é também um jeito de se proteger.
A principal diferença entre psicose e neurose está na perspectiva. Uma pessoa que experimenta episódios de neurose pode experimentar períodos de infelicidade ou sentir-se sobrecarregada pelo trabalho, família e vida em geral. Ela também pode se preocupar ou ter pensamentos obsessivos.
Os sintomas das neuroses são extremamente variados e vão desde alterações ligeiras do estado de ânimo até sintomas orgânicos severos, como paralisias e contraturas, passando por fobias e obsessões.
O neurótico obsessivo sente a ameaça de perder seu objeto mas, apesar de suas atitudes hostis para com o objeto, ele o mantém, já o melancólico o abandona.
Desse modo, a dinâmica à qual o obsessivo se encontra remetido conta também com alguns mecanismos de defesa que lhe são próprios, sendo eles: 1) deslocamento; 2) anulação retroativa; 3) formação reativa.
São transtornos que afetam a continuidade entre pensamentos, memórias, ambiente, ações e identidade. A pessoa se distancia da realidade de forma involuntária e geralmente tem dificuldade em se lembrar dos acontecimentos depois.
Em essência, a principal diferença entre neurose e psicose é a forma em que elas afetam a saúde mental. O comportamento neurótico pode estar naturalmente presente em qualquer pessoa, ligado a uma personalidade desenvolvida. O comportamento psicótico pode ir e vir como resultado de várias influências.
Neuroses são quadros patológicos psicogênicos (ou seja, de origem psíquica), muitas vezes ligados a situações externas na vida do indivíduo, os quais provocam transtornos na área mental, física e/ou da personalidade.
O neurótico de caráter apresenta uma grande dificuldade de abrir o campo transferencial, a inacessibilidade à análise sempre que o terapeuta se aproxima dos valores que caracterizam a perfeição idealizada, produzindo intensa dificuldade para a flexibilização da perfeição introjetada em seu caráter (ideia de ego).