A religião judaica não reconhece Jesus Cristo como o Messias. Os judeus ainda esperam, e isso faz parte de toda a doutrina, o Messias que virá, segundo as profecias.
Porém não o aceitamos como Messias ou Salvador, pois o judaísmo não reconhece um "filho de Deus" que se destaca e se eleva acima dos outros seres humanos. A convicção judaica é a de que todos os homens são iguais.
Do ponto de vista judaico, Jesus de Nazaré, assim como qualquer ser humano, é filho ou filha de Deus. Essa expressão alude à santidade e a dignidade de todo ser humano como imagem divina. A noção cristã de Jesus como filho primogênito de Deus liga-se à ideia de Jesus como Logos Divino.
Jesus era judeu, nascido de mãe judia. Foi circuncidado no oitavo dia, de acordo com a lei judaica (Lucas 2,21), e se considerava um judeu fiel às suas origens. Seus ensinamentos derivam das leis e das tradições judaicas com as quais Jesus se criou e que jamais negou.
Como diz a Torá: "D'us não é um mortal" (Bamidbar 23:19). O Judaísmo diz que Messias nascerá de pais humanos, com atributos físicos normais, como qualquer outra pessoa. Não será um semi-deus, e não possuirá qualidades sobrenaturais. De fato, em cada geração vive um indivíduo com a capacidade de tornar-se o Messias.
Diferenças entre o Torá e a Bíblia - Cortes Onthecast_Podcast
Como os judeus veem Jesus Cristo?
Os seguidores do judaísmo, em especial os residentes em Israel — principalmente os ortodoxos, que influenciam os considerados seculares e tradicionalistas —, recusam a existência de Cristo como Messias, seus ensinamentos e o consideram um falso profeta. Assim, quem o segue estaria desonrando a divindade.
O nome hebraico Yeshua (ישוע/ יֵשׁוּעַ) é uma forma abreviada de Yehoshua (יְהוֹשֻׁעַ) (Josué) e é o nome de Jesus em hebraico: Yeshua Hamashiach (יֵשׁוּעַ הַמָּשִׁיחַ) transliterado em grego fica: Ἰησοῦς Χριστός, ["Iesus Khristos"].
Alguns o reconhecem como um profeta ou um mestre (rabino), mas ele não ocupa um lugar central na fé judaica. O judaísmo ainda aguarda a vinda do Messias, que, segundo suas crenças, trará uma era de paz, reconstruirá o Templo de Jerusalém e reunirá todos os judeus na Terra Prometida.
1) Jesus não cumpriu as principais tarefas do Messias; 2) Ele não possuía as qualidades requeridas para aspirar ao título de Messias; 3) As profecias que os cristãos lhe aplicam são mal traduzidas.
"Basicamente, ele foi acusado de ser um impostor. Essa acusação veio dos líderes religiosos dos judeus que viviam ali nessa época que o apresentavam como um inimigo de César, como alguém que se apresentava como 'rei'", argumenta o vaticanista Filipe Domingues, vice-diretor do instituto católico Lay Centre de Roma.
Os judeus aguardavam um salvador guerreiro, da linhagem de Davi, valente e determinado assim como fora o gran- de rei Davi, o mais famoso de todos. Eles esperavam um Rei que colocaria a mão na espada e fizesse Roma libertar sua nação, tornando a nação de Israel em um reino de paz, próspero e livre de opressores.
A origem do cristianismo está intimamente ligada à Palestina. Nascido em Belém, criado em Nazaré e morto em Jerusalém, Jesus Cristo passou a vida pregando os seus ensinamentos na região.
Para os judeus, o Messias, descendente direto do Rei Davi, chegará a Israel em um futuro indefinido. Para os judeus Jesus foi um profeta, como diversos outros, não o Messias. Outra diferença entre judeus e cristãos é em relação à Bíblia.
Asher ben Jehiel também afirmou que o Yeshu do Talmude não está relacionado com Jesus. Existem alguns estudiosos modernos que entendem estas passagens como referências ao Cristianismo e à figura cristã de Jesus, enquanto outros veem referências a Jesus apenas em literatura rabínica posterior.
Por isso o cristão é batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Um judeu, por outro lado, é um descendente do povo hebreu, de forma mais geral, aquele que segue os ditames da religião e cultura judaicas. O ponto central para entender a diferença entre judeus e cristãos é a consideração da figura de Cristo.
A Torá fala sobre os Messias? A resposta simples — e que pode assustar muita gente — é “não”. Os primeiros 5 livros da Bíblia Hebraica — cujo papel é o de livros da Aliança entre Israel e seu Deus, contendo a Instrução (Torá) da Aliança— não trazem ainda uma esperança messiânica.
O Judaísmo não reconhece a figura de Jesus como santidade, mas sim como um judeu – e assim o era – bastante influente em seu período. Logo, assim como o Islamismo, a figura de Jesus não é suscetível à idolatria.
Historicamente, Jesus Cristo foi um profeta judeu que viveu na Palestina no século I d.C. Durante sua vida, ele trouxe uma mensagem de libertação a Israel, prometendo a formação de um reino de Deus na Terra. Essa mensagem teria o levado a ser crucificado pelos romanos, os dominadores da Palestina na época.
Os judeus ainda olham para Jesus como um profeta que fundou um movimento responsável por um legado de violência e tentativa de conversões forçadas de seu povo durante um período longo e cinzento da história. É um olhar de temor e de desconfiança.
Sabe-se que os muçulmanos consideram Jesus como um profeta que foi morto, mas para eles é inadmissível que aquele profeta possa identificar-se com Deus.
Contudo, ao apontar as diferenças básicas, as Testemunhas de Jeová ressaltam sua crença de que "Jesus é o Filho de Deus, não parte de uma Trindade" — em geral, o cristianismo costuma defender que Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo são uma coisa só.
Para os judeus, Jesus pode ser considerado um mestre sábio, mas não como o filho de Deus. Eles reconhecem sua influência no mundo e sua importância histórica, mas não o adoram como os cristãos.
Yeshua Hamashia significa Jesus Cristo, o Messias. É um termo em aramaico, que era a língua falada por Jesus que deu origem a diversos idiomas falados até hoje. Os judeus, principalmente em Israel, ainda utilizam bastante a palavra.
João 8:31-47 VFL. Então Jesus disse aos judeus que tinham acreditado nele: — Se vocês continuarem a obedecer às minhas palavras, serão verdadeiramente meus discípulos. Então conhecerão a verdade; e a verdade libertará vocês. Os judeus responderam: — Nós viemos da família de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém.