Chorar muito no começo da gravidez afeta o bebê? Com o aumento da frequência cardíaca da mãe, são liberados hormônios, o que aumentam o ritmo cardíaco do bebê, ou seja, ele é afetado de forma física e não emocional (até aonde a ciência compreende). Chorar é uma ação normal.
Assim como a felicidade, quando a mãe está nervosa, estressada ou com raiva, o corpo libera cortisol e adrenalina, que também chegam até o útero. O bebê não consegue entender o que está acontecendo, contudo, o batimento dos corações se acelera.
O estresse de uma mulher durante a gravidez pode afetar o desenvolvimento do cérebro do bebê ainda não nascido, de acordo com estudos baseados em exames cerebrais em fetos, publicados nesta segunda-feira (7) na revista de medicina JAMA Open Network.
A pesquisa apontou que altos níveis de estresse durante a gestação atrapalham a bioquímica do cérebro do bebê e o crescimento do hipocampo – área do cérebro envolvida na formação de novas memórias, que também tem ligação com o aprendizado e com as emoções.
O que acontece com o bebê quando a mãe fica muito nervosa?
A forma como o estresse da mãe afeta o bebê durante a gestação tem relação principalmente com a liberação de cortisol, o “hormônio do estresse”. Quando o organismo fetal recebe o cortisol, através da placenta, ele reage com aumento da movimentação e dos batimentos cardíacos, podendo até entrar em sofrimento fetal.
Estou grávida e choro muito. Faz mal para o bebê.?
Chorar é uma ação normal. O que pode ser preocupante é quando se torna algo muito recorrente. A partir de um descontrole continuo, é importante que a mãe venha a cuidar de suas emoções para encontrar um equilíbrio. Para que o seu bebê não seja afetado negativamente.
Essas transformações hormonais podem causar mudanças no humor de algumas mulheres, o que explica por que elas se sentem bastante deprimidas e, às vezes, até mesmo com vontade de chorar na gravidez.
Em 2021, uma outra pesquisa do King's College London descobriu que a depressão na gravidez também afeta o relacionamento entre a mãe e o bebê. Ou seja, a criança nasce sem “sintonia” com a mãe, se mostrando desconectada emocionalmente.
Ao longo da gestação, os níveis hormonais da mulher podem se alterar significativamente, causando grandes impactos emocionais no seu dia a dia. Esse é o principal motivo pelo qual elas se tornam mais suscetíveis à instabilidade de humor, à irritabilidade e à sensibilidade.
Estresse ao extremo pode fazer com que uma mãe acabe perdendo o bebê, mas é preciso que se trate de uma coisa muito séria. Um simples susto para espantar o soluço não vai causar mal à gravidez. A maior parte dos abortos espontâneos não tem causa conhecida ou ocorre por um fator além da possibilidade de controle.
Com a evolução da gestação, o bebê aprende a dar significado aos sentimentos maternos, e é por volta do terceiro trimestre da gravidez que ele começa a formar sua personalidade.
O que acontece se a gestante passar muito nervosa?
O estresse na gravidez também pode favorecer: O baixo peso no nascimento,devido à diminuição da quantidade de sangue e oxigênio que chega ao bebê; Ocorrência de maior resistência à insulina e maior risco de obesidadena vida adulta, devido à exposição às citocinas inflamatórias; O aumento do risco de doenças cardíacas.
É verdade que o bebê pode chorar dentro da barriga?
Pesquisa britânica diz que ao ensaiar expressões de dor e sorrisos, fetos vão aprendendo formas de se comunicar após o parto. Pesquisadores britânicos afirmam que bebês fazem caretas, praticam choro e expressões faciais de dor ainda quando estão dentro do útero.
O contato íntimo não machuca o bebê, que está abrigado dentro do útero. É possível que a criança se mexa ou fique quieta durante o ato, mas esse fator está mais ligado aos hormônios do que à relação sexual. A libido da mulher pode mudar durante a gestação.
O que causa alterações de humor na gravidez? A causa mais comum das mudanças de humor na gravidez são as mudanças bruscas e dramáticas nos níveis hormonais. Essas mudanças podem levar a sentimentos de ansiedade, depressão e irritabilidade.
Conte com sua rede de apoio e não deixe de expressar seus pensamentos e sentimentos. Isso pode fazer a diferença e te ajudar a se sentir melhor. Peça ajuda para familiares e amigos quando sentir necessário, seja no cuidado com tarefas de casa ou na preparação e arranjos para receber o bebê.
A ligação da mãe com o bebê pelo cordão umbilical vai além da física, tudo o que a mãe sente o bebê passa a sentir, criando uma conexão entre os dois, tanto positiva como negativa. Todas as emoções sentidas pela mãe fazem com que seu sistema nervoso libere algumas substâncias químicas na corrente sanguínea.
Quais doenças na gravidez podem afetar o bebê? Entre as doenças preexistentes, destacam-se o diabetes e a hipertensão arterial. Já entre aquelas que surgem na gravidez (não, necessariamente, em função dela), pode-se citar a anemia e diversas infecções.
Espirrar prejudica o bebê? Embora seja incômoda, a rinite gestacional é comum e geralmente não representa perigo para a saúde da mãe ou do bebê, independente da presença de espirros como sintoma.
O que o bebê sente quando a mãe faz carinho na barriga?
Respostas aos Estímulos: à medida que o bebê se torna mais sensível ao toque, ele pode reagir de maneira visível quando a barriga é acariciada ou pressionada. Essas respostas podem incluir movimentos, chutes suaves ou até mesmo um aumento na frequência cardíaca fetal.
Se a mãe chorar de tristeza, o bebê sentirá a mesma emoção; conforme o bebê cresce, ele recebe constantemente mensagens de sua mãe; e não apenas o som de seu coração ou a música que ela toca para ele perto de sua barriga.
A gestante com diagnóstico de depressão tem uma liberação elevada e constante de cortisol. Como o hormônio consegue cruzar a placenta, passa para o sangue da criança, gerando o seguinte efeito: o bebê identifica o ambiente de vida da mãe como estressante e organiza a sua própria resposta ao estresse com base nisso.
Embora as pesquisas nem sempre sejam focados em gestantes, especialistas consultados por VivaBem afirmam que alguns resultados podem, sim, ser extrapolados para a gravidez e rir traz benefícios para as futuras mamães e seus bebês.