A hepatite pode deixar alguma sequela no fígado caso não seja tratada? As hepatites virais B e C, quando não corretamente identificadas e tratadas, podem deixar sequelas permanentes no fígado. Pode ocorrer evolução para cirrose (alteração grave na estrutura e funcionamento do fígado), neoplasia e óbito.
Uma pessoa contaminada com essa doença pode transmitir o vírus desde duas semanas antes dos primeiros sintomas aparecerem até o final da segunda semana já com sintomas. Felizmente, quem já foi contaminado pelo vírus desenvolve imunidade permanente, não tendo mais chances de ter hepatite A novamente.
Em crianças menores de um ano, esse risco chega a 90%; entre um e cinco anos, varia entre 20% e 50%. Já nos adultos, cerca de 20% a 30% dos infectados cronicamente pelo vírus B da hepatite poderão desenvolver cirrose e/ou câncer de fígado.
A Hepatite B não tem cura. Entretanto, o tratamento disponibilizado no SUS objetiva reduzir o risco de progressão da doença e suas complicações, especificamente cirrose, câncer hepático e morte. Os medicamentos disponíveis para controle da hepatite B são a alfapeginterferona, o tenofovir e o entecavir.
Uma vez infectado por uma das variantes (A, B, C, D, ou E) a pessoa adquire imunidade apenas contra o vírus pelo qual foi infectado. Porém, por haver diversos tipos de vírus a pessoa pode se contaminar novamente por outra variante da hepatite e contrair a doença novamente.
Sem vacina, a hepatite C é a mais severa entre os vírus, com 80% de chance de ser tornar crônica após ser contraída. O surgimento dos sintomas é muito raro, mas podem aparecer cansaço, tontura, enjoo, vômito, febre, dor abdominal, pele e olhos amarelados, além da urina escura e fezes claras.
- Pode-se viver a vida toda com hepatite C sem que se tenha nenhum sintoma. Porém, algumas pessoas podem, em 20 a 30 anos após ter contraído a doença, apresentarem sintomas como cirrose, insuficiência hepática e hepatocarcinoma (câncer) - explica o médico.
Quanto tempo demora para a hepatite sair do corpo?
Os sintomas geralmente desaparecem após dois meses, mas podem continuar ou recorrer por até seis meses. Hepatite A não causa fibrose grave do fígado (cirrose).
No Brasil, a hepatite viral mais comum e mais letal é a do tipo C, responsável por mais de 70% das mortes por hepatites virais. “O tratamento da hepatite A, que é uma doença aguda, se baseia em dieta e repouso.
Hepatite designa qualquer inflamação do fígado por causas diversas, sendo as mais freqüentes as infecções pelos vírus tipo A, B e C e o abuso do consumo de álcool ou outras substâncias tóxicas (como alguns remédios).
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existe, ainda, o vírus D, mais frequente na Região Norte do Brasil e que para causar infecção precisa da presença do vírus tipo B (HBV). Muitas pessoas são portadoras do vírus B ou C e não sabem.
“As hepatites virais B e C afetam 325 milhões de pessoas no mundo, causando 1,4 milhão mortes por ano. É a segunda maior causa de morte entre as doenças infecciosas depois da tuberculose, e 9 vezes mais pessoas são infectadas com hepatite do que com o HIV”, alerta a coordenadora do Ambulatório.
O HBV está presente no sangue e secreções, e a hepatite B é também classificada como uma infecção sexualmente transmissível. Inicialmente, ocorre uma infecção aguda e, na maior parte dos casos, a infecção se resolve espontaneamente até seis meses após os primeiros sintomas, sendo considerada de curta duração.
A principal via de contágio do vírus da Hepatite A é a fecal-oral, através do contato inter-humano ou através de água e alimentos contaminados. A transmissão do vírus da Hepatite B pode ocorrer por via parenteral ou por via sexual, portanto a hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível.
– Hepatite C: tem como principal forma de transmissão o contato com sangue contaminado. A infecção por este tipo é considerada a maior epidemia da humanidade hoje, provoca cirrose e câncer de fígado e é a principal causa de transplantes hepáticos.
A pessoa portadora de hepatite C deve sempre cobrir seus pequenos cortes e ferimentos. Se for usuária de drogas, deve usar sempre material descartável e nunca compartilhar seringas. Usar preservativo em TODAS relações sexuais(2).
A hepatite A é uma doença transmissível, aguda e causada pelo vírus da hepatite A (HAV), que em geral não apresenta sintomas na fase inicial. A pessoa exposta a esse vírus adquire imunidade, ou seja, não terá uma nova infecção.
Em boa parte dos casos de hepatite B, o organismo pode, por conta própria, combater a infecção. Isso se deve ao fato de que o sistema imunológico consegue desenvolver uma defesa para combater a doença. Então, a doença pode ser curada de maneira espontânea e muitas vezes não é necessário realizar um tratamento.
Veja quais são eles: febre; icterícia (olhos e pele amarelados); dores musculares; fadiga; enjoo; vômitos; mal-estar; dor abdominal; constipação ou diarreia; falta de disposição; urina escura; cansaço; fezes claras. Esses são sinais de alerta para buscar ajuda médica. Em quais tipos a hepatite se divide?
Uma delas, a hepatite fulminante, é um quadro que se caracteriza pela necrose maciça e morte das células hepáticas nas primeiras seis a oito semanas da infecção. São raros os casos de pacientes com mais de 50 anos que sobrevivem a essa forma da doença.