Sufocaríamos e, por causa da baixa pressão atmosférica, o sangue ferveria. Se tentássemos respirar na superfície de Marte sem um equipamento espacial para nos fornecer oxigênio, morreríamos num instante.
A grande concentração de dióxido de carbono no ar também não iria fazer nenhum favor para o seu corpo, aumentando a asfixia. Para completar, devido a baixíssima pressão atmosférica e à mudança rápida de pressão, seu sangue iria ferver. Tudo isso levaria a sua morte quase instantânea.
Enquanto isso, Marte quase não tem oxigênio; é apenas um décimo de 1% do ar, não o suficiente para os humanos sobreviverem. Se você tentasse respirar na superfície de Marte sem um traje espacial fornecendo seu oxigênio – má ideia –, morreria em um instante.
O Moxie conseguiu produzir oxigênio em sete execuções experimentais realizadas desde o início dos testes em abril de 2021, em uma variedade de condições atmosféricas, incluindo durante o dia e a noite do planeta, e em diferentes estações marcianas, de acordo com pesquisa publicada na revista Science Advances.
Sobreviver em Marte exigiria ultrapassar imensos obstáculos tecnológicos, mas, como eles não são necessariamente impossíveis, um dia poderemos estabelecer a presença humana no planeta. Ainda assim, alguns desafios precisariam ser superados antes que os seres humanos pudessem começar a chamar Marte de lar.
Para os humanos, porém, a tarefa é mais difícil, já que Marte pode apresentar inúmeros desafios para a tripulação de carne e osso. Entre as principais dificuldades estão: Radiação solar: uma espaçonave leva, em média, 9 meses para chegar à Marte.
Até o momento, mesmo depois de décadas de missões não tripuladas para o planeta vermelho, não existem evidências sólidas ou diretas da vida em Marte. A superfície do planeta é seca e fria e nenhuma câmera flagrou nenhum organismo vivo vagando por ela.
A produção de oxigênio no planeta vermelho funciona por meio da eletrólise, usando uma corrente para conduzir uma decomposição eletroquímica do dióxido de carbono em seus átomos constituintes. Assim, o MOXIE aspira o ar marciano por meio de um filtro que o purifica.
Se você, ao pousar em Marte, remover seu capacete e tentar inspirar, coisas bem feias vão acontecer com o seu corpo. Primeiramente você sufocaria, já que nossos pulmões foram feitos para capturar o ar em pressão atmosférica similar a da superfície do nosso planeta.
Um estudo divulgado no periódico ScienceDirect indica que Marte poderia receber seres humanos caso tivesse uma magnetosfera, capaz de proteger a vida de condições climáticas altamente intensas. A pesquisa aponta ainda que seria possível fazer isso de uma maneira artificial.
A temperatura na superfície varia entre 20 e -153 graus Celsius. Não há campo magnético e a atmosfera é extremamente fina, o que torna o planeta pobre em gases, calor e praticamente indefeso contra ventos solares e raios cósmicos que vêm do espaço.
A atmosfera marciana é rarefeita, e a pressão atmosférica na superfície varia de 30 Pa (0,03 kPa) no pico do Olympus Mons para mais de 1 155 Pa (1,155 kPa) nas depressões de Hellas Planitia, com uma pressão média na superfície de 600 Pa (0,6 kPa), comparado à pressão terrestre de 101,3 kPa.
Como não há oxigênio, o corpo humano fica sem qualquer suprimento desse gás, levando a uma condição chamada hipóxia, que levará a uma rápida deficiência de suprimento de oxigênio para o cérebro, em torno de 15 segundos, causando perda de consciência, coma e morte. Pode parecer assustador, mas não se preocupe!
Bactérias antigas podem estar dormentes sob a superfície de Marte, onde têm sido protegidas da forte radiação do espaço por milhões de anos, de acordo com uma nova pesquisa.
Antigamente, os astrônomos pensavam que tais manchas eram florestas ou outro tipo de vegetação, mas hoje sabe-se que isso não existe por lá. As tempestades de areia no planeta vermelho possuem ventos que podem chegar a 150 km por hora.
O planeta vermelho pode ter abrigado uma abundância de micróbios. Novos estudos sugerem que é possível que alguns micróbios resistentes tenham conseguido sobreviver no subsolo em um estado congelado.
Mesmo com um traje espacial, diversas funções corporais podem ser afetadas pela radiação cósmica e pela ausência de gravidade, que podem causar câncer e enfraquecimento dos ossos e músculos, por exemplo. A atmosfera de Marte é mais fina que a da Terra — corresponde a cerca de 60% da sua densidade.
"Ninguém pensou em Marte como um lugar onde a respiração aeróbica funcionaria porque há muito pouco oxigênio na atmosfera", disse Vlada Stamenkovic, cientista da NASA que coordenou o estudo, publicado no periódico Nature Geoscience .
Não há ar para se respirar na Lua, mas pode haver água para beber. Recentemente foi descoberto gelo no fundo de uma cratera muito profunda na Lua. Os cientistas acham que o gelo deve ter restos de um cometa que colidiu com a Lua. A Lua gira ao redor da Terra numa órbita oval.
Marte possui uma fina camada atmosférica, composta principalmente por dióxido de carbono, nitrogênio e argônio. A superfície marciana é rochosa, e por essa razão o planeta é considerado terroso. Sua coloração avermelhada é em decorrência da composição mineral dessas rochas.
O MOXIE essencialmente produz oxigênio como uma árvore, puxando o ar marciano com uma bomba e usando um processo eletroquímico para separar dois átomos de oxigênio de cada molécula de dióxido de carbono, ou CO2.
Um imenso reservatório de água líquida pode existir nas profundezas sob a superfície de Marte, dentro de rochas ígneas (eruptivas) fraturadas, contendo o suficiente para encher um oceano que cobriria toda a superfície do planeta vizinho da Terra.
A água goteja nos vales e nas encostas de crateras da superfície de Marte, levantando dúvidas intrigantes sobre a existência de vida no planeta vermelho. Os achados são evidências sólidas de que água em estado líquido escurece a superfície de Marte hoje. Já era sabido que no passado existiu fluxo de água no planeta.
Em 24 de janeiro de 2023, a Nasa divulgou a descoberta sobre dois exoplanetas que, embora estejam a 16 anos-luz de distância da Terra, são um parâmetro próximo em escalas astronômicas. São os planetas GJ 1002 B e C, que são tão maciços quanto a Terra e orbitam uma estrela anã vermelha dentro de sua zona habitável.