Quando se acidentavam, ficavam doentes ou eram castigados no tronco, o que se mostrava comum devido ao excesso de trabalho, os escravos eram então levados ao que se chamava de hospital, na própria charqueada, mas que não passava de uma enfermaria com poucos recursos.
30, 2023), analisa o tratamento dado a escravos enfermos com base no Libro de cuentas del Ofício, Memoriales e Cartas ânuas. As fontes revelam que o adoecimento de escravos do Ofício gerava despesas tanto com a aquisição de medicamentos, roupas e alimentos, quanto com mortalhas para seu sepultamento.
Como os escravos eram tratados quando estavam doentes?
Geralmente, os senhores usavam recursos locais, como curandeiros, feiticeiros, boticários ou sangradores, para o tratamento das doenças dos cativos, mesmo as mais graves. Estes eram chamados quando os médicos-itinerantes não estavam por perto.
Tratados como uma mercadoria, negociados de feira em feira, aprisionados em barracões e em porões de navios negreiros, esses indivíduos sofriam com a fome, com a sede e com as inúmeras doenças que contraíam, devido à subnutrição e às péssimas condições de higiene nas quais eram obrigados a viver.
COMO ERAM A CRUEL VIDA DOS ESCRAVOS NAS PLANTAÇÕES
Como era o castigo dos escravos?
Duas formas de punição eram mais comuns: o açoitamento público, para quem havia sido julgado e condenado, e o chicoteamento no calabouço, que substituiu o castigo privado. “Os senhores tinham que pagar pelo serviço – não apenas pelos açoites e pelo tratamento médico subsequente, mas também por acomodação e alimentação.
No período entre 1750-1800, os valores médios dos escravos nascidos na África eram 96$700 réis (calculados sob a quantia de 541 escravos) e das escravas 82$909 (295 pessoas), uma diferença de 14,2%.
O banho diário era raro: apenas índios e escravos tomavam banhos diários em rios. Europeus, principalmente em regiões mais urbanas raramente se banhavam de corpo inteiro. A limpeza era normalmente feita com toalhas e se ocupava apenas de algumas partes do corpo. Sabões eram produtos raros na colônia.
Banzo (do quimbundo mbanza, "aldeia") era como se chamava o sentimento de melancolia em relação à terra natal e de aversão à privação da liberdade praticada contra a população negra no Brasil na época da escravidão.
Um dos primeiros trabalhos sobre a temática da saúde e das doenças que ceifavam a vida dos cativos foi a obra de Karasch [*5]. A autora explica que os cativos morriam devido a uma correlação complexa entre descaso físico, maus tratos, dieta inadequada e doença.
Além das péssimas condições de trabalho, os negros escravizados enfrentavam carências de alimentação e sucumbiam à proliferação de várias doenças, ocasionando um grande número de óbitos.
Os escravizados trabalhavam demasiadamente e, em geral, morriam em mais ou menos 1 ano. As doenças que os escravizados mais apresentavam era a tuberculose, a varíola, a pneumonia, febre amarela, desnutrição.
O esquecido Massacre de Zong, quando 132 escravizados foram lançados vivos ao mar. Em 1781, 132 africanos escravizados foram lançados vivos ao mar de um navio negreiro britânico chamado Zong para morrerem afogados.
Além do racismo, diversas outras consequências da escravidão ainda existem no nosso país, como a violência presente na nossa sociedade e a aversão por parte da população por trabalhos manuais e que exigem esforço físico. Não pare agora...
A falta de alimentos, os maus tratos, a insalubridade do trabalho, as condições higiênicas inadequadas das senzalas, entre outros aspectos, faziam com que a vida de escravo fosse abreviada muitas vezes pela morte.
Senzala era o nome dado aos alojamentos que encarceravam os escravizados no Brasil durante o período colonial. Não existiu um padrão para essas construções, sendo cada uma delas adaptada à realidade de cada engenho, mas grande parte delas era feita de taipa, isto é, de barro, com telhados de palha.
Em obra especializada recentemente publicada, o Dicionário da escravidão negra no Brasil, de Clóvis Moura (2004), lê-se que banzo era o "estado de depressão psicológica que se apossava do africano logo após seu desembarque no Brasil. Geralmente os que caíam nessa situação de nostalgia profunda terminavam morrendo" (p.
Os escravos sentiam-se motivados a fugir e muitas vezes eram de fatos incentivados por outros escravos que haviam fugido ou por integrantes de associações abolicionistas, que davam suporte para escravos que fugiam.
– Quando chegava ao Brasil, o africano era chamado de “peça” e vendido em leilões públicos, como uma boa mercadoria: lustravam seus dentes, raspavam os seus cabelos, aplicavam óleos para esconder doenças do corpo e fazer a pele brilhar, assim como eram engordados para garantir um bom preço.
De acordo com Horácio de Almeida (1978) a higiene dos dentes era feita através da esfregação com o dedo, ao qual se juntava uma pele de fumo ou raspa de juá para fazer espuma.
Como eram chamados os escravos que carregavam as fezes?
Com a mão de obra escrava sendo utilizada em larga escala, foram os cativos apelidados de "tigres" os responsáveis pelo recolhimento e despejo da urina e fezes de muitos moradores das cidades durante cerca de 300 anos.
A venda dos escravos vindos da África era feita em praça pública, através de leilões,mas o comércio de negros não se restringia à venda do produto do tráfico. Transações comerciais com escravos eram comuns.