Parte importante da história brasileira, os quilombos são resistência e força da identidade negra e nos ensinam sobre o respeito à vida e valorização da memória coletiva.
Com os quilombos, podemos aprender o que é justiça para esses grupos. Trata-se de uma justiça reconciliatória com nosso passado, presente e futuro, baseada na responsabilização de todas as pessoas em reconhecer seus lugares de fala, de escuta e de ação.
“Conhecer os quilombos é valorizar a cultura negra além da escravidão, possibilitando ao aluno descobrir um relato plural, feito por outros sujeitos, e descobrir que ainda há lutas que ocorrem no presente, como a dos quilombolas pelo direito a suas terras, cultura e identidade”, acrescenta.
Na formação inicial e continuada de professores/as para a educação escolar quilombola, as diretrizes destacam a importância da inclusão do estudo de memória, ancestralidade, oralidade, corporeidade, estética e do etnodesenvolvimento, produzido pelos quilombolas ao longo do seu processo histórico, político, econômico e ...
Os quilombos eram comunidades de africanos e seus descendentes que fugiam da escravidão. Nesses locais viviam em liberdade, produzindo o que necessitavam para viver. Eram locais onde tinham a possibilidade de resgatar suas tradições culturais e religiosas.
O que aprendi com os quilombolas do Vale do Ribeira
O que simboliza um quilombo?
O quilombo é um território importante para a luta do movimento negro no Brasil, pois simboliza um espaço de resistência contra o regime de escravidão e um local de preservação das tradições da população afro-brasileira desde o século 16.
Os quilombos se constituem como territórios que expressam a luta coletiva da população negra ao longo da história e que resistem mesmo diante dos ataques do racismo estrutural.
As crianças quilombolas dão sentido ao que fazem em relação com os significados que produzem sobre o ambiente e isso implica diretamente na constituição de uma noção de pertencimento em relação ao território no qual vivem.
Qual é o principal objetivo da educação quilombola?
Objetivo: Fortalecer os sistemas municipais, estaduais e do Distrito Federal de educação, envolvendo o apoio à coordenação local na melhoria de infraestrutura, formação continuada de professores que atuam nas comunidades remanescentes de quilombos, visando à valorização e a afirmação dos valores étnico-raciais na ...
A educação quilombola é fundamental para a valorização e manutenção de nossa existência – negada pelo Estado e por parte da sociedade –, para que todos conheçam nossa cultura, e possam promover autoestima de crianças e jovens, que desde cedo são vítimas de discriminação.
Parte importante da história brasileira, os quilombos são resistência e força da identidade negra e nos ensinam sobre o respeito à vida e valorização da memória coletiva.
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
Pessoa Quilombola é a pessoa que, morando ou não em um quilombo, se identifica com a cultura quilombola. Ela pode estar matriculada em qualquer etapa da Educação Básica, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
As comunidades quilombolas além de contar a história, mantêm tradições seculares como, por exemplo, o congado e rosário. Além das religiões de matriz africana. “Os quilombos fazem parte da manutenção da nossa história e da cultura brasileira.
O território dos remanescentes de quilombo é utilizado para garantir a sua reprodução física, social, econômica e cultural, pois é nele que acontecem os conflitos, as relações sociais, as paixões humanas, além de ser um elemento base na formulação de políticas voltadas para estes atores sociais.
Historicamente no Brasil os Quilombos representam resistência ao sistema escravagista, sendo desde o início um lugar caracterizado pela esperança de uma vida melhor, de liberdade, de fraternidade e de preservação da cultura ancestral africana e indígena.
O que são escolas quilombolas e o que elas ensinam?
Destina-se ao atendimento educacional diferenciado das populações quilombolas rurais e urbanas e deve ser garantido pelo poder público e organizado em articulação com as comunidades quilombolas e os movimentos sociais. Por escola quilombola entende-se somente aquela localizada em território quilombola.
O movimento de luta das comunidades quilombolas por seus direitos e por sua identidade é histórico e político. Traz em seu íntimo uma dimensão secular de resistência, na qual homens e mulheres buscavam o quilombo como possibilidade de se manterem física, social e culturalmente, em contraponto à lógica escravocrata.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, de 2012, estas escolas devem estar inscritas em suas terras, e ter uma pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade, bem como reconhecer e valorizar sua diversidade cultural.
Quais as atividades desenvolvidas pelos quilombolas?
Extrativismo, artesanato, produção cultural, turismo de base comunitária e a venda de produtos feitos a partir de matérias primas produzidas pela comunidade também contribuem para complementar a renda.
O que deve garantir a educação escolar quilombola?
14 A Educação Escolar Quilombola deve ser acompanhada pela prática constante de produção e publicação de materiais didáticos e de apoio pedagógico específicos nas diversas áreas de conhecimento, mediante ações colaborativas entre os sistemas de ensino.
No quilombo, as crianças mantêm uma grande rede de relações, vivenciando aprendizagens e socializações em diferentes momentos e lugares, com adultos, adolescentes e, especialmente, com seus pares. Estão em diferentes espaços: na cachoeira, no riacho, no lago, no campo de futebol ou no parque.
Um dos direitos mais importantes dos Povos quilombolas é o direito a terra. Essas comunidades têm o direito de ocupar e utilizar as terras que tradicionalmente ocupam, de acordo com suas práticas culturais e de subsistência. Essa garantia é fundamental para a preservação de sua identidade e modo de vida.