As contribuições mais decisivas do trabalho de Lévi-Strauss podem ser resumidas em três grandes temas: a teoria das estruturas elementares do parentesco, os processos mentais do conhecimento humano e a estrutura dos mitos.
Uma tal profissão de fé é idealista apenas em aparência, pois desde As estruturas elementares do parentesco, e ao longo de toda a sua obra, Lévi-Strauss se diz convencido de que as leis do pensamento não diferem das que ocorrem no mundo físico e na realidade social que não é senão, ela mesma, um de seus aspectos.
Claude Lévi-Strauss cunhou o conceito de pensamento selvagem (não o pensamento dos selvagens, como somos frequentemente lembrados), um tipo de pensamento “indomado”, mantido vivo no mundo ocidental moderno dentro das “reservas naturais” da arte, como ele diria.
Em um de seus posfácios ao livro Antropologia estrutural, Lévi-Strauss postula que, para o etnólogo, toda sociedade engloba um conjunto de estruturas que correspondem a diferentes tipos de ordem social, como parentesco, organização social e estratificação econômica 13.
A comissão liderada por Strauss tentou inicialmente esconder os efeitos desta contaminação e ele próprio várias vezes minimizou a situação. Ele também se opôs a qualquer tentativa de parar os testes nucleares ou de proibir pesquisas com energia nuclear de forma a evitar a sua proliferação.
Strauss baseou-se na tese de que há uma estrutura sociológica que permeia as formações sociais. Para que a antropologia lograsse êxito, ela precisaria compreender essa estrutura, que poderia ser entendida com o aprofundamento em culturas diferentes por meio do trabalho de campo.
Segundo o conceito estruturalista, a cultura é composta por sistemas estruturais. Para Levi-Strauss, seu maior representante, o pensamento humano age de acordo com princípios universais e com regras inconscientes que estruturam as culturas.
Qual o conceito de antropologia para Lévi-Strauss?
Diferentemente da antropologia cultural de Boaz, a antropologia estrutural de Lévi-Strauss está interessada em saber como os elementos desses sistemas convergem, e não nos seus valores intrínsecos (religião, política, etnia) que fazem parte da formação cultural de um ser humano dentro da sociedade a qual está inserido.
Seus estudos sobre as comunidades não-civilizadas, baseados no campo da linguagem e da linguística, possibilitaram novas perspectivas também para a psicologia, ajudando a entender como a mente humana trabalha.
O estruturalismo considera a existência de estruturas superficiais (as que detectamos diretamente por observação) e estruturas profundas (as estruturas lógicas, que subjazem sob o aparente e o imediato) (Lévi-Strauss, 1958, p. 28).
Em suma, o ser humano só se torna como tal na passagem coletiva da natureza para a cultura. Assim, para cada indivíduo, esse é também processo da sua própria socialização. Lévi-Strauss repudia a antiga e monstruosa oposição de Alfred Vierkandt, que separa os chamados “povos da natureza” dos chamados “povos da cultura”.
Lévi-Strauss (2008) vê o etnocentrismo como uma das atitudes mais antigas do homem, pois ela estaria assentada em fundamentos psicológicos sólidos que constantemente reaparecem em todos nós quando somos colocados numa situação que nos causa medo e assombro.
Strauss era, na vida real, um homem com grande poder e influência em Washington em meados do século 20. Ele desconfiava fortemente de Oppenheimer. Eles estavam em polos ideológicos opostos e tiveram divergências sobre energia nuclear que se misturaram com disputas pessoais.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Saudades do Brasil, São Paulo, Companhia das Letras, 1994. LÉVI-STRAUSS, Claude. Saudades de São Paulo, São Paulo, Companhia das Letras, 1996.
Qual a contribuição de Strauss para a antropologia?
"Lévi-Strauss foi um dos maiores antropólogos de todos os tempos. Suas contribuições, especialmente depois que publicou As Formas Elementares do Parentesco, revolucionaram a antropologia contemporânea. A partir de então, a corrente chamada 'estruturalista' passou a exercer enorme influência em todas as universidades.
O objetivo dele era provar que a estrutura dos mitos era idêntica em qualquer canto da Terra, confirmando assim que a estrutura mental da humanidade é a mesma, independentemente da raça, clima ou religião adotada ou praticada.
Foi Lévi-Strauss quem mostrou que as sociedades podiam andar por caminhos diferentes. Por isso, diz a antropóloga Dorothea Passeti, o encontro com os índios foi decisivo. "Provoca nele uma defesa que ele vai levar até o resto da vida dele pela diversidade cultural, pela necessidade da existência de povos diferentes.
Quem foi Lévi-Strauss e seu papel para a antropologia cultural?
Claude Lévi-Strauss, morto no último sábado (1º), aos 100 anos de idade, foi um dos intelectuais mais relevantes do século XX. Destacado antropólogo, ele é considerado o pai do enfoque estruturalista, que influiu de maneira decisiva na filosofia, na sociologia, na história e na teoria literária.
A definição de cultura deste pensador é a de que esta é um sistema de comunicação simbólica, a ser estudada de forma minuciosa e crítica, tal e qual como os romances, os filmes e os próprios discursos políticos são analisados.
Desse modo, o inconsciente passa a caracterizar não só o pensamento simbólico, mas a própria definição da humanidade (LÉVI-STRAUSS, 2012). Situado entre natureza e cultura tal qual o homem e, portanto, paradoxalmente plural e universal, o inconsciente levistraussiano permite a apreensão de uma realidade integrada.
Qual o princípio da antropologia estrutural de Lévi-Strauss?
Focaliza-se em particular na relação cultura-natureza e sociedade-espaço. Observa-se que o método estrutural desenvolvido por Claude Lévi-Strauss nos permite associar o espaço exterior ao espaço interior do homem, tratando de forma imanente o sensível e o inteligível.
Por outro lado, Lévi-Strauss também não pode deixar de notar a diversidade das formas culturais humanas. Diversidade esta que só faz sentido na relação entre elas, uma vez que se não se relacionassem, não haveria nem mesmo a percepção da diversidade. Neste sentido, as culturas não são em si, mas sim em relação à.
Qual a distinção que Lévi-Strauss faz entre raça e cultura?
Existem muito mais culturas humanas do que raças humanas, pois que enquanto umas se contam por milhares, as outras contam-se pelas unidades; duas culturas elaboradas por homens pertencentes a uma mesma raça podem diferir tanto ou mais que duas culturas provenientes de grupos racialmente afastados.