Para Zenão, a felicidade seria alcançada através do “deve ser”. O sábio deveria descobrir o seu lugar no mundo e conformar-se a ele, pois somente obedecendo aos princípios universais que o regem se chegaria à plenitude da alma – equivalente à ataraxia de Epicuro, que estudamos no capítulo anterior.
"A felicidade é um fluxo de vida bom," disse Zenão, e isto apenas pode ser atingido através do uso da razão correta coincidente com a razão universal (logos), que tudo governa.
O objetivo dos estoicos não era outro que alcançar a felicidade ou a autorrealização, um conceito que eles chamavam de eudaimonia. Isso pode ser alcançado através da virtude moral (ou areté) e da serenidade (ou ataraxia).
A filosofia de Zenão era, em seu conteúdo, semelhante à de Xenófanes e Parmênides, cujas idéias defendeu pelo método da "redução ao absurdo", ou seja, extraindo conclusões contraditórias das idéias de seus adversários. Argumentava que o que existe é uno: "O verdadeiro é apenas o um, todo o resto é não-verdadeiro".
Zenão afirmou que uma flecha, ao ser lançada, jamais atinge seu alvo. O espaço a ser percorrido em sua trajetória pode ser infinitamente divisível em segmentos menores, o que implica um translado infinito e inesgotável da flecha. Não podemos esquecer que esse argumento é um argumento abstrato e puramente lógico.
Assim, Zenão nos diz: “É impossível que algo surja; pois teria que surgir ou do igual ou do desigual. Ambas as coisas são, porém, impossíveis; pois não se pode atribuir, ao igual, que dele se produza mais do que deve ser produzido, já que os iguais devem ter entre si as mesmas determinações.
Discípulo de Parmênides, Zenão formou, junto ao seu mestre e a Melisso de Samos, a escola eleata ou escola eleática. Sua filosofia teve como característica principal a formulação de argumentos armados como aporias, ou seja, demonstração de paradoxos que não apresentam outra saída senão a concordância com eles.
O fluxo heraclitiano do Universo estaria em tudo o que existe, e o elemento gerador de tudo (arché) era o fogo, pois esse garante a mutabilidade e o movimento de tudo o que existe.
Sabe-se que ele escreveu um livro no qual elaborou quarenta paradoxos: sua estratégia argumentativa, conhecida como redução ao absurdo, estabelecia situações em que se tornavam expostas as consequências de uma oposição que ele queria refutar. Esse é o primeiro argumento, chamado “Da Dicotomia”.
Deus é Hylezoísta, ou seja, ele é a vida e a matéria do universo se manifestando. Uma vida e uma matéria eternamente em movimento. Por isso dizemos que ele é o sopro divino, que anima tudo. Deus é a razão, o logos, a ordem de todas as coisas na natureza, ele é o destino e a necessidade suprema.
O estoicismo propunha que os homens vivessem em harmonia com a natureza - o que, para eles, significava viver em harmonia consigo próprios, com a humanidade e com o universo. Para os estóicos, o universo era governado pela razão, ou logos, um princípio divino que permeava tudo.
Afirma-se a impossibilidade do movimento - da mudança- pois, por mais próximo que seja o móvel, em um ponto qualquer, sempre terá que atravessar a metade, depois a metade dessa metade e assim por diante, sem parar, até que se possa chegar ao ponto desejado que por este caminho seja impossível.
Resumo. Para Zenão de Cítio, a virtude do sábio estoico consiste na adequação da sua conduta com a Natureza, ou seja, com o princípio de movimento que rege o Todo. Tal pressuposto, entretanto, não é 'original'. Cícero foi um dos filósofos que se esforçou no sentido de evidenciar esse aspecto da Filosofia estoica.
Zenão buscava defender as ideias de seu mestre, atacando a ideia de pluralidade e de movimento. Sua estratégia era supor a tese que queria atacar, por exemplo a pluralidade de pontos em uma reta, e daí deduzir uma consequência que contradissesse sua suposição, levando assim a uma redução ao absurdo.
Zenão de Eleia (c. 490-430 a.C.) foi um filósofo grego pré-socrático, discípulo e amigo próximo de Parmênides, o fundador da escola eleática de filosofia.
Eleia, Elea ou Élea (em grego clássico: Ελαία), denominada Vélia na época romana, é uma antiga cidade da Magna Grécia. O sítio arqueológico encontra-se na área da comuna de Ascea, dentro do Parque Nacional do Cilento e do Vale de Diano, província de Salerno, no sul da Itália.
O estoicismo foi uma das correntes filosóficas do helenismo mais influentes na Antiguidade. Essa escola de pensamento originou-se na cidade grega de Atenas próximo ao ano 300 a.C., embora seu fundador, Zenão, tenha sido um estrangeiro natural de Cítio (atual Lárnaca, na ilha de Chipre).
Sobre a maneira como a filosofia foi pensada, Zenão dividiu o Estoicismo em três principais áreas do conhecimento: Física, Lógica e Ética. A Física seria a matéria que estuda a natureza. Não apenas as leis físicas da natureza, mas toda a divindade que a natureza tinha para os gregos antigos.
Zenão defendeu a posição filosófica de seu mestre Parmênides, filósofo este que você pode conferir no card acima, que apresentava a arché como sendo o ser único, contínuo e indivisível, e indo contra a ideia da arché como sendo múltiplo, descontínuo e divisível defendido pelos pitagóricos.
Zenão (490-430 a.C.), natural de Eleia, foi considerado um dos maiores lógicos de todos os tempos, contudo trabalhou apenas no sentido prático, porque não elaborou nenhuma teoria a respeito de suas descobertas. Em certo sentido, ele pode ser considerado como discípulo de Parmênides (metade do século V a.C.).
Baseado nas leis da natureza, o estoicismo foi fundado pelo filósofo grego Zenão de Cítio ou Zênon de Cítion (333 a.C – 263 a.C), e perdurou até III d.C, espalhando-se não só pela Grécia mas em Roma também.
Qual o objetivo de Zenão de Eleia ao criar o célebre argumento?
Com o objetivo de demonstrar a impossibilidade da pluralidade e do movimento, concebeu uma série de argumentos paradoxais, de entre os quais se celebrizaram o do estádio e o de Aquiles e a tartaruga.