O período da quaresma corresponde então a preparação para a Páscoa. Durante os quarenta dias que antecedem a Semana Santa e a Páscoa, os cristãos relembram os quarenta dias que Jesus Cristo passou no deserto. É um momento voltado para reflexões e serviços religiosos como orações, caridade e abstinência de carne.
Desde o início do Cristianismo a Quaresma marcou para os cristãos um tempo de Graça, Oração, Penitência e Jejum, com o objetivo de se chegar à conversão. Ela nos faz lembrar as palavras de Jesus: “Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3).
A contagem do período da Quaresma, que faz referência aos 40 dias em que Jesus Cristo esteve no deserto, é feita da seguinte forma: a partir da quarta de cinzas contamos os dias até o sábado antes da Páscoa, conhecido como sábado de aleluia.
A questão da duração é apenas uma curiosidade, pois para os cristãos, o mais importante é o significado da Quaresma e o que ela anuncia. Enquanto preparação, os fiéis entendem que se trata do momento mais propício para realização de penitências, porque elas lembram o exemplo do sacrifício de Jesus.
Durante a Quaresma, alguns devotos do cristianismo realizam jejuns, ações de caridade, orações e leitura bíblicas prolongadas, assim como pagamento de promessas. São tradições antigas que tem a sua origem ainda no cristianismo primitivo dos tempos de Império de Romano.
O tempo que antecede a Páscoa é a Quaresma, que representa o caminho de nossa vida terrena, com suas sombras cotidianas, os riscos, os perigos, as adversidades, os esforços, os fracassos e os sacrifícios. É um tempo de conversão, arrependimento, luta contra o mal e esperança do bem maior.
Estes quarenta dias simbolizam os quarenta anos, nos quais o Povo de Deus, liberto da escravidão do Egito, percorreu atravessando o deserto, até chegar à terra prometida. Sinalizam ainda os quarenta dias que Jesus passou no deserto, jejuando e rezando antes de iniciar sua missão. A quaresma é uma travessia!
No entanto, desde o pontificado de Paulo VI, a Quaresma tem duração de 44 dias, pois só se encerra na Quinta-Feira Santa. Por ser um período de preparação, a Quaresma é enxergada, sobretudo na tradição católica, como o momento propício para a realização de jejuns, caridades e bastante oração.
Porque os evangélicos não acreditam na Semana Santa?
A Sexta-feira da Paixão para os evangélicos é uma tradição judaica. Assim, a Igreja Evangélica acredita que os protestantes não devem viver de acordo com a tradição judaica, já que para eles o cristianismo marca o tempo da graça. Segundo os pastores, a própria Bíblia critica a tradição seguida pelos judeus.
No início da Quaresma, a liturgia católica recorda de modo especial o chamado do Senhor ao arrependimento e à fé na boa nova do Evangelho. Por isso, a Igreja pede aos fiéis que aproveitem este tempo para se aproximarem do “sacramento da conversão”, também chamado de sacramento da penitência ou da reconciliação.
Este período foi criado por São Francisco de Assis em 1224 em homenagem ao Arcanjo Miguel. Durante a quaresma também devem ser feitos serviços religiosos como jejuns e orações.
“ Moisés intercedeu em nome de Israel por 40 dias e 40 noites (Deuteronômio 9:18, 25). Os espias levaram 40 dias para espionar a terra de Canaã (Números 13:25). No Novo Testamento, Jesus foi conduzido pelo Espírito para ser tentado por 40 dias e 40 noites (Mateus 4:2).
O que aconteceu com Jesus nos 40 dias da Quaresma?
1º Domingo da Quaresma: “Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome!” Os evangelistas narram que depois de receber o batismo Jesus foi “conduzido” para o deserto onde esteve por 40 dias.
A Quaresma é o período de preparação para a Páscoa cristã, conhecido por práticas como jejum e caridade. Tradicionalmente, dura 40 dias, mas atualmente esse período pode se estender para 44 dias. A prática começou no século 4 d.C. junto com criação da data da Páscoa.
Quarenta dias, a duração da Quaresma, é um dos períodos de tempo mais simbolicamente expressivos na Sagrada Escritura. Não são só os quarenta dias de tentação que Jesus enfrentou no deserto; nem os anos em que os israelitas erraram pelo deserto, ou os dias em que as águas do dilúvio cobriram a terra, segundo o Gênesis.
Segundo a professora, no Brasil, o evangélico — que em sua maioria é pentecostal e neopentecostal — não guarda a Quaresma. A especialista explica que para essa religião os rituais não têm significado. De acordo com Lidice, para eles, a festa principal é mesmo a Páscoa.
Porém, segundo a espiritualista Priscila Paiva, a Quaresma é sim um período em que as baixas vibrações e os espíritos obsessores se tornam mais suscetíveis. “Tais energias adversas são potencializadas especialmente após o Carnaval, por conta do excesso de sexo, drogas, bebida e por aí vai.
Jejum de atividades ou entretenimento: Além do jejum de alimentos, algumas pessoas jejuam de certas atividades ou formas de entretenimento. Isso pode incluir reduzir o tempo gasto em redes sociais, televisão ou outras distrações.
Durante a quaresma devemos praticar ainda mais a virtude da penitência, ou seja, precisamos nos arrepender dos nossos pecados, sentir dor por ofender a Deus e empregar esforços para combater de maneira prática essas más tendências da nossa alma.
Porque os evangélicos comem carne na Semana Santa?
A Sexta-feira Santa é considerada um dia de jejum e abstinência mais rigorosos, em que os fiéis são encorajados a se abster de carne como uma forma de sacrifício em memória do sacrifício de Cristo na cruz.
A abstenção é obrigatória nas recomendações católicas para a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa. Além disso, a igreja sugere evitar o consumo de carne vermelha em todas as sextas-feiras da Quaresma. Mas isso não quer dizer ficar sem comer.