O que é a revolução científica segundo Thomas Kuhn?
Kuhn, em sua obra principal intitulada Estrutura das Revoluções Científicas2 (1962), procura dar ênfase ao caráter total das revoluções científicas que produzem mudanças a nível metodológico, ontológico e semântico, gerando, desta forma, uma incomensurabilidade global entre tradições paradigmáticas.
Kuhn entende a ciência normal como uma atividade de resolução de “quebra-cabeças” (puzzles), já que, como eles, ela se desenvolve segundo regras relativamente bem definidas. Só que na ciência os quebra-cabeças nos são apresentados pela Natureza.
Quais as principais características da Revolução Científica segundo Kuhn?
Kuhn (1998) defende que a ciência normal não é capaz de corrigir um paradigma, mas apenas reconhecer anomalias e crises. Apenas “vendas que caem dos olhos”, ou seja, um movimento abrupto e não-estruturado são capazes de provocarem soluções para tais problemas.
Já na introdução, Kuhn apresenta a seguinte definição: “Considero “paradigmas” as realizações científicas universalmente reconhecidas que, durante algum tempo, fornecem problemas e soluções modelares para uma comunidade de praticantes de uma ciência”.
A Revolução Científica foi um período de intensa transformação intelectual e metodológica ocorrido entre os séculos XVI e XVIII, na Europa Ocidental. Suas causas incluíam o desejo de entender a natureza de forma mais precisa, a valorização do método científico e o questionamento das autoridades tradicionais.
Thomas Kuhn - Paradigma Científico - Revoluções Científicas
O que a revolução científica defendia?
A Revolução Científica ocorreu entre os séculos XVI e XVII a partir das refutações das concepções aristotélicas. Dessa forma, as novas propostas questionavam os dogmas as visões essencialistas que propunham explicações a partir dos princípios da matemática.
Qual conceito de desenvolvimento da ciência foi proposto por Thomas Kuhn?
Diferentemente dos filósofos da ciência de sua época, que viam o desenvolvimento científico como um largo processo de acumulação, Kuhn propôs que o desenvolvimento científico está marcado por processos de ruptura denominados revoluções científicas .
A epistemologia de Kuhn comporta três conceitos fundamentais: o de paradigma, o de ciência normal e o de ciência extraordinária. O paradigma representa um conjunto de teorias, de regras, de métodos, de formulações que são comummente aceites pela comunidade de cientistas.
Uma mudança de paradigma é uma expressão utilizada por Thomas Kuhn no seu livro Estrutura das Revoluções Científicas (1962) para descrever uma mudança nas concepções básicas, ou paradigmas, dentro da teoria científica dominante. É uma ideia em contraste com a de ciência normal.
Qual a contribuição de Thomas Kuhn na compreensão das teorias científicas como paradigma?
Uma das maiores contribuições de Thomas Kuhn foi a noção de que a ciência é historicamente orientada. Essa noção foi apresentada em sua obra “A estrutura das Revoluções Científicas”, de 1962, que causou um grande impacto na filosofia da ciência.
O que é uma revolução científica nos termos compreendidos por Thomas Kuhn?
Kuhn, em sua obra Estrutura, define as revoluções como “[…] aqueles episódios de desenvolvimento não cumulativo, nos quais um paradigma mais antigo é total ou parcialmente substituído por um novo incompatível com o anterior” (KUHN, 2011, p. 125).
O que podemos afirmar sobre a revolução científica?
a) A revolução científica foi uma revolução na ideia de saber e de ciência. A ciência deixou de ser uma intuição privilegiada de alguém iluminado e passou a ser uma investigação e um discurso sobre o mundo da natureza. A ciência é uma construção de pensamento progressivo através da história.
Por que Thomas Kuhn é uma figura importante no meio científico?
Thomas Kuhn foi um daqueles pesquisadores da Filosofia da Ciência que defenderam o contexto de descoberta, o qual privilegia os aspectos psicológicos, sociológicos e históricos como relevantes para a fundamentação e a evolução da ciência.
Uma paradigma científico, também conhecido como paradigma científico, é um conjunto de crenças e valores que orientam os cientistas em suas investigações e na forma como eles interpretam e explicam os fenômenos naturais. É uma maneira de enxergar o mundo e de abordar o conhecimento científico.
Neste trabalho enfatizamos pelo menos cinco elos dessa estrutura: 1) fase pre-paradigmática; 2) fase paradigmática ou ciência normal; 3) crise do paradigma; 4) revoluções científicas e, por fim; 5) mudança de paradigma.
Produz uma revolução científica quando um dos novos paradigmas substitui o paradigma tradicional. A cada revolução, o ciclo inicia de novo e o paradigma que foi instaurado dá origem a um novo processo de ciência normal. Kuhn afirma que "decidir rejeitar um paradigma é sempre decidir simultaneamente aceitar outro".
Kuhn defende que grande parte do conhecimento do cientista normal é, na expressão de Polanyi, tácito, i.e., adquirido pela inspeção e imitação de problemas-soluções exemplares, e não através de regras e proposições explicitáveis (Seções 4 e 5).
Para Kuhn, o conhecimento científico é definido basicamente pela adoção de um paradigma, e um paradigma nada mais é do que uma estru- tura mental – composta por teorias, experiências, métodos e instrumentos – que serve para o pensamento organizar, de determinado modo, a realida- de e os seus eventos.
Qual é a visão de Thomas Kuhn sobre a mudança de paradigmas na ciência?
Em uma definição simples, para Kuhn, a ciência desenvolver-se-ia pela criação e abandono de paradigmas, modelos consensuais adotados pela comunidade científica de uma época.
O que causa uma crise de paradigma para Thomas Kuhn?
Todos os paradigmas serão inadequados, em alguma medida, no que se refere à sua correspondência com a natureza. Quando esta falta de correspondência se torna séria, isto é, quando aparece crise, a medida revolucionária de substituir todo um paradigma por outro torna-se essencial para o efetivo progresso da ciência.
Anomalia, como já visto neste artigo, é um problema que de repente não se amolda ao figurino convencionalmente apresentado como modelo ou paradigma por um determinado campo do saber, mas que, no final das contas, acaba por ser solucionado pela ciência normal.
No entendimento de Kuhn, o progresso científico se assemelha à evolução das espécies porque ambos não são teleológicos no sentido tradicional, isto é, não se dirigem para um fim estabelecido de forma atemporal.
Quais são as características da revolução científica?
A Revolução Científica (1500-1700), que ocorreu inicialmente na Europa e depois se espalhou pelo mundo, testemunhou uma nova abordagem para a aquisição do conhecimento – o método científico – que utilizava novas tecnologias, como o telescópio, para observar, medir e testar coisas nunca vistas anteriormente.
O primeiro paradigma da ciência é marcado por um período ca- racterizado pelos mitos, cujas explicações dos fenômenos naturais eram atribuídos ao divino, aos deuses, e a verdade era uma revela- ção divina incontestável.