Neste formato, que é visto como um dos mais práticos por estudiosos do assunto, os artigos feminino e masculino “a” e “o” no final dos pronomes são substituídos por “u”. Ao invés de dizer “ele” ou “ela”, diz-se “elu”. Para “dele” ou “dela”, utilize-se “delu”.
Quando é masculino temos “ele ou “dele”. E quando uma pessoa não se identifica com os padrões de gênero, ou seja, é não-binária, podemos usar os pronomes “elu” ou “delu”. Além dos pronomes, os substantivos e os adjetivos também podem ter a vogal temática substituída.
O que é elo delo? (Elu, delu, nelu, aquelu, elu mesme). O pronome neutro “Elu” representa e inclui a partir da língua portuguesa, as pessoas não-binárias, e quem necessita de referir-se a uma pessoa sem mencionar género, seja por não saber o mesmo ou de ser um grupo de pessoas de vários géneros.
1. Substitua o final de pronomes por 'u' ou 'ile' No lugar de “ele” ou “ela”, utilize “elu” ou “ile”. O mesmo vale para “dele” ou “dela”, que vira “delu” ou “dile”.
Exemplo: em vez de "ele" ou "ela", utiliza-se "elu"; "dele" ou "dela" fica "delu". Para palavras terminadas em "a" ou "o", utiliza-se o "e". Exemplo: "linde". Para palavras em que o "e" sinaliza o masculino, utiliza-se "ie".
Para se referir a alguém que se identifica exclusivamente como mulher, por exemplo, é usado: “Ela é bonita”. No caso de uma pessoa não binária, diremos: “Elu é bonite”. A escolha do u marca a neutralidade nos casos em que a letra e já é utilizada para marcar o gênero nos pronomes (como no pronome masculino “ele”).
Nesse contexto, ser não-binário é não se sentir pertencente ou recusar viver um dos dois gêneros. “É não caber em nenhum gênero, não ser homem ou mulher. “Você pode transitar entre esses dois pontos ou abandonar ambos de várias maneiras, como ser agênero”, explica Dandá.
Em 2023, ministros do governo Lula usaram linguagem neutra, e o termo "todes" foi adotado em cerimônias oficiais do governo. A Agência Brasil usou a palavra "eleites" para se referir a parlamentares LGBT.
Os chamados pronomes neutros, muito embora não sejam aceitos pela norma culta, são um fenômeno que tem o propósito de alterar o idioma para incluir todas as pessoas. Quem defende essa forma de se comunicar adota grafias que desprezam o “A” no gênero feminino e o “O” no gênero masculino.
Quantos gêneros existem? Existem diversas identidades de gênero diferentes, incluindo masculino, feminino, transgênero, gênero neutro, não-binário, agênero, pangênero, genderqueer, two-spirit, terceiro gênero e todos, nenhum ou uma combinação destes.
É a substituição dos artigos feminino e masculino por um "x", "e" ou até pela "@" em alguns casos. Assim, "amigo" ou "amiga" viram "amigue" ou "amigx". As palavras "todos" ou "todas" são trocadas, da mesma forma, por "todes", "todxs" ou "tod@s".
A linguagem de gênero neutro está sendo cada vez mais adotada na América Latina, em espanhol ou em português, e também em lugares que usam inglês ou francês, por apoiadores que dizem que ela ajuda a criar uma sociedade mais inclusiva.
Isso se expandiu, e hoje temos o “ile/deli”, outra forma de utilizar a neutralidade. Quando falamos no singular, podemos utilizar o “elu/delu”, e quando falamos no plural o “ile/deli”, como em “professories”, ao invés de “professores”.
No português, assim como na grande maioria das línguas do mundo, o masculino é considerado o gênero não marcado, aquele utilizado como genérico para se referir a um grupo de várias identidades. Em oposição, o gênero feminino é considerado marcado, ou seja, só remete a pessoas que se identificam com o pronome feminino.
O novo campo a ser preenchido é opcional, e o usuário pode decidir se seus pronomes aparecem em seu perfil público ou apenas para seus seguidores. Por exemplo, uma mulher que se identifica como tal pode exibir “she/her”, os pronomes femininos em inglês.