O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil, em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos estados da região Amazônica. O vetor da febre do Oropouche é um inseto bem pequeno, de um a três milímetros, popularmente conhecido como "maruim" ou "mosquito pólvora".
Em situações excepcionais, o Oropouche pode provocar meningite ou encefalite, o que exige acompanhamento médico regular e reabilitação para redução das sequelas.
A febre oropouche é uma arbovirose, ou seja, uma doença transmitida pela picada de um mosquito, o Culicoides paraense, conhecido como maruim. Os mosquitos do gênero Culex também podem ser vetores. No ciclo selvagem, os hospedeiros são animais primatas e o bicho-preguiça.
Quantas pessoas já morreram com a febre oropouche?
Segundo o Ministério da Saúde, não há registros anteriores de morte pela doença na literatura médica. O Brasil registrou duas mortes por febre do Oropouche na última semana. Até então, "não havia relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de óbitos pela doença", segundo o Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde define a febre do Oropouche como doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, identificado pela primeira vez no Brasil, em 1960, a partir da amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.
“Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático, hidratação. A orientação é similar aos casos de dengue e que a população, ao observar os sintomas, procure por uma unidade de saúde”.
Já em 2024, a situação piorou – entre janeiro e meados de julho, mais de 12,3 mil casos suspeitos foram relatados e 23 províncias foram afetadas. No fim de junho, a OMS alertou para uma variante mais perigosa da mpox.
É causada pela picada do mosquito Culicoides paraensis, principal agente transmissor do vírus Oropouche (OROV), pertencente ao gênero Orthobunyavirus e à família Peribunyaviridae.
Até o início da semana, o Brasil contabilizava 7.653 casos da doença e duas mortes. O Amazonas lidera o ranking de infecções por febre do Oropouche, com 3.228 casos. Em seguida aparecem Rondônia (1.710 casos), Bahia (844 casos), Espírito Santo (441 casos) e Acre (270 casos).
Os casos agudos de Oropouche evoluem com febre de início súbito, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor muscular) e artralgia (dor articular). Outros sintomas como tontura, dor retro ocular, calafrios, fotofobia, náuseas e vômitos também são relatados.
Apesar de o inseto, que se destaca pelo tamanho pequeno, ainda não ter sido capturado e identificado com infecção pelo vírus no surto deste ano, o maruim segue, desde a década de 1980, apontado como o principal vetor da febre Oropouche.
Felipe Naveca – O vírus Oropouche, que causa febre Oropouche, foi descoberto na cidade de Vega de Oropouche, em Trinidad e Tobago, e por isso recebeu esse nome. Assim como vários arbovírus, é um vírus que recebeu o nome da região onde foi isolado inicialmente.
O Oropouche é uma doença causada por um vírus transmitido principalmente pelo inseto Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora. Os sintomas são parecidos com os da dengue e da chikungunya. O quadro clínico agudo pode evoluir com febre de início súbito, dor de cabeça, dor muscular e dor articular.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anuncia que o vírus Mpox (monkeypox), anteriormente conhecido como varíola dos macacos, é novamente uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII), diferente de uma pandemia.
É importante destacar que a febre de Oropouche, apesar de frequentemente ser autolimitada, pode levar a complicações neurológicas em uma pequena porcentagem de casos, especialmente em pacientes imunocomprometidos. Assim, esses casos mais graves podem evoluir para meningite ou encefalite viral.
Não existe um tratamento específico para a Febre Oropouche. O tratamento é sintomático, ou seja, visa aliviar os sintomas da doença. Os medicamentos mais utilizados são os analgésicos e anti-inflamatórios para aliviar a dor e a febre.
Em qual estado do Brasil ocorreram as duas mortes pelo vírus Oropouche?
A maior parte dos casos foi registrada no Amazonas e Rondônia. Estão em investigação 6 casos de transmissão vertical (de mãe para filho) da infecção da febre do oropouche.