No paciente bipolar, a euforia e a depressão podem durar semanas ou meses. Ainda, o paciente com bipolaridade apresenta crises mais intensas e mais graves que o com Borderline, podendo ter sérios resultados para sua vida.
Caracterizada por mudanças repentinas e intensas de sentimentos, além de comportamentos instáveis, o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB) é uma doença mental grave caracterizada por extrema instabilidade de humor, afetos, autoestima, relacionamentos e comportamento.
Na Síndrome de Borderline, a instabilidade emocional leva a alterações de humor em questão de minutos ou segundos, enquanto o paciente bipolar costuma passar pelo menos uma semana no estado de euforia (mania) e dois meses no estado de depressão.
O tipo 1 é o mais grave. “Neste tipo, ocorre o quadro completo, com a presença de fases claramente depressivas e maníacas, debilitando e provocando importantes prejuízos na vida dos pacientes”, afirma o psiquiatra Eduardo Aratangy.
Os perigos ocorrem quando a condição vem acompanhada de sintomas psicóticos, uma vez que a pessoa pode tomar decisões ou ficar presa a pensamos que trariam risco de vida. Então, quando se trata de um quadro de mania psicótica, é possível que o paciente ache que é invencível, se expondo a situações perigosas.
DIFERENÇA ENTRE TRANSTORNO DE PERSONALIDADE BORDERLINE E TRANSTORNO BIPOLAR
Quando a bipolaridade é grave?
tipo I: é uma situação grave, em que os sintomas são intensos e geram mudanças comportamentais e de conduta. Eles comprometem os relacionamentos afetivos, familiares e sociais, além da carreira. Há alto risco de suicídio e de complicações psiquiátricas.
O paciente com depressão associada à bipolaridade apresenta um estado de envelhecimento cerebral acelerado, como o déficit cognitivo e a ativação de resposta inflamatória, ou seja, se paciente é susceptível ao desenvolvimento de demência.
No paciente bipolar, a euforia e a depressão podem durar semanas ou meses. Ainda, o paciente com bipolaridade apresenta crises mais intensas e mais graves que o com Borderline, podendo ter sérios resultados para sua vida.
A expectativa de vida de homens bipolares é 13 anos menor e das mulheres, 12 anos menor do que da população em geral, segundo estudo feito na Dinamarca. Chamada de psicose maníaco depressiva (PMD), termo considerado estigmatizante, a patologia ganhou o nome de transtorno bipolar nos anos 1980.
A principal característica de uma pessoa com esse tipo de transtorno é a tendência para a impulsividade sem medir as consequências das suas atitudes agressivas, além de serem instáveis afetivamente.
Qual transtorno pode ser confundido com Borderline?
O transtorno de personalidade borderline é frequentemente confundido com o transtorno bipolar. Embora sejam distúrbios psíquicos diferentes, o fato de ambos apresentarem alguns sintomas similares acaba gerando dúvidas e confusão no diagnóstico.
O Transtorno de Personalidade Borderline (CID F60. 3) é uma condição mental caracterizada por instabilidade emocional, dificuldades nos relacionamentos interpessoais e impulsividade.
A dupla personalidade e o transtorno bipolar são duas condições psicológicas que frequentemente são confundidas, mas possuem características distintas. Às vezes acordamos de mau humor e, conforme o decorrer do dia, nos sentimos melhor e mais alegres.
Basicamente, é como se a pessoa com síndrome de Borderline vivesse constantemente “com os nervos à flor da pele”. Em sua mente, há uma visão distorcida de si, assim como dos indivíduos ao redor. Ocorre uma sensibilidade muito grande, que faz a pessoa sentir tudo de uma maneira muito intensa e, ao mesmo tempo, instável.
A esquizofrenia é a principal condição designada como Transtorno Grave e Persistente, não só por ter a maior prevalência entre os distúrbios graves em Saúde Mental (cerca de aproximadamente 1% da população sofre deste transtorno), como também por seu caráter estigmatizante, seu curso longo e persistente, bem como pelo ...
Raiva intensa e inapropriada ou dificuldade em controlá-la: a pessoa se irrita com muita facilidade, com reações desproporcionais ao estímulo, por isso é bem comum se envolver em agressões físicas com o parceiro amoroso, a mãe, o filho ou até um desconhecido.
Interpretações variam entre as que afirmam que a bipolaridade, se grave suficiente, é considerada deficiência mental, e as que entendem uma semelhança com enfermidades como hipertensão, diabetes, entre outras, que não garantiriam o ingresso pelas cotas.
Pessoas com transtorno bipolar, caracterizado por fortes oscilações no humor, têm seis vezes mais risco de morrer prematuramente em razão de acidentes, violência e suicídio. É o que aponta uma pesquisa publicada, nesta terça-feira (18/07), na revista BMJ Mental Health.
Quem tem transtorno bipolar é considerado doente mental?
Transtorno bipolar ou transtorno afetivo bipolar é uma condição de saúde mental que causa mudanças extremas de humor. Conhecido anteriormente como psicose maníaco-depressiva, se caracteriza pela alternância de períodos em que a pessoa fica mais exaltada (mania), de episódios de depressão (hipomania) e de normalidade.
Por mais que o paciente borderline também tenha oscilações de humor, elas são mais instáveis e efêmeras, diferentemente do que ocorre na bipolaridade, em que há dois polos bem marcados que duram um período maior. O primeiro desafio que um portador enfrenta é conseguir um diagnóstico.
Como é a cabeça de uma pessoa que tem transtorno bipolar?
A cabeça da pessoa com transtorno bipolar faz com que ela se sinta animada, feliz e eufórica. Além disso, na fase da mania é comum que a autoestima seja melhorada, o corpo fique mais agitado, a atenção seja prejudicada e a fala se mostra compulsiva.
É possível curar um paciente com transtorno borderline? Os borderliners melhoram com o passar do tempo. Por volta dos 30, 35 anos, os pacientes apresentam uma melhora grande. Os sintomas tendem a sumir depois dos 40 anos.
Durante a fase depressiva da doença, os familiares podem observar o idoso afastando-se das pessoas e também de atividades prazerosas que costumava realizar. Dessa forma, é possível identificar o descontentamento com a vida, falta de entusiasmo, apatia e culpa em seu comportamento.
Há, também, um aumento do estresse em todo o organismo. A confusão de sensações e a intensidade emocional exacerbada fazem com que o corpo saia do seu ponto de equilíbrio. Eventualmente, isso determina prejuízos ao cérebro, que não consegue se adaptar a essas mudanças bruscas. De quebra, isso pode embaraçar a memória.
A doença não tem cura, mas o tratamento pode ajudar a pessoa com transtorno bipolar a manter sua qualidade de vida. O transtorno bipolar é considerado um fator de risco para o comportamento suicídio, por isso, o tratamento deve ser constante para prevenção da oscilação e evitar a crise.