Afinal, qual é a diferença entre maremoto e tsunami? Do ponto de vista da linguagem, maremoto e tsunami são a mesma coisa, pois são palavas de origens diferentes utilizadas para designar o movimento forte e acelerado das águas dos oceanos.
No entanto, em algumas definições, os maremotos são designados como qualquer movimentação anômala do mar proveniente de um terremoto, ou até de um terremoto no ambiente oceânico, enquanto os tsunamis seriam as ondas provocadas por um maremoto.
No início deste século, mais precisamente em 26 de dezembro de 2004, um terremoto de magnitude 9,1 na escala Richter atingiu a costa da ilha indonésia de Sumatra, no Oceano Índico. O forte tremor gerou um tsunami tão devastador que é considerado até agora como o mais mortal da história.
As ondas do tsunami provocado pelo terremoto chegaram até a costa brasileira. No Brasil, essas ondas chegaram a 1,90m de altura e inundaram áreas a até 4km da costa. Os impactos foram mais sentidos entre as regiões hoje conhecidas como Paraíba e Pernambuco, mas há relatos de efeitos até no Rio de Janeiro.
Somente 8% dos tsunamis ocorreram no Atlântico e nenhum deles foi no Brasil. Sorte a nossa, que vivemos bem no meio de uma placa tectônica, onde os abalos sísmicos são raros! Por outro lado, existem alguns registros históricos de pequenos tsunamis no nosso litoral, principalmente associados a ressacas marinhas.
Essas ondas se deslocam em alta velocidade e têm comprimento entre 100 km e 500 km. À medida que se aproximam da costa, perdem velocidade e ganham altura, que fica de 30 m a 40 m. Os tsunamis possuem elevado potencial de destruição, como observado na Indonésia, em 2004, e no Japão, em 2011.
Enquanto em uma onda marítima “normal” podem ocorrer períodos de até algumas dezenas de segundos, em um tsunami este tempo atinge alguns minutos ou até meia-hora. Assim, os tsunamis são ondas longas, que em alto-mar possuem entre 100 km e 500 km de comprimento.
A aproximação de um tsunami pode ser identificada na faixa costeira com base em um recuo muito grande da água do mar, o que indica a chegada do vale de uma onda de grandes dimensões.
Momentos antes de elevar-se e atingir catastroficamente a costa, a tsunami, devido ao grande comprimento de onda, provoca um rebaixamento do nível do mar que recua significativamente o que pode servir de aviso silencioso para a população procurar rapidamente fugir para área elevadas.
Quando ocorre um terremoto, a Agência Meteorológica calcula rapidamente a escala do terremoto, e, de acordo com este cálculo se obtém a altura do tsunami esperado na costa, e aproximadamente três minutos depois do terremoto, anuncia o alerta de grande tsunami, alerta de tsunami e alerta preventivo de tsunami.
A causa mais comum dos tsunamis são abalos sísmicos no assoalho oceânico. Quando duas placas tectônicas colidem, a força do impacto se propaga pela água até chegar ao litoral, onde a água rasa faz com que seu nível fique mais elevado.
Sand afirma também que nunca foi registrado um tsunami no Brasil. O professor explica ainda que as características das placas tectônicas sul-americana e africana, que se encontram no Atlântico, não geram tsunamis, já que estão se afastando uma da outra. As ondas gigantes surgem quando uma placa passa por cima da outra.
A última vez que isso aconteceu foi em outubro 1971 e desde então ele é monitorado por pesquisadores de universidades locais e dos Estados Unidos. “Pode acontecer a qualquer momento”, afirmou Novaes.
Estas ondas podem chegar à costa em minutos, mas podem continuar por várias horas. Os tsunamis podem ser gerados por um grande sismo costeiro ou submarino longe da costa, deslizamentos de terra, erupções vulcânicas, perturbações da pressão atmosférica (meteo-tsunamis) ou impactos de grandes meteoritos.
Situação Atual. Uma das nações mais propensas a desastres do mundo, a Indonésia enfrentou recentemente mais dois tsunamis que deixaram milhares de mortos e desaparecidos. O primeiro foi setembro de 2018 na ilha de Sulawesi.
Podemos sim, a partir do momento em que ocorre e que é detectado o sismo, saber se existe a possibilidade de ser gerado um tsunami, através do cálculo da magnitude e da determinação do seu epicentro.
O mar invadiu a terra com incrível violência, destruindo árvores, casas, barcos, tudo que estava pela frente. Em cerca de 15 minutos, milhares de pessoas foram mortas. Ainda a leste do epicentro do terremoto, as ondas geradas pelo tsunami chegaram à Tailândia e Malásia.
O tsunami meteorológico que arrastou carros e assustou frequentadores da praia do Cardoso em Laguna, Litoral Sul de Santa Catarina, teve quatro ondas que duraram entre 14 e 16 minutos cada, detalhou a Epagri/Ciram, órgão que monitora o tempo no estado, na noite de sexta-feira (17).