O dia a dia de quem se submete a um transplante de medula óssea passa por transformações importantes. O chamado pós-TMO exige cuidados especiais até que o sistema de defesa imunológica do corpo de quem passou pelo tratamento esteja restabelecido.
No transplante de medula óssea (TMO) são transplantadas células-tronco do sangue para o paciente. Essas células serão responsáveis pela produção de sangue novo. Antes do transplante, o paciente passa por um procedimento chamado condicionamento.
O Transplante de Medula Óssea (TMO) é atualmente chamado de Transplante de Células Tronco Hematopoiéticas (TCTH) e consiste em um tratamento complexo, onde uma medula produtora de células do sangue saudável é colocada no paciente que se encontra com a sua produção celular alterada, seja ela ocasionada por doença ...
Após o transplante, a nova medula óssea produz os linfócitos, que reconhecem o organismo do paciente como estranho, o que acarreta uma resposta imune que acaba destruindo e agredindo as células de alguns tecidos e órgãos do paciente.
Após os 100 dias de transplante, o índice de infecção sofre um declínio, pois em geral, a medula óssea já está em pleno funcionamento recuperando o número e a função dos neutrófilos, os linfócitos já esboçam certa funcionalidade, o paciente já cicatrizou as lesões da mucosa ( mucosite), não está vindo mais diariamente ...
Qual a chance de um transplante de medula óssea dar certo?
Apesar disso, a taxa de sobrevida no Pequeno Príncipe é entre 80% e 90% dos casos, dependendo da doença e do transplante”, pontua a médica. O procedimento envolve várias etapas, entre elas a passagem de um cateter, que fica cem dias com o paciente e é por onde as células tronco saudáveis são transplantadas.
Quais são as complicações que podem ocorrer no pós transplante?
As complicações mais comuns são: sangramento, rejeição, infecção, hepatite no fígado novo e dificuldade de drenagem de bile. As menos comuns e mais graves: o não funcionamento do novo fígado e a trombose da artéria hepática, que podem necessitar urgente de novo transplante.
Quais os sintomas depois do transplante de medula?
Fique de olho nos efeitos tardios
É possível que alguns pacientes, mesmo após meses do transplante de medula óssea, apresentem sinais importantes e que devem rapidamente ser tratados. Então, atenção com: Erupções, coceiras ou mudanças na cor da pele. Sangramentos.
O Transplante de Medula Óssea (TMO) é indicado principalmente para o tratamento de doenças que comprometem o funcionamento da medula óssea, como doenças hematológicas, onco-hematológicas, imunodeficiências, doenças genéticas hereditárias, alguns tumores sólidos e doenças auto-imunes.
Quem fez o transplante de medula óssea pode ter filhos?
As mulheres podem engravidar dentro de poucos meses após otransplante. Embora a gravidez cedo possa ser bem sucedida é aconselhável as mulheres esperem ao menos um ano depois do transplante para engravidar. Alguns centros preferem que os pacientes esperem por dois anos.
Se eu Doar agora e futuramente um parente meu precisar, terei para doar para ele? Sim, a medula óssea é o único transplante que se faz em vida e não se fica sem, para que sua medula se reconstitua são necessários apenas 15 dias.
Quando a medula óssea começa a funcionar novamente se diz que houve a “pega”. Isso geralmente ocorre entre duas e quatro semanas após o transplante. Ainda assim, o acompanhamento médico continua, já que podem surgir complicações mesmo após um ano do procedimento.
O transplante de medula óssea é um tratamento indicado para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico. O procedimento é rápido, como uma transfusão de sangue, e dura em média duas horas.
A medula óssea é um tecido líquido que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecida popularmente por 'tutano'. Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue, por isso, a medula óssea é considerada a fábrica do sangue.
Como é feito o teste para saber se a medula é compatível?
Essa compatibilidade é avaliada por meio de exames de sangue, chamados exames de Histocompatibilidade. Estima-se que a chance de se encontrar um doador compatível seja de 1 em 100 de doadores aparentados e 1 em 100 mil não aparentados.
Quem pode Doar? Pessoas entre 18 a 35 anos, que estejam com boa saúde. São retirados 5ml de sangue, como um exame de laboratório, e o doador é cadastrado no REDOME – Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea do INCA – Instituto Nacional do Câncer.
“Os mais difíceis são pulmão e coração, devido aos diversos critérios necessários para o transplante destes órgãos”, explica. Há ainda a possibilidade de doação de tecidos ósseos e musculares e pele, que são pouco divulgados.
Os cuidados pós transplante são essenciais para garantir o sucesso do procedimento. Além de tomar uma série de medicamentos, nos primeiros seis meses após a cirurgia, o paciente precisa evitar aglomerações, poeira, adotar uma alimentação balanceada e praticar exercícios supervisionados.
Quais são os sintomas de rejeição de um transplante?
A rejeição aguda ocorre logo após o transplante e causa sintomas que podem incluir febre, calafrios, náusea, fadiga e mudanças bruscas na pressão arterial. A rejeição crônica geralmente ocorre mais tarde e pode causar danos contínuos de baixo nível ao órgão doado.
Quais são os fatores críticos para o sucesso do transplante de medula óssea?
A compatibilidade entre doador e paciente é crucial para o sucesso do transplante de medula óssea. Transplantes autólogos recorrem às próprias células do paciente, enquanto os alogênicos necessitam de um doador compatível, identificado por meio da tipagem HLA.
Como é a quimioterapia para transplante de medula?
O paciente será submetido a um regime de quimioterapia em altas doses com o intuito de destruir a sua própria medula óssea, reduzindo a imunidade para que seja evitada a rejeição.
Entre as muitas complicações tardias pós-transplante estão a DECH crônica (doença enxerto contra hospedeiro), as desordens neuroendócrinas, como hipotireoidismo, puberdade atrasada e falência gonadal, além de esterilidade (SEBER e MENDES 2008).